O Lar das Crianças Peculiares, um belo filme teen
O filme que mais prometeu do que cumpriu em 2016
Com todas as grandes premiações como Globo de Ouro, BAFTA e Oscar rolando nesses primeiros meses do ano, talvez você esteja se perguntando o porquê Lar das Crianças Peculiares nem ao menos é lembrado como o injustiçado. Eu explico: ele não foi injustiçado. Como diria o Robson, o filme flopou. Entregou bem menos do que prometeu e tinha potencial para muito mais.
Vamos lá. O roteiro é uma adaptação do livro O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares, de Ransom Riggs, muito mais sombrio e triste do que o filme apresenta. Acertaram na escolha do diretor, erraram na elaboração do roteiro. A adaptação deixou um mundo mais encantado e colorido do que era de se esperar. Tim Burton não foi Tim Burton nesse filme. Esqueça A Noiva Cadáver, O Estranho Mundo de Jack ou o clássico Edward Mãos de Tesoura. O diretor foi muito mais comedido e ficou na zona de conforto. Com isso, com certeza perdemos. Mas não são só falhas que sustentam o filme.
Crianças com superpoderes inexplicáveis moram em um local onde aprendem a controlá-los. Jack, um garoto que sofre bullying na escola e é muito apegado ao avô, que lhe contava histórias, tem uma perda traumatizante. A partir daí, ele começa a descobrir que não é mais uma criança normal. Sim, nós já vimos isso antes, mas nada que atrapalhe a experiência do filme.
Além disso, o elenco agrada. Temos a belíssima Eva Green como a tutora das crianças peculiares, a Senhorita Peregrine. Samuel L. Jackson faz as vezes de vilão e Asa Butterfield dá vida ao mocinho Jake. Temos ainda o divertido Roy, de IT Crowd, Chris O’Dowd, que vive Franklin, o pai de Jake.
Apesar das críticas, o conjunto da obra gerou um bom resultado. É um filme pra assistir domingo de tarde com a família. Se avaliarmos na proposta de entretenimento teen, tem uma pegada de Sessão da Tarde, que a gente tanto gosta. Vale a pena assistir!