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José Luis García-López: “Não gostei de Batman vs. Superman”

Lenda, ícone, mestre dos quadrinhos. Adjetivos não faltam para José Luis García-López, quadrinista que deixou sua marca eternizada nos maiores personagens da DC Comics. Em uma rara oportunidade para os brasileiros, e mais especificamente os gaúchos, o quadrinista foi a grande atração da Comic-Con RS, que movimentou a Região Metropolitana de Porto Alegre durante os dias 5 e 6 de agosto. Organizado pela Produtora Multiverso, o evento novamente subiu um degrau em relação as suas edições anteriores. E parte disso coube a García-López, que mostrou toda sua simpatia ao largo de seus 69 anos. Além de atender a todos no seu estande e no espaço para autógrafos, ele também encabeçou os principais painéis do evento, e a Vigília traz tudo que ele contou por lá.

O início da carreira e uma quase Marvel

Ao resumir rapidamente o início de sua carreira, García-López fez uma série de visitas em editoras. Um amigo se ofereceu para levá-lo até a Marvel, mas ele recusou. “Já estava com muito trabalho”, contou.

Guia da DC

Se você tem uma camiseta, um pôster, um produto qualquer com a estampa da santíssima trindade da DC Comics (Superman, Batman e Mulher-Maravilha), é bem provável que você tenha um desenho icônico de García-López. Ele contou um pouco a respeito:

“Inicialmente o Guia que fiz para a DC Comics não era um guia para orientar outros desenhistas, mas sim um catálogo para a editora vender seus produtos. Clientes olhavam e escolhiam o que queriam. Somente mais tarde ele foi novamente elaborado com fichas técnicas e todo o perfil dos personagens, aí sim, passou a servir de exemplo de estilo para os futuros artistas”.

O editor da Vigília, Robson F. Nunes, ao lado de García-López

Onipresença de seu legado

Como seus desenhos estampam produtos de toda qualidade, ele foi questionado de como era pra ele andar por qualquer ambiente e se notar cercado de sua própria obra, e a sua resposta reflete sua simpatia e humildade.

“Nunca esperei que esse trabalho, feito lá em 1982 tivesse esse impacto e que desde então as pessoas continuam gostando. Nem sei o que responder. Isso é fora do normal, extraordinário. É uma satisfação emocional muito grande, mas não mais econômica (risos)”.

Trabalho e restrições

“Na minha carreira, obviamente sempre gostei daqueles em que mais tinha liberdade. Mas isso nem sempre era possível, principalmente em personagens como Batman, Mulher-Maravilha e Superman. Acima de tudo o Superman”.

Os personagens no cinema

“Assisti muitos dos filmes dos heróis no cinema. Gostei muito de Mulher-Maravilha, Esquadrão Suicida também, mas não gostei de Batman Vs. Superman. Gostei muito dos trabalhos do Christopher Nolan com o Batman também”.

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