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O que podemos aprender com Master Of None

Master Of None surgiu nas nossas vidas em 2015 e voltou em 2017 para uma segunda temporada. A série foi uma grande surpresa e rendeu um Globo de Ouro para a performance de ator em séries de comédia para Aziz Ansari, protagonista e criador da produção. Essa é uma daquelas séries que você senta e não para mais de olhar e vai fazer muita gente se identificar com o personagem ou com os temas levantados, independente da idade.

Tocando diversos assuntos latentes em nossas vidas – sempre de forma divertida – a produção ainda consegue nos fazer refletir e rever situações das quais as vezes não temos coragem de expor ou até mesmo enfrentar. A cada episódio somos levados e apresentados a algumas motivações para discutir nosso dia a dia. Por isso, a Vigília fez mais um daqueles textos de “autoajuda” e elencou pontos importantes mostrados por Ansari e seu personagem, pra lá de carismático, Dev.

Vamos aos tópicos!

1- Ansiedade nos primeiros encontros (é normal)

Uma das piores coisas de ser solteira ou solteiro é que, antes de você encontrar um outro alguém para chamar de “seu”, você precisa conhecer várias pessoas. Ok, pode parecer legal conhecer muitas pessoas, mas ficar com aquela ansiedade de “será que ele vai me ligar?”, “porque ela demora tanto pra me responder?”, “será que ela gosta de pizza ou sushi?”. Ou pensar no que fazer para passar aquela boa impressão logo no início. Em Master Of None, Dev vivia nesse dilema com suas “crushs”. E não adianta, todos nós passamos por isso e temos essas neuras. Mas depois que passa dessa fase, é uma delícia ter intimidade.

2- Como lidar com o amigo mala

Arnold é uma pessoa atípica. Ele é MUITO mala. Um pé no saco, mas ao mesmo tempo, não tem como não gostar dele. Dá vontade de sacudir ele enquanto assistimos o seriado, porém ele precisa estar ali, caso contrário, haverá um vazio. Mas vamos lá. Quem não tem aquele amigo que quando vai num lugar, o pessoal já mede o que vai falar, senão dá briga, ele se magoa? Ou aquele amigo, que é um parceirão, mas que tem vezes que dá vontade de fugir? Todo mundo tem defeitos e qualidades, isso é óbvio. E uma das coisas mais legais da amizade é podermos conhecer a pessoa, principalmente aprendermos a lidar. Mas tente, de verdade, não ser o amigo mala, que por vezes, acaba até sendo evitado.

3- Ter paciência com a família!

Ok, Ok. Vamos pegar leve. Nossos pais nos colocam no mundo e nos dão amor e carinho sempre (pelo menos é assim que deve ser). Só que eles também nos colocam algumas expectativas que nunca vamos conseguir alcançar. Assim como os pais do Dev, todas as mães e pais precisam nos dar espaço. É só lembrar aquele jantar, no segundo episódio, em que Dev e Brian convidaram os pais de cada um e quase morreram de vergonha das histórias contadas.

4- Todo mundo tem passado e temos que lidar com isso no presente

Dev vai comprar um presente de aniversário para o filho de um amigo e encontra uma ex-namorada na loja de brinquedos. Ela está bem, casada e mãe de um filho, comprou uma casa, vai acampar com a família. Isso deixa Dev desconcertado. Ele fica se questionando sobre o fato de ele ter tido a chance de ter construído essa família, mas a vida os levou para realidades diferentes. E é isso. Todos nós temos um passado e teremos um futuro. E quem está nele agora pode não estar daqui a seis meses, 3, 6, 8 anos. É a vida e ela muda. O mundo dá voltas.

5- As vidas podem não ter comparações…

Todo mundo tem aquele amigo que olha e pensa: nossa, que incrível a vida dessa pessoa e olha eu aqui. Nos frustramos com uma falsa perspectiva da vida dos outros e com as comparações que criamos dentro das nossas próprias cabeças. Dev achava que seu amigo, casado e com um filho, vivia a melhor época da vida. Mas ele não imaginava os dilemas que o seu amigo podia estar vivendo. Quando o amigo conta o que está passando, Dev cai na real e percebe que a vida de quem ele se comparava não é tão incrível assim.

