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Os 10 melhores filmes espanhóis

A Vigília sabe que o cinema vai muito além do que é lançado em Hollywood. Já listamos aqui os 10 melhores filmes argentinos e agora vamos continuar falando espanhol, mas vamos trocar de continente: nosso destino é a Espanha!

Percebemos, fazendo essa lista, que o suspense é o ponto forte dos filmes hispânicos. Muitos tons noirs, casos sobrenaturais e dramas familiares. Almodóvar, Penélope Cruz e Guillermo Del Toro estão em nossa lista, que é composta por 10 filmes e mais um bônus. Confira:

  1. Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro, 2006)

O Labirinto do Fauno é uma produção do cineasta Guillermo Del Toro e nos leva para dentro de uma fábula, sombria e noir, cheia de metáforas e referências com filmes que amamos. A fotografia do filme é épica! O Oscar de Melhor Fotografia foi merecido, assim como o de Melhor Direção de Arte e de Melhor Maquiagem. Vale a pena ver esses mundos mágicos e os reais relacionados e misturados. O filme é uma obra incrível do cinema mundial.

  1. Os outros (Alejandro Amenábar, 2001)

Surpreendente. Essa é a primeira palavra que pode definir esse filme de suspense, acredito que um dos (se não, O MELHOR) do gênero. Na realidade, esse é um filme que foi produzido na Espanha, França, Itália e Estados Unidos. Dirigido pelo espanhol Alejandro Amenábar, o longa conta com Nicole Kidman em seu papel principal. Já é um baita motivo para assistir o filme. O enredo gira em torno de Grace (Nicole Kidman), que durante a 2ª Guerra Mundial decide se mudar com seus dois filhos para uma mansão isolada na ilha de Jersey, esperando seu marido que está lutando na guerra. Regras loucas são criadas e quebradas, depois disso, muitas coisas começam a acontecer. E no final…

  1. Volver (Pedro Almodóvar, 2005)

Estrelado por Penélope Cruz e com roteiro e direção de Almodóvar, o filme discute relações familiares de uma forma muito profunda. Raimunda (Penélope) e Sole (Lola Dueñas) voltam a se reencontrar depois que seus pais morrem em um incêndio. Depois do incidente, as duas decidem visitar a Tia Paula, uma debilitada senhorinha que jura que é a mãe delas que cuida da casa e dela, história que é desconsiderada pelas duas irmãs, que decidem seguir o rumo das suas vidas novamente. Mas depois desse possível espírito, nada mais volta ao normal. Rolam aí mais conflitos familiares, abusos, mortes e o nascimento de uma das personagens mais fortes do cinema espanhol. Volver merece ser assistido e é dica certa da Vigília.

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  1. Má educação (Pedro Almodóvar, 2003)

Uma obra que fala sobre o primeiro amor, pedofilia e indústria cinematográfica dos anos 80. Tudo começa com o bloqueio criativo do cineasta Enrique Goded (Fele Martínez). Durante essa estagnação, ele se aproxima de um ator, Ignacio Rodriguez (Gael García Bernal). Depois disso, acontecem reviravoltas que trazem o passado dos personagens à tona. O filme é pesado, denso. Tem denúncias à Igreja Católica, aborda mais uma vez travestis e os reflexos do abuso sexual sofridos na infância na vida adulta. É mais uma grande obra assinada por Almodóvar.

  1. Vicky Cristina Barcelona (Woody Allen, 2008)

Um intenso filme estrelado por Scarlett Johansson, Javier Bardem e Penélope Cruz e dirigido por Woody Allen. Esses seriam motivos de sobra para assistir essa produção espânica-estaduniense. Tudo começa quando duas amigas americanas, Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett) viajam para Barcelona. Lá conhecem Juan Antonio (Bardem), que as convida para passar um final de semana em Oviedo. O que elas não sabem é que Oviedo vai mudar o rumo da vida delas. Entra na trama a temperamental Maria Elena (Penélope), ex-mulher de Juan, que garantiu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante à Penelope. Uma trama sobre amor e sobre a vida se desenha. É impossível não assistir esse filme e repensar todos os nossos relacionamentos e julgamentos.

