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Hotel Transilvânia: Transformonstrão é o filme mais preguiçoso da franquia

Transformonstrão é o subtítulo da nova animação de Hotel Transilvânia. O quarto filme da saga chega à Amazon Prime Video no dia 14 de janeiro e vai animar os fãs dos monstros queridos do cinema. Mas não se empolgue muito. Esse filme ficou bem abaixo dos outros três filmes.

Apesar do título ser curioso, ele combina perfeitamente com a sinopse do filme. Van Helsing, o cientista da saga, cria sua maior invenção: o Raio Monstrificador. Com ele, os monstros se tornam humanos e os humanos se tornam monstros. Até aí, tudo bem. Ou não. Porque a invenção sai de controle e as coisas fogem do que é esperado.

É aí então que o protagonista Drac se torna um humano e Johnny, o humano da galera, se torna um monstro. Claro que nessa troca, diversas cenas vão levar a criançada aos risos, com os monstros se tornando humanos e passando por perrengues que não imaginamos. É interessante também ver Drac descobrindo a vida “comum”. Aproveitando o sol, curtindo a grama e passando pelos dilemas que um humano passa. Aí estava um gancho para uma boa construção de personagem, mas ela é desperdiçada.

Contudo, apesar da experiência da troca de papéis ser interessante, a temática é atropelada pela resolução do problema. Drac e Johnny precisam vir para a América Latina para tentar achar uma solução para a máquina estragada do cientista. E aí começa o show de preconceitos e equívocos. Quem quiser curtir o filme, precisa passar por cima de vários detalhes.

Ao que tudo indica, eles vêm para o Brasil. Porém, é um Brasil que fala espanhol e tem animais pela rua. A civilização fica bem longe de onde eles se encontram e a população é vista como animais em zoológico. O local ao certo não é identificado, mas uma pesquisa prévia poderia ter sido feita. Ao contrário de Encanto ou até mesmo Viva, a Vida é uma festa, esse filme poderia se passar em qualquer lugar e seria melhor se realmente tivesse ficado apenas nos Estados Unidos.

 Hotel Transilvânia: Transformonstrão é um show de equívocos
Hotel Transilvânia: Transformonstrão é um show de equívocos

O elenco também deixa muito a desejar. De longe, esse não é o papel mais marcante de Andy Samberg ou Selena Gomez. A dublagem está um tanto quanto robótica, sem muita emoção. O roteiro não ajuda e as cenas demoram para desenrolar. A primeira, do aniversário do hotel, tem mais de dez minutos de duração. Em um filme de pouco mais de uma hora, é um tempo considerável. Enquanto isso, os acontecimentos são apressados e mal desenvolvidos. Parece que a resolução precisou ser rápida, sem preocupação ou capricho. Ficou na média de um telefilme e abaixo do que seria uma obra cinematográfica.

Hotel Transilvânia: Transformonstrão é o filme mais fraco da franquia e tem resoluções preguiçosas. Mas conta com as cores e os elementos da saga Hotel Transilvânia. Se você assistiu e gostou dos três primeiros, feche a franquia.

Veredito da Vigilia

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