CríticaFestival de Cinema

X500 mostra transformação, migração e violência

Direto do Festival de Cinema de Gramado

X500 (Juan Andrés Arango Garcia, 2016) não é um filme muito fácil de assistir. As três histórias que compõem a 1 hora e 44 minutos do filme em pouco se parecem.

Maria uma adolescente vai morar com a avó em Montreal , Canadá. Não se familiariza com a escola, não se entende com a avó que tem uma vida bonita e tranquila e como (quase) todo adolescente contraria a avó e começa a um trilha de violência desde a escola, as companhias nas ruas, até chegar no destino final no apartamento da avó.

Alex, um afro-colombiano, deportado para a Colômbia, vive volta agora ao velho lugar onde morou, agora extremamente violento, sobre o controle de gangues. Apesar do bom coração e tentativa de um trabalho decente e honrado, logo se vê no fogo cruzado entre o irmão menor marginal  e as gangues.

David sai da sua vila indígena após a morte do pai, vai para a casa de um primo em um bairro violento da Cidade do México. No ambiente infectado pelo crime, tentando um trabalho digno em uma construção, se encontra com uma turma de punks, onde aos poucos começa uma transformação visual. Transformação que Maria e Alex mesmo a milhares de quilômetros, também escolhem e alguma dessas transformações irão trazer muita dor e sofrimento.

No final, as três histórias acabam por mostrar três pontos em comum: migração, violência e transformação. Algumas cenas de transformação e violência são desconcertantes e podem não agradar a alguns, também a troca de cenas entre os ambientes/países é muito frequente e atrapalha um pouco o desenvolver da trama.

Éderson Nunes

@elnunes

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