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Gavião Arqueiro: Marvel acerta no alvo com sua série de Natal

Depois de apresentar magia do caos, celebrar o novo Capitão América e dar passos importantes nos conceitos de Multiverso, a Marvel Studios acertou em cheio com Gavião Arqueiro (Hawkeye). Perdão pela piada quase que infame. Com sua proposta mais “pés no chão”, com heróis urbanos e menos fantásticos, temos uma série de Natal cheia de aventura, humor, mas acima de tudo carisma. Tudo amparado nas costas de Clint Barton e Kate Bishop, grandiosamente vividos por Jeremy Renner e Hailee Steinfeld (Bumblebee).

Gavião Arqueiro entregou seis excelentes episódios com um tom leve, mas não menos caprichado e cheio de acenos para os fãs do Universo Cinemático da Marvel, e principalmente dos quadrinhos. Casado com a estreia recente de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, o desfecho de Gavião Arqueiro foi com certeza uma das melhores realizações da Casa das Ideias dentro de suas séries no streaming. Valeu cada segundo e manteve a essência de que coisas muito grandes ainda virão para o futuro. Fez muita gente dar gritinhos em casa, com toda a certeza.

Admita, você já ama o Gavião Arqueiro desde a batalha de Nova York

Apesar de parecer despreocupada e com menos intervenções megalomaníacas, Gavião Arqueiro sempre foi honesta com o público. Em uma história de pouco mais de cinco dias, antecedendo o Natal, Clint Barton se envolve com a sua maior fã, Kate, e uma trama que envolve sua mãe Eleanor (Vera Farmiga), seu noivo Jack Duquesne (Tony Dalton), apresenta Maya Lopez, como Eco, a primeira heroína surda-muda (Alaqua Cox), dá seguimento ao final de Viúva Negra, com a participação especial de Yelena Belova (Florence Pugh), e ainda coloca no topo uma cereja que ainda vai trazer muitos problemas para os heróis: O Rei do Crime, novamente sob a responsabilidade do excelente Vincent D’Onofrio, que basicamente nasceu para o papel (antes visto na série do Demolidor, da Netflix). Já parou para pensar o quanto a régua de exigência com as séries de heróis cresceu depois de tudo que vimos em 2021?

Yelena Belova novamente com Florence Pugh
Yelena Belova (Florence Pugh): a Marvel está esculachando com suas escolhas de elenco

Apesar de deixar vários novos personagens prontos para orbitarem suas próprias sagas no futuro (a série solo da Eco já está confirmada), Gavião Arqueiro resolve várias pequenas questões do MCU em uma história simples e completa. Puro entretenimento. E aqui, menos é mais. O fã merecia e precisava de uma história menos mirabolante e que desse o primeiro estofo para a heroína (juvenil) que acaba de nascer, mas que já tem no currículo um enfrentamento direto com um dos maiores vilões do cardápio da Marvel.

Lucky o cão-pizza
Não podemos esquecer dele, Lucky, o Cão-Pizza!

Tudo isso acontece sem soar equivocado, ou exagerado. Explorando o que de melhor o MCU já criou, seja mostrando consequências do Blip (o outro lado da moeda com Yelena), apresentando um excelente e divertido musical em homenagem aos Vingadores e a Batalha de Nova York (que vale lembrar, foi lá em 2012) e com a química perfeita entre Jeremy Renner e (a força da natureza) que é Hailee Steinfeld, está tudo no lugar. Até mesmo os menores coadjuvantes possuem um arco iniciado e fechado nesta primeira temporada. E será que vai ser a única? Ainda não foram confirmadas continuações, mas temos certeza de que Kate e Clint voltarão, ou na TV, ou no cinema. E novamente estamos aqui, encerrando uma história e já esperando pelo que vem no futuro e no planejamento de longo prazo que Kevin Feige e a Marvel já nos acostumaram. Alguma teoria?

Enfim, são produções como Gavião Arqueiro que fazem valer a pena acompanhar toda essa jornada iniciada lá em 2008 com Homem de Ferro.

Se alguém ainda torcia o nariz para o Gavião, bom, chegou a hora de se render ao herói que enfrenta desde a ameaça mais mundana até uma épica batalha intergaláctica com um pedaço de pau e uma corda.

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