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O checklist completo de A Morte do Demônio: A Ascensão 

Fãs de Sam Raimi e de toda a franquia que marcou época no cinema de terror podem ficar tranquilos. O retorno a este “querido universo” de A Morte do Demônio: A Ascensão (Evil Dead: Rise) é tudo que se poderia esperar. Vista sua capa de chuva, pois o filme que chega aos cinemas de todo o Brasil na quinta-feira, dia 20 de abril, cumpre com louvor todos os quesitos necessários para uma excelente sessão de cinema. E nessa linha, você já sabe, o banho de sangue está mais do que garantido.

 Embora não reinvente a roda, sob o comando de Lee Cronin (Minutos depois da Meia-Noite), A Morte do Demônio: A Ascensão refaz o típico filme de terror que mistura pitadas de cinema trash, sustos e momentos que podem nos fazer sorrir (e não, não estou falando de ser sádico com tudo que acontece). Afinal, o mundo reconhecido anteriormente nos tradicionais filmes de Sam Raimi, que não por acaso ganharam o nome no Brasil de “Uma Noite Alucinante” tem grandes momentos de diversão. Desta vez, saímos do protagonismo canastrão de Bruce Campbell (o ator é agora um dos produtores executivos) e somos apresentados a uma nova turma, comandada pelas atrizes Lily Sullivan e Alyssa Sutherland.

O Livro dos Mortos não podia ficar de fora em A Morte do Demônio: A Ascensão

Trocamos também a ideia de um filme em uma floresta distante (ainda que ela vá aparecer) para um prédio na cidade grande. É nele em que teremos 90% do filme, em uma escolha que vai brincar com as possibilidades e sugestões deste apertado cenário. Beth (Lily Sullivan) precisa visitar a irmã mais velha Ellie (Alyssa Sutherland). Escondendo um novo drama e precisando de ajuda, ela chega no apartamento onde ela vive com seus três filhos Bridget (Gabrielle Echols), Danny (Morgan Davis) e a pequena Kassie (Nell Fisher). Cada um deles tem um perfil direfente, mas nota-se de longe a influência da mãe, uma tatuadora que rala para sustentar a casa depois de ser abandonada pelo marido. 

Beth e seus afilhados ao fundo em frente da mãe Ellie. Mas opa, tem alguma coisa muito errada por aqui!

Nesse contexto, em que nada parece nos relacionar com espíritos do mal, é que somos surpreendidos. O roteiro é direto ao ponto, e não se ampara em firulas. De alguma forma bem simples, a família é impactada por demônios e eles passam a possuir o corpo de quem estiver pela frente. Então, todo o cuidado é pouco. E como um bom filme sempre faz, logo estaremos preocupados com todos os membros da família e envolvidos na possibilidade de torcer para que eles durem até o final. Dica: não se apegue muito não!

Não é Evil Dead se não tiver muito sangue e uma motosserra, não é mesmo? Mais um item pro checklist!

E no frigir dos ovos, é tudo que precisamos. Uma família desesperada, sem entender nada, e tendo que lutar da forma mais primal por sua própria sobrevivência. O que estiver na frente, vira arma, portanto. É claro, enquadramentos, câmera nervosa, quase perfuração de olhos, transições marcantes… e sim, a motosserra também (!)… está tudo no lugar. O checklist completo de um filme com o DNA de Sam Raimi é cumprido à risca. E ao mesmo tempo que este é o seu maior trunfo, talvez seja ele também o seu calcanhar de aquiles. A proposta se renova enquanto franquia, mas não apresenta uma novidade marcante. Se precisa ou não, bom, aí cada um que assistir vai ter a sua resposta.

O que eu, como grande admirador de “A Morte do Demônio”, posso garantir é que A Morte do Demônio: A Ascensão tem tudo que precisamos para nos divertir no cinema por uma hora e 37 minutos. Expectativas plenamente alcançadas!

Veredito da Vigilia

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