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Kong: A Ilha da Caveira | Crítica sem Spoilers

São vários sentimentos ao iniciar esse texto e deixar a sala escura. Vou tentar descrevê-los, já que até ir ao cinema você não vai senti-los. Vamos lá. Kong: A Ilha da Caveira é tudo que se espera de um grande blockbuster e mais um pouco. Desde já na lista dos melhores de 2016. Isso mesmo. Estamos em março e já vou deixar isso aqui registrado. O filme que remonta a história do gorila mais clássico dos cinemas tem tudo para arrebatar as bilheterias, e, desde já, nos deixar esperando suas sequências.

Prazer, sou Kong… King Kong.

Começamos pelo elenco. Não dá pra reunir Samuel L. Jackson, Brie Larson, Tom Hiddleston, John Goodman e King Kong à toa. Tão pouco esperar que essa receita falhe. Ela não falha. Ela é certeira. Sem falar dos coadjuvantes Corey Hawkins, Tian Jing (A Grande Muralha), e o sempre brilhante John C. Reilly. Todos ali fazendo sua parte, inclusive Toby Kebbell (do horrível Quarteto Fantástico de 2015) que além de soldado também é responsável por Kong.

E esse elenco, o que dizer?

A receita melhora. Acrescente uma direção esperta de Jordan Vogt-Roberts, muitas e muitas referências aos filmes clássicos, easter eggs do que vem pelo futuro (preste atenção em tudo), e uma trilha sonora daquelas caprichadas, tanto nas músicas pop e dos clássicos do rock (aqui agradecemos a James Gunn e os seus Guardiões da Galáxia) quanto na batuta do incrível Henry Jackman, responsável por quase todos as grandes trilhas sonoras dos filmes que você conhece.

Mas passando a parte técnica, Kong é uma nova história, não a mesma que já vimos recontada algumas vezes. E aqui, sem grandes novelas envolvendo a bela (Brie Larson) e a fera (ok, só um pouquinho). De igual, a ideia dos exploradores que precisam ir até uma ilha desconhecida. Estamos nos anos 70, o que nos dá uma época de ouro do rock e da música, além da pegada de remontar o passado. Temos toca discos, máquinas fotográficas com filmes que precisam ser revelados e tecnologias limitadas. A Guerra do Vietnã está acabando e pode ser a última chance para mandatários de uma grande empresa em chegar até a ilha inóspita e tirar proveito de tudo que for descoberto por lá. Por isso, o exército fica encarregado de dar uma carona para o grupo.

Tom e Brie, como não amar?

A fotógrafa talentosa Mason Weaver (Brie Larson) e o ex-militar destemido James Conrad (Tom Hiddleston) se unem aos pesquisadores e ao grupo de militares liderados pelo comandante Preston Packard (Samuel L. Jackson), que ao fim da guerra parece já não ver muito sentido na vida. Na teoria, ninguém sabe o que há na ilha, mas como sempre – e nem é spoiler – sabemos que King Kong estará lá. Além dele, uma infinidade de outros monstros de todos os tipos (como já vimos nos trailers).

Esse é um “lagarto da caveira”.

E na ilha, Kong é o rei. O último de sua espécie. Ele protege o lugar, agora dos humanos, mas antes também de “lagartos da caveira”, até então o nome dado aos bichos mais ameaçadores da ilha. Outras surpresas também estão por lá, mas é claro, esse é o veredito sem spoilers, então, não vamos entregar. Apenas saiba que Kong é mais um acerto da Warner no ano (antes dele tivemos LEGO Batman – O filme). É também uma amostra de que o estúdio sabe criar um universo expandido (melhor do que vimos nos filmes de Zack Snyder), mas acima de tudo, é um filme que podemos deixar nossas 5 estrelas marcadas aqui embaixo, sem medo de ser feliz. Vá ao cinema (se possível no IMAX) e seja feliz por 1h58. E não saia antes dos créditos finais. Será surpreendente!

Veredito da Vigilia

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