Música

Red Hot Chili Peppers: The Getaway faixa a faixa

Depois de cinco anos desde o lançamento de “I’m with you”, o Red Hot Chili Peppers voltou aos estúdios e lançou “The Getaway” este mês. O novo disco dos caras traz o estilo que consagrou a banda californiana, mas introduz novos elementos ao som que já conhecemos. O décimo primeiro álbum do RHCP foi marcado por algumas mudanças. Depois de mais de 25 anos, Rick Rubin deixou a produção dos discos da banda e deu espaço para Danger Mouse. O DJ e produtor é conhecido pelo seu trabalho na Gnarls Barkley (da mundial Crazy e do conhecido vocalista Cee Lo Green). O resultado traz um novo frescor à banda, que já estava muito marcada pela fórmula repetida dos álbuns que estouraram nas paradas durante a primeira década dos anos 2000.

Escutar The Getaway vale muito a pena. Principalmente porque Chad Smith, Flea, Anthony Kiedis e Josh Klinghoffer são um oásis no meio de tanta coisa que é imposta nas rádios. Os Peppers iniciaram em 83 (ano que o Robson nasceu, a Bruna veio quase dez anos depois) e trouxeram uma nova cara para o rock. E os caras passaram por várias transições, que marcam desde suas formações até o modo que consumimos sua música. Eu costumava escutar, primeiramente em k7, depois em cd. MP3 veio em seguida e hoje o novo álbum está todo no Spotify. Com certeza você já viu algum amigo aproveitando este belo trabalho dos californianos na janelinha do serviço de streaming. Damos aqui os motivos para fazer o mesmo, no melhor estilo faixa a faixa.

1 – The Getaway

A faixa título começa com a batida e o som das cordas do RHCP. É um passeio pela Califórnia de uma forma minimalista e sonora. Lembra um belo rolê de carro por uma bela estrada em um dia com céu azul. Encorpa e se eleva pelo refrão dividido com uma bela voz feminina (da não tão conhecida Anna Waronker).

2 – Dark Necessities

Pianos/Teclados, eles estão aqui e são talvez a tônica desse novo álbum. Marcantes, eles elevam a introdução até o entrar o cavalgante contrabaixo mais potente do rock – quiçá da música mundial -. Ele segue seu galope por toda a música e principalmente nas paradas, onde ele brilha ainda mais. Flea seu maldito. A guitarra rasgada, um solo com os ditos teclados, e a voz de Kiedis, está tudo lá, no ponto. A sonoridade suave e uma letra que fala das necessidades obscuras e as viagens que elas trazem.

3 – We Turn Red

Sincopada, meio separada e uma letra digna de uma banda californiana que relembra e brinca com os termos dos irmãos mexicanos. Mescla a batida de todos os membros, desde a bateria, passando pelo baixo, guitarra e vocal. Um refrão sonoro e contido.

4 – The Longest Wave

A faixa que traz as referências de surf music. A guitarra ondulante, o dedilhado característico da música feita em frente ao mar e uma das melhores composições do disco. Um dos melhores refrões e os questionamentos que o antecedem: What you want? What you need? Do you love?

5 – Goodbye Angels

Essa podia ter saído de um dos últimos álbuns, exceto pelo uso dos teclados entonando uma ligeira influência eletrônica. O solo de baixo vem matador, seguido da guitarra e as batidas, quando o conjunto sobe é o momento de apreciar.

6 – Sick Love

O suingue e o funkeado retornam nessa semi-balada. O amor doentio é realmente um clichê moderno. Mais alguém aparece nessa música? Sim, os teclados. Eles estão por toda parte.

7 – Go Robot

O que chama atenção nessa composição do RHCP é a pegada mais eletrônica, que inclusive lembra um pouco Daft Punk. É com certeza a faixa mais dançante do disco.

8 – Feasting on the Flowers

Uma das nossas preferidas do álbum. A música investe no teclado e na guitarra, mas tem seu momento de estouro e tudo fecha perfeitamente bem. Entra na categoria de “músicas gostosas para ouvir”.

9 – Detroit

A intro de Detroit promete e a música cumpre muito bem. Essa música nos faz escutar um rock mais com uma pegada de “garagem” (ou sujo, como gostamos de chamar). E dá a deixa perfeita para o que vem depois.

10 – This Ticonderoga

A faixa mais rock de todo o álbum! A música com uma pegada suja, com elementos de garagem e com uma energia que faz nós torcemos para que a música nunca acabe. A introdução é pesada, mas ao longo dá música voltamos para o estilo original da banda. Uma mistura que ficou excelente.

11 – Encore

Depois de duas faixas mais pesadas, Encore vem para baixar o ritmo. Essa música é uma balada romântica que tem um final que dá vontade de ficar escutando por muito tempo.

12 – The Hunter

A pegada romântica apareceu forte em The Hunter. A introdução e grande parte da composição lembram os rocks melódicos antigos. A presença do piano construindo a melodia da faixa merece pontos! Ficou agradável de escutar, apesar de ter um ar de dor de cotovelo.

13 – Dreams of a Samurai

A música que fecha o álbum, apesar de ter diversos elementos que são atípicos, é o que mais tem de mais característico da banda. A faixa, que é a mais lenta de todo o disco, ganha pontos pela sua construção, com instrumentos diferentes, como o piano. Dreams of a Samurai encerra The Getaway atendendo o que foi prometido no disco.

Quer escutar mais? Então acessa lá no Spotify o disco dos caras!

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