Ghostbusters – Apocalipse de Gelo: uma Sessão da Tarde revisitada

“Mais um Caça-Fantasmas?” Essa foi a reação de uma colega quando comentei sobre as estreias da semana. Sim, temos em cartaz mais um Caça-Fantasmas! Ghostbusters – Apocalipse de Gelo, dirigido por Gil Kenan, é o quinto filme dessa “franquia”.

Nova York e seu Hell’s Kitchen, palcos de muita destruição desde a época dos quadrinhos e principalmente com a chegada dos Defensores (Jessica Jones, Demolidor e Luke Cage que o digam), mais uma vez são atacados. Agora, a ameaça é fantasma (a empolgação da crítica e seus trocadilhos está grande hoje). A família Spengler volta a morar no quartel que fez os Caça-Fantasmas ficarem conhecidos no mundo todo. 

O divertido Paul Rudd é Gary Grooberson, o padrasto da família Spengler, formada pela mãe, Callie (Carrie Coon), pelo irmão mais velho, Trevor (Finn Wolfhard) e pelo grande destaque do longa, Phoebe (Mckenna Grace). A atriz de 17 anos é a grande protagonista desse filme. Falaremos mais dela abaixo.

Mas, voltando aos Caça-Fantasmas e seus aparatos, parece que a grande tentativa da produção do longa foi que nos mantivéssemos ligados à nostalgia. O carro não é de um modelo novo de fábrica, as armas parecem de loja de brinquedos (um drone e um carro de controle remoto são utilizados logo no começo). Tudo é feito para nos deixar com aquele gostinho de infância.

Nesse Ghostbusters, o pertencimento é o grande tema. Um jovem que quer dirigir, uma adolescente proibida de fazer parte de sua família que tem uma paixão. Enquanto isso, os cuidadores estão com o foco de salvar o mundo. Afinal, nem sempre nossos pais podem parar tudo que estão fazendo para serem apenas pais, certo? E essa falta de tempo e de compreensão impacta diretamente Phoebe.

Claramente, a única forma de se sentir parte da família era sendo uma Caça-Fantasma. Contudo, por ter apenas 15 anos no longa, está vetada. Sendo assim, ela perde o rumo e sua conexão com a família. Quando ela decide vagar por aí e ver o que pode fazer, se depara com Melody (Emily Alyn Lind), um fantasma que vaga por aí e faz gracejos. Então, após termos “Entrevista com Vampiro”, Ghostbusters apresenta a “Entrevista com Fantasma”. Phoebe se conecta, mais que deveria, com Melody e, como um bom filme adolescente, ela se vê encrencada.

Enquanto isso, um artefato duvidoso e misterioso chega para ser descoberto e aí temos altas confusões. Ghostbusters – Apocalipse de Gelo é uma Sessão da Tarde revisitada. E isso não é demérito nenhum. O longa não apresenta nada de novo. Os fantasmas que já conhecemos com personagens que já vimos. É nostálgico e toca nas memórias afetivas. Vale a pipoca, o refri e o tempo divertido na companhia da sua família.

Atenção: fique até o final porque tem uma cena pós-créditos!