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Além da Morte | Crítica

Chegou outubro, logo vem o Halloween/Dia das Bruxas e claro, a sequência aguardada de terror nos cinemas. Já tivemos A Morte Te Dá Parabéns, e na sequência virá Jogos Mortais: Jigsaw. Mas agora vamos falar de Além da Morte, thriller/terror que mistura ficção científica com sobrenatural e no final consegue assustar mais do que pretensiosas sequências por aí. O filme, que estreia no Brasil dia 19 de outubro, reúne Ellen Page (Juno, X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido), Diego Luna (Rogue One: Uma História Star Wars), Nina Dobrev (As Vantagens de Ser Invisível, The Vampire Diaries), Kiersey Clemons (a futura Iris West de Liga da Justiça e do filme do Flash) e James Norton. A direção fica por conta de Niels Arden Oplev (da série original de Os Homens que Não Amavam as Mulheres). Fecha a conta Kiefer Sutherland, aquela homenagem ao filme original Linha Mortal, de 1990, dirigido então por Joel Schumacher.

Apesar de levar-se como um remake, aqui temos saídas e uma história bem diferente do que já foi visto lá atrás nas fitas VHS. E no final, uma lição de moral que se não chega a emocionar, mas vale pela lembrança. Ellen Page é Courtney, uma jovem e talentosa estudante de medicina que guarda um grande trauma. Por distração no celular ela bateu o carro e acabou perdendo a irmã mais nova (nunca dirija com o celular na mão!). Pode ficar tranquilo, isso não chega a ser um spoiler. Courtney junto de seus colegas, Ray (Luna), Marlo (Nina), Sophia (Kiersey) e Jamie (Norton) entram em um experimento louco para tentar entender o que se passa com o cérebro logo após a morte. O estranho é que quase todos topam a loucura de se submeter às experiências de quase morte (nunca aceite participar de experiências de quase morte!).

Nunca aceite participar de experimentos que consistem em te matar, ok?

Aos poucos vamos vendo que a experiência parece expandir a inteligência e o uso do cérebro. Sequelas parecidas com uma ‘onda’ após usar uma droga muito estimulante parecem agradar a todos. O que eles não sabem é que o pior está por vir. E aqui o filme passa de ficção a terror num piscar de olhos que talvez não seja tão agradável aos que estão presentes no cinema. Muitos dos sustos que virão lembram aqueles clichês, no melhor estilo fantasma passando por trás, câmeras panorâmicas que mostram que tudo aquilo é fantasia do próprio cérebro deles. Funciona até certo ponto, depois fica um pouco fora de tom com a primeira parte do filme.

Os personagens vão se moldando a tudo que acontece, até que a morte chega em um deles. O desespero começa a tomar conta e a espiral de más escolhas parece que vai trazer péssimas consequências para todos. Mas aí temos uma freada brusca. A mistura de alucinações e fantasmas realmente não casou muito bem nessa nova versão. O terceiro arco do filme acaba achando soluções fáceis demais para tudo, ao mesmo tempo que trás uma batida lição de moral. Todos felizes, todos bem, todos aprenderam a lição e corrigiram o que podiam. O pique que vemos lá no início de Além de Morte fica pelo caminho. A falta de fôlego e as derrapadas não entregam nada apoteótico, apenas mais um filme de terror que teremos que na nossa lista do gênero. Mas não chega no Top 5. Indicado para os amantes do gênero e os curiosos que viram o original de 1990. Original aliás que trazia Kevin Bacon, Julia Roberts, William Baldwin e Oliver Platt.

 

 

One thought on “Além da Morte | Crítica

  • “Todos felizes, todos bem, todos aprenderam a lição e corrigiram o que podiam.” spoiler?

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