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O Matador, o primeiro filme brasileiro original Netflix foi exibido com exclusividade no 45º Festival de Cinema de Gramado

Direto do Festival de Cinema de Gramado

Tirem as crianças da sala. Assistimos com exclusividade, no 45º Festival de Cinema de Gramado o primeiro filme brasileiro original da Netflix. Quem decidir assistir O Matador já avisamos: teremos cenas fortes pela frente.

Dirigido por Marcelo Galvão, O Matador conta a história de Cabeleira (Diogo Morgado), um assassino, que era famoso no sertão por matar homens a mando do Francês (Etienne Chiccot). Acompanhamos a sua trajetória, de bebê até adulto, incluindo as suas descobertas de mundo. Apesar de ser um matador, Cabeleira não era um homem ruim.

Ele, inclusive, não matava mulheres e crianças. Mas como o mundo não tem só pessoas boas, a vida dele se tornou um verdadeiro caos. E não foi só a dele. Toda a região do sertão estava em constante perigo.

Se você se impressiona ou fica enjoado com filmes que mostrem muito sangue e muita morte, nós já avisamos: esse filme não é para você. Vemos sexo, estupro, cabeças estouradas e incontáveis mortes. Em diversas cenas olhar para a tela é uma tarefa muito difícil. Inclusive, achamos que a censura de 10 anos imposta para essa sessão não é suficiente para tudo que aparece na tela.

No geral, o filme começa bem, mas quando vai se encaminhando para o final, ele vai cansando o espectador. Por diversas vezes, acreditamos ser a cena final, contudo sempre estamos bem longe disso. A narrativa, que até um ponto está bem amarrada, começa a soltar as pontas e entendia quem assiste.

O primeiro filme com a chancela Netflix é muito bem produzido, mas também peca em seu roteiro que se tornou pesado e cansativo. Somando isso às cenas fortes que somos submetidos, não é um filme que dê vontade de rever. E, de maneira alguma, ficamos com gostinho de “quero mais”. É uma pena.

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