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Scoobynatural: o crossover que a gente queria | Crítica

Na terça-feira, dia 10 de abril, estreou no Brasil, pela Warner Channel, o crossover da série Supernatural e da animação Scooby-Doo: Scoobynatural. O episódio é o 16º da 13ª temporada (eita!) da série comandada pelos irmãos Winchester. Apesar da proposta divertida, é fácil confessar que essa mistura poderia ter sido um completo desastre. Entretanto, a história conhecida, as referências e o fato de Dean e Sam ‘entenderem’ que estão dentro de um desenho (enquanto o resto da turma não faz a mínima ideia) acabou sendo uma boa jogada.

Começando do princípio: após ganharem uma televisão como recompensa por salvar a vida de um velho comerciante, os Winchester (e o Impala) são sugados para um mundo 2D em que quase tudo é possível.

Assim que encontram a Máquina de Mistérios, Dean rapidamente associa onde eles estão e decide que eles devem se misturar, já que deve haver algum propósito para ele e Sam terem parado justamente ali. Apesar de todas as relutâncias do caçula (Sam realmente consegue ser um pé no saco quando quer), é o que eles fazem.

A turma toda correndo, numa cena clássica do cartoon

Logo descobre-se que eles estão em uma variação do episódio “Uma Noite de Medo não Acaba Cedo” de “Scooby-Doo, Cadê Você?”, que foi ao ar em janeiro de 1969. No episódio em questão, Scooby recebe uma herança de um milhão de dólares de um velho misterioso a quem salvou a vida uma vez. No entanto, para receber a quantia, precisa passar a noite em uma casa mal-assombrada (plot já usado algumas vezes no mundo pop). A questão é que dessa vez a turma realmente está deparando-se com o sobrenatural, e não somente com um cara fantasiado.

Cabe, então, a Dean e Sam protegerem a equipe mais querida dos cartoons, já que mesmo que também resolvam mistérios, persigam o perigo e salvem pessoas, Scooby, Salsicha, Velma, Daphne e Fred não têm nenhuma noção de como lidar com essa situação.

Em um desenho animado, os Winchester sabem, tudo é possível!

A graça está, na maior parte do tempo em Dean, que age como um verdadeiro fanboy. Corteja Daphne o tempo todo, divide sanduíches com Salsicha e Scooby e opta por preservar a inocência da turma sobre a verdade sobre fantasmas, demônios, lobisomens e todas as criaturas sinistras que já encontraram por aí.

Todo o episódio é construído para ser facilmente assistido fora de contexto, ou seja, não é necessário estar acompanhando a décima terceira temporada de Supernatural para entender o que acontece, escolha sábia dos produtores e roteiristas.

Dean e Daphne, o casal improvável (mas só antes do crossover!)

Scoobynatural acaba não sendo tão bobinho como poderia ter sido, como se fosse uma desculpa para aumentar audiência ou simplesmente a falta de ideias sobrenaturais inovadoras por parte dos roteiristas. Bom, talvez tenha sido isso, porém a forma como foi executado acabou sendo divertida e coerente. No final, foi uma boa ideia!

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