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Os Inocentes | Critica 1ª Temporada

A série original Netflix “Os Inocentes” estreia na sexta-feira, dia 24 de agosto.

Zumbis, vampiros, lobisomens … Com qual tema sobrenatural falta uma série para que você possa chamar de sua?

Os Inocentes nos traz um ponto de vista diferente dos seres chamados transmorfos, ou metamorfos, defina como quiser. Mas são basicamente pessoas que se transformam em outras. Todos lembram da Mística dos X-Men, Mutano dos Novos Mutantes ou ainda dos Skrulls (aliens do universo Marvel que possivelmente estarão em Capitã Marvel em 2019). A cultura pop e a mitologia estão cheias desses seres que podem mudar de forma, passando até mesmo para animais e outras formas de vida (ou ainda objetos).

É desse tipo de criatura que a série Os Inocentes trata, aqui de forma mais “realista”, numa tentativa de deixar a produção com temas extraordinários mais críveis e mais distanciada da fantasia.

June (Sorcha Groundsell) é uma adolescente que mora com o pai e o irmão deficiente físico no interior do Reino Unido. Ela se apaixona pelo colega de escola Harry (Percelle Ascott), e os dois fogem para Londres, pois o pai de June proíbe ela de qualquer amizade mais próxima ou paixão. Esse controle do pai de June (assim como também o seu irmão deficiente) é bastante excessivo, mas ninguém sabe o porquê, até o dia que June e Harry fogem e ela fica sem o controle (e remédios que o pai fazia ela tomar).

A série começa de uma forma que nos faz pensar que vai ser fora do comum, com uma cena com bons efeitos, e, logo após, uma cena de ação ótima quando os protagonistas são atacados por dois homens noruegueses. Harry e June escapam, mas deixam um homem inconsciente na estrada. É quando June encosta nele e se transforma no próprio homem. Mas essa é só a boa primeira impressão, pois mesmo tendo um andamento bom durante os episódios, nada é entregue com eficiência.

É interessante a forma que é abordado o “dom” ou a “maldição”. De forma dramática, a série de oito episódios gira entre o Reino Unido e a Noruega, onde se encontra o outro lado da família de June, que está “sob o controle” do Dr. Halvorson (o único nome conhecido do elenco, Guy Pearce, do ótimo Amnésia). Halvorson faz testes nas mulheres da própria família. Aparentemente todas elas tem o dom da transmutação.

No maior clima drama adolescente sobrenatural que todos já estamos sobrecarregados, a série traz conceitos interessantes e não entrega muito da solução da trama. Alerta de spoilers: ainda não temos segunda temporada confirmada, mas o final do primeiro arco nos faz esperar por isso.

Com cenários lindíssimos da Noruega e vilões que poderiam ser mais assustadores, a série não cativa tanto pela trama, e espera-se que o slogan “o que você vê não é o que você vê” se cumpra e nos engane, mas não é o que acontece. Já leram Invasão Secreta da Marvel?

 

Éderson Nunes

@elnunes

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