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Link Perdido: stop-motion lindo … sem uma grande história | Crítica

Link Perdido pode ser uma grande pedida para os baixinhos que quiserem encarar o cinema no início do mês de novembro. O motivo ‘número um’ é porque a animação é um stop-motion lindo, que combina cores e edições digitais para elevar o seu estilo. E o segundo motivo é porque talvez o filme – que deve ter dado um trabalho enorme de produção – não deve ficar muito tempo nas salas brasileiras. Explico adiante. Antes, vale dizer que Link Perdido é do Estúdio Laika, tinha o selo da Fox, e, como tudo ultimamente, foi adquirido pela Disney, que está fazendo a distribuição de forma tardia por aqui. Nos Estados Unidos ele foi lançado em abril, sem grandes estardalhaços. 

A animação é assinada por Chris Butler, diretor de Paranorman (2012), e traz a história de Sir Lionel Frost (dublado no original por Hugh Jackman), um investigador de mitos e monstros que percorre o mundo. Sua maior meta é ser aceito em um seleto clube de homens ricos que se julgam grandes exploradores. A aventura já começa mostrando que Lionel é impiedoso, e, mesmo com grande bravura, é tido como um sem noção pelo clube. Para buscar o respeito da sociedade, ele decide investigar um novo mito, e acaba se cruzando com um macaco gigante que passa a ser chamado de Link/Susan (Zach Galifianakis). O que ele não sabia, era que o próprio mito, desta vez, tinha escolhido o aventureiro para pedir ajuda.

Link/Susan é o grande mito do filme

O que poderia ser uma grande aventura de aceitar o próximo como ele é, acaba ficando aquém do imaginado. Link Perdido apresenta seus personagens de forma apressada e sem muito espírito. Fica fácil estranhar logo de cara o ritmo com que as coisas acontecem. E isso fica ainda mais evidente quando percebemos que fica difícil se conectar com os protagonistas. Lionel é falador. Link tenta ser engraçado. Mas alguma coisa entre o roteiro e a trama não cola. Por outro lado, somos sempre encantados pela mescla de stop-motion com digital que agrada muito aos olhos. E por isso, Link Perdido possa funcionar muito mais com os baixinhos do que com os já crescidinhos. Faltam elementos que nos conectem e nos emocionem. Ou mesmo, nos façam rir.

Nos bastidores, um pouco da trabalheira que foi fazer Link Perdido

No meio da correria e na descoberta de uma grande amizade, Lionel e Link ganham a companhia da corajosa Adalina (dublada por Zoe Saldana), que incrementa a relação. Em meio a descoberta de uma nova civilização, onde Link/Susan poderá encontrar outros de sua espécie, o clube dos desbravadores segue Lionel para que ele jamais conquiste por direito uma cadeira entre os “grandes exploradores”. Uma perseguição confusa, que nos leva por vários cenários lindos, mas sempre com piadas não mais do que razoáveis e um texto que no máximo faz as coisas andarem.

Contemplando o “Shangri-La”

Por tudo isso, Link Perdido muito provavelmente tenha uma passagem bem rápida pelas salas de cinema do Brasil. É uma boa obra, mas assim como Família Addams, não chega a conquistar o público ou apresentar algo que o público se acostumou nas grandes animações das últimas décadas. Falta a eles o fator mágico que tanto nos emocionou em Toy Story 4, ou Homem-Aranha no Aranhaverso. Uma pena.

Veredito da Vigilia

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