6- Sua vida não estará resolvida quando chegar aos 30

É, os 30 chegam para todos nós. E com essa idade, não vêm automaticamente um emprego incrível, um relacionamento estável, talvez um ou dois filhos, um casamento legal e uma casa com cerca branca. Vivemos a nossa vida, as vezes na casa dos pais, às vezes dividindo apartamento com algum amigo. Mas nos virando, não tanto quanto gostaríamos, mas, se formos pensar, olha quanta vida temos pela frente ainda! Precisamos estar com tudo resolvido? Dev é a prova disso. Ele se frustra com alguns acontecimentos e com essa falsa expectativa de que tudo deveria estar resolvido. Mas não precisa.

7- Frustrações profissionais são (infelizmente) normais para a nossa geração

Dev é um ator. Não passa em diversas audições, está sempre tentando alguma coisas diferente. Mas não são só os atores que vivem esse dilema. Já pensou que você, jornalista, contador, engenheiro, pode não estar tão realizado com a sua profissão assim? É normal entrarmos numa faculdade cedo e cursamos aquilo que nem sempre nos faz feliz. Algumas pessoas trocam no meio do caminho, outras vivem frustrações. Vem o diploma e, por causa da grana, acabamos aceitamos empregos que não são aquilo que sonhamos ou gostamos. São apenas empregos. Isso pode te fazer feliz ou não. Pense no que você está fazendo profissionalmente nesse momento e o quão feliz é com isso. Se você não for nem um pouco feliz, é a hora de repensar e se auto desafiar. Aliás, não aceite empregos pelo salário, mesmo se você estiver desempregado. Tente não fazer nada que você não ama.

8- Morar junto não vai ser lindo o tempo todo

O dilema das relações amorosas volta. Dev e Rachel, depois de um início conturbado, começam a namorar e decidem morar juntos. Parece uma ideia totalmente incrível e o caminho normal das coisas. Mas não se engane. Morar com os nossos pais ou com amigos é muito diferente de morar com alguém que a gente tem um relacionamento. Aquela bagunça não vai ser no quarto do seu irmão ou colega de quarto, vai ser no seu. O banheiro, cozinha, sala, comida, tudo é compartilhado e tudo pode gerar brigas. O antídoto: muuuuuuuuita conversa. Só com diálogo para acertar os ponteiros e tudo ficar bem.

9- A pessoa certa, a hora errada: o dilema existe

Dev e Rachel, apesar dos problemas que aparecem quando eles dividem um apartamento, parecem um casal fofo, e torcemos para eles ficarem juntos. Apesar de se gostarem, existe uma única coisa que divide os dois: os sonhos. É importante que, para termos um futuro com alguém, possamos compartilhar esses mesmos sonhos. E é uma ilusão mudar por outra pessoa. Defenda os seus sonhos, sonhe muito. E viva eles. Se tiver alguém do seu lado para viver junto, ótimo. Se você decidir viver sozinho, tá tudo bem também.

10- É sempre amor, mesmo que mude

Já diria o Bidê ou Balde, uma banda de rock gaúcha. “É sempre amor, mesmo que mude./ É sempre amor, mesmo que acabe”. Dev e Rachel viveram um amor, que como vários amores, acabam. Dele, ficaram guardados em suas memórias momentos lindos, vivências incríveis e aprendizados que eles levarão para o resto da vida, sendo no Japão ou na Itália. E é isso que temos que levar de todos os relacionamentos que acabam, sempre guardar o melhor de cada um. Vai ser pra sempre amor.

E você, identificou também esses aprendizados ao assistir a série? Ela fez você mudar alguma coisa em sua vida? Deixe nos comentários e até a próxima, porque a Vigília Não Para!

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Master of None: a dificuldade de encarar a vida adulta | Setembro Amarelo

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