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Master Of None Segunda Temporada | Crítica

Uma das surpresas da Netflix em 2015 voltou a surpreender em 2017. Master Of None é um suspiro diferente nas séries, mesclando humor e drama em doses precisas, além de é claro, sempre nos mostrar a vida como ela é. Algumas doses de realidade e diversidade necessárias e essenciais para os dias atuais. Se você ainda não conhece e já tem seus mais de 20 anos, vai se identificar com quase tudo. Mas antes, vá para a primeira temporada, pois a partir de agora, vamos tratar da mais nova empreitada de Dev, sua vida, rotinas e desventuras. Vale cada segundo, e como sua temporada anterior, deve abocanhar bons prêmios entre Emmys e Globos de Ouro. Aziz Ansari e Alan Yang estão (novamente) de parabéns.

A segunda temporada inicia com Dev já na Itália, como no surpreendente season finale de seu debut em 2015. Dev foi atrás do que gostava, e mal sabe ele que a viagem pode mudar de vez a sua vida. Em um primeiro episódio todo em preto e branco, conhecemos Modena, Francesca e o adorável e pequeno Mario. Como sempre, tudo na Itália é engraçado, afinal, sempre parece que as pessoas estão se xingando. Uma oportunidade incrível é perdida por Dev, graças a um ladrão de celulares. De cara já sabemos que teremos uma temporada com um tempero diferente em relação a primeira. Arnold (Eric Wareheim), o seu amigo gigante também aparece por lá, para garantir boas risadas e até mesmo trancar um Fiat 500 em uma ruela italiana.

Dev e Arnold continuam mostrando que são grandes amigos

As pautas de relacionamentos, dramas amorosos e os problemas de quem já está com os dois pés na vida adulta voltam a ser a tônica, e é isso que torna a série um tanto especial. A forma como são retratadas as situações nos fazem se identificar. Afinal, é vida real na tela (é claro, tudo com o toque de mágica das produções de TV). Os diálogos e confrontos pessoais e profissionais seguem afiados. É muito talento envolvido e os dez episódios nos fazem pedir mais, ao mesmo tempo que são pontuais para uma boa maratona. Como vimos em 2015, cada um deles é temático. Destaque para os episódios parodiando encontros no Tinder, com uma excelente edição e forma de contar as “vitórias” e “derrotas” em relacionamentos rápidos. Outros pontos altos são as menções à religião, sexualidade, relacionamento com nossos pais e os mais velhos, além do ótimo episódio que mostra um pouco mais das minorias espalhadas por Nova Iorque. São só acertos.

Essa dupla em Nova Iorque, hmmmm

E claro, temos a trama central focada em Dev, seus sucessos com a Batalha dos Cupcakes (o que nem sempre lhe agrada, mas rende boas risadas), seu relacionamento com a cidade, Francesca, a culinária (sempre bons restaurantes hein) e as rasteiras que a vida nos dá, seja no lado profissional como pessoal. Master Of None é inegavelmente um dos maiores acertos da Netflix. O único problema é que o que é bom dura pouco. Já estamos com saudades!  

Ps 1: Queremos um apartamento como o do Dev.

Ps 2: Perceba que essa temporada Arnold dá realmente bons conselhos.

Veredito da Vigilia

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