Morre Rubens Ewald Filho, jornalista e crítico de cinema, aos 74 anos

Na tarde desta quarta-feira, dia 19 de junho, Dia do Cinema Nacional, morreu o jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho, aos 74 anos. Rubens estava internado no Hospital Samaritano, em Higienópolis, na região central de São Paulo, desde maio, quando sofreu um desmaio num shopping da capital e caiu na escada rolante. Ele estava internado em estado grave desde 23 de maio deste ano. A queda foi causada por uma arritmia cardíaca. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do jornalista.

Rubens Ewald Filho era conhecido em todo Brasil por participar há muitos anos das transmissões do Oscar. Começou na TV Globo, foi para o SBT e atualmente estava na TNT. Além disso, Rubens atuava na curadoria do Festival de Cinema de Gramado e de outros festivais pelo país. Ele também havia atingido a marca de mais de 35.000 filmes assistidos.

Nascido em Santos, em 7 de março de 1945, Rubens Ewald Filho era considerado um dos maiores nomes da crítica cinematográfica do país. Ele contava que ainda criança, tinha o hábito de anotar todos os filmes que assistia em um caderno, incluindo todas as informações dos longas. 

Sua carreira foi iniciada no jornal A Tribuna, de sua cidade-natal. Ele trabalhou em redações como do Jornal da Tarde, do O Estado de São Paulo e da VEJA. 

Rubens Ewald Filho teve também sua carreira no cinema. Ele começou, a partir dos anos 1970, a se dedicar ao cinema, primeiro como ator, em filmes como As Gatinhas (1970) e, depois, como roteirista. Nas novelas, o jornalista também trilhou seu caminho, como telenovelista em produções como Éramos Seis (1977), Gina (1978) e Drácula, Uma História de Amor (1980). Sua última novela foi Iaiá Garcia, para a TV Cultura, em 1982.

Em 1977, escreveu o livro Dicionário de Cineastas, obra de referência para os críticos do ramo. 

Rubens também foi diretor de programação e produção da HBO no Brasil e apresentador de programas em emissoras como TV Cultura, Record, Band e na TNT.