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Lego Ninjago: O Filme | Crítica

Estreia dia 28 de setembro o terceiro filme do universo LEGO Construction Toys, e a Vigília já assistiu

Com direção assinada por Charlie Bean, Paul Fisher e Bob Logan, a aventura de animação é inspirada na série de TV Ninjago. Exibida desde 2011, ela conta com cerca de 10 episódios por temporada (aqui no Brasil vai ao ar no canal Disney XD). É preciso ter isso em mente, pois, apesar de funcionar independentemente do seriado e não deixar pontas soltas, este é um filme que faz muitas referências à sua origem. Desde a abertura, até engrenar no conflito propriamente dito, temos uma narrativa que se assemelha à da animação da TV. Há, inclusive, uma piada nesse sentido, questionando o porquê do vilão nunca ser abatido decisivamente, e com isso, sempre voltar no dia seguinte. O início é um pouco lento e pode cansar os mais velhos, principalmente porque o ritmo fica repetitivo. São muitos embates até o desfecho. Mas para o público infantil pode funcionar bem, principalmente aqueles que assistem a série e se identificam com as consecutivas lutas.

As pecinhas estão de volta em LEGO Ninjago!

Dito isto, podemos focar no que o filme entrega. Para as crianças é o tipo de enredo envolvente e que cativa, mas sem a profundidade dos dois filmes anteriores da franquia LEGO. Isso porque Ninjago não se preocupa tanto em trazer piadas e construções mais críticas. Por outro lado, traz uma história que ensina sobre respeito, família, união e sobre como as pessoas nem sempre são o que parecem. Há muito mais do que uma primeira impressão pode revelar. O enredo foca na recorrente batalha por Ninjago City, que o malvado Lorde Garmadon (Justin Theroux) quer comandar. Periodicamente ele faz uma nova tentativa de dominar a cidade, pela mais pura vilania e sede de poder. Ele tem um filho de 16 anos, Lloyd (Dave Franco), para o qual nunca deu atenção. Este filho é justamente um dos ninjas do grupo que protege a cidade de sua vilania, no melhor estilo Luke Skywalker e Darth Vader. O grupo é guiado por Mestre Wu (Jackie Chan) e conta com mais cinco ninjas. Até que chega o dia em que o inimigo cresce e os bons ninjas têm de encontrar forças internamente a partir de uma jornada pela integridade da cidade.

O conflito é simples e previsível, mas não menos tocante. O grande mal que acomete a cidade é construído divertidamente dentro da narrativa, pois dá uma reviravolta que torna o filme mais interessante e as lutas menos vazias de sentido. Quanto à animação, ela se destaca por ser confrontada com o “real” em variados momentos. Aliás, o prólogo é criativo e tem muito a cara do Jackie Chan, assim como a cena pós-créditos, esperada por quem conhece o estilo dos filmes dele. Assim, o roteiro avança bem, mesmo após as repetições iniciais. A diversão para crianças é garantida; e para adultos pode não ser muito presente, mas tem boas sacadas e vai com certeza arrancar sorrisos de gratidão, seja pelas referências a outras animações ou pela mensagem que consegue passar.

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