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  1. O orfanato (Juan Antonio Bayona, 2007)

Mais um filme de suspense espanhol, mais uma assinatura de Guillermo Del Toro, agora na produção. O filme tem roteiro escrito pelo espanhol Sergio Sánchez e conta a história de Laura (Belén Rueda), que passou grande parte da sua infância no orfanato e quando está na fase adulta decide voltar para coordenar o local. Ela planeja então, ao lado do filho e do marido, criar um local para crianças com necessidades especiais. O que ela não conta é que Simón (Roger Príncep), seu filho, encontra uma série de amigos imaginários. Laura enche o saco e não dá mais bola para as histórias contadas pelo filho, até que ele some. Aí começa o suspense de verdade.

  1. Tudo sobre minha mãe (Pedro Almodóvar, 1998)

Dirigido por Almodóvar e com a participação de Penélope Cruz (sim, mais uma vez essa dobradinha). O filme é forte e traz, como já se pode imaginar, relações entre mães e filhos. Esteban (Eloy Azorín) era muito fã de uma atriz e ganha de presente de aniversário da mãe, Manuela (Cecilia Roth) o ingresso para assistir uma peça de teatro. Mas na fila para pegar o autógrafo, Esteban é atropelado e morre. Aí Manuela resolve ir atrás do pai do menino, uma travesti chamada Lola, para contar a notícia. No meio do caminho ela encontra pessoas que podem mudar a história de todos. Ganhou um merecido Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira.

  1. A espinha do diabo (Guillermo del Toro, 2001)

Mais um filme assinado por Guillermo Del Toro, mas dessa vez uma mistura de gêneros. A Espinha do diabo é um drama, com terror e paranormalidade. A história gira em torno da Espanha dos anos 30, que passa por uma guerra civil. Durante esse tempo, um orfanato para filhos de combatentes está criando as crianças até o final da guerra. Carlos (Fernando Tielve) é um dos meninos que chega no orfanato, com uma mala cheia de gibis! Ele vira sensação do lugar e desperta ciúmes em Jaime (Iñigo Garcés), o dono do campinho. O que descobrimos depois é que Carlos vê gente morta. A fotografia e a trilha sonora do filme merecem nosso destaque!

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A Vigília encontrou Del Toro na Comic-Con San Diego!
  1. Os olhos de Júlia (Guillem Morales, 2010)

O filme começa como um thriller policial e vira um suspense no meio do caminho. Júlia (Belén Rueda) recebe a notícia do suicídio de sua irmã gêmea Sara. Mas ela não acredita no laudo e decide investigar o possível assassinato por conta própria. Ela começa a refazer os passos da irmã, que não tinha mais contato. Enquanto isso, ela vai perdendo gradativamente a visão (o que explica o título do filme).

  1. Mulheres a beira de um ataque de nervos (Pedro Almodóvar, 1988)

Uma atriz, Pepa, que esconde a gravidez, fruto de um relacionamento com um homem casado, Ivan, que a deixa sozinha e some. Porém, ela se desespera para encontrá-lo. Nesse meio tempo, ela conhece o filho de Ivan e descobre que a esposa do amante pretende matar o marido. Mas Pepa tenta fazer de tudo para salvar a vida do amante. Se junta à elas uma amiga de Pepa que se apaixonou por um terrorista e a esposa do filho de Ivan, Carlos. É mais um filme do Almodóvar que tem como tema central as mulheres.

Bônus:

A pele que habito (Pedro Almodóvar, 2011)

Mais um do mestre Almodóvar, aclamado pela crítica no mundo inteiro. Mas preciso explicar o porquê desse filme não estar na lista: eu nunca consegui assistir até o final. As cenas são fortes. Se decidir assistir, esteja com o estômago preparado. O Robson assistiu até o final e confirma: é um soco no estômago.

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