Segundo dia da Mostra Gaúcha de Curtas apresenta mais oito produções
Direto do Festival de Cinema de Gramado
Domingo, dia 20 de agosto, foi exibida a segunda parte da Mostra Gaúcha de Curtas – Prêmio Assembleia Legislativa de 2017. Ao total, dos 68 filmes habilitados, 18 foram exibidos, dez no primeiro dia e oito no segundo.
Neste segundo dia, foram projetadas produções chocantes e mais impactantes em comparação ao primeiro dia de exibição, com direito a um perturbador filme de terror e um sensível documentário, além de animações, drama e híbridos. Novamente, quando os filmes foram apresentados, houveram protestos em virtude da falta de incentivo público à cultura, principalmente no Rio Grande do Sul.
O primeiro curta exibido na noite foi Cores de Bissau, de Mauricio Canterie. Delicado, impactante, com uma fotografia impressionante, que trazia a realidade precária de um dos dez países mais pobres do mundo, contado a partir de quatro depoimentos. Vimos a realidade e as dificuldades a partir da visão de pessoas que estão em hospital, Casa de Nutrição, escola e moradia. Outro curta sutil e interessante foi Solito, uma animação de Eduardo Reis, que durou cerca de cinco minutos e mostrou Solidão, o acompanhante de um morador de rua durante a sua trajetória. É daqueles pequenos filmes que te fazem refletir sobre aspectos tão importantes da vida.
Mas a grande e perturbadora produção da tarde foi Mãe dos Monstros. Com roteiro baseado em “A mãe dos monstros” de Guy de Maupassant, o filme de Julia Zanin de Paula mostra uma menina que se sente seduzida pelo circo, porém, não sabe que está em perigo. É assustador, de verdade! É um verdadeiro show de horrores, mas muito bem produzido.
Foram exibidos também os curtas “Gestos”, “O Caçador de Árvores Gigantes”, “Bicha Camelô”, “Kathársis” e “Através de ti”.
A Mostra de Curtas Gaúchos foi exibida em dois dias e a primeira exibição ocorreu no sábado, dia 19. A premiação também foi no dia 20 de agosto. A comissão julgadora é formada pelos cineastas Denise Marchi, Thiago Köche e Pam Sartori Hauber, pelo crítico de cinema Conrado Heoli e pelo escritor Tailor Diniz.
Foto: Cleiton Thiele / Pressphoto