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Festival de Gramado: confira os vencedores de 2023

A noite de premiação do 51º Festival de Cinema de Gramado ocorreu no sábado, dia 19 de agosto, e consagrou “Mussum, O Filmis” como o grande vencedor

A história de vida de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum, contada em “Mussum – O Filmis” foi a grande vencedora do 51º Festival de Cinema de Gramado. O longa dirigido por Silvio Guindane levou seis Kikitos e deve estrear no dia 2 de novembro. A noite de premiação, no Palácio dos Festivais, ainda consagrou outros dois expressivos projetos, “Tia Virgínia” ficou com cinco prêmios e “Mais Pesado é o Céu”, ficou com quatro. O documentário “Anhangabaú”, de Lufe Bollini, e o longa-metragem gaúcho “Hamlet”, de Zeca Brito, foram os melhores filmes em suas mostras.

“Mussum, O Filmis” o filme de maior apelo popular, por retratar a história de um dos ícones do humor brasileiro, levou as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Ator para Ailton Graça, melhor atriz coadjuvante para Neusa Borges, melhor ator coadjuvante para Yuri Marçal, melhor trilha musical e melhor filme pelo júri popular, além de uma menção honrosa.

Grandes nomes no palco da premiação

Ailton Graça e Vera Holtz ganharam os prêmios de melhor Ator e Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado
Vera Holtz (“Tia Virgínia”) e Ailton Graça (“Mussum, O Filmis”) foram os melhores na categoria atriz e ator | Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto

Premiados como melhor atriz e melhor ator, Vera Holtz, por “Tia Virgínia”, e Ailton Graça, por “Mussum, O Filmis”, trocaram elogios ao receberem seus Kikitos. Vera agradeceu aos diretores e produtores, Fábio Meira e Janaína Diniz. “Obrigada às minhas irmãs da ficção, Arlete Salles e Louise Cardoso, e às minhas irmãs, Regina, Rosa e Teresa, que já nos deixou, e quero deixar um poema de Mário Quintana, para vocês: ‘Os grilos…os grilos… Meus Deus, se a gente pudesse puxar por uma perna, um só Grilo, se desfiariam todas as estrelas!’”.

Ailton relembrou sua infância humilde. “Essa é a primeira vez que estou recebendo um prêmio, e isso começou quando eu era criança e minha mãe perguntou para mim e meu irmão o que queríamos ser. Eu disse carroceiro, advogado, engenheiro agrônomo, cientista, professor… e sendo ator eu posso ser tudo isso”, celebrou.

Yuri Marçal foi cercado pelos colegas com o anúncio do Kikito de Ator Coadjuvante
Yuri Marçal (centro) foi cercado pela equipe no anúncio do Melhor Ator Coadjuvante | Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto

O diretor Silvio Guindane, de “Mussum – O Filmis”, voltou a se emocionar durante seu discurso. Ele já tinha feito uma fala importante durante o painel de debate do longa. “O cinema me salvou. A arte salva, o cinema salva, e hoje eu estou retornando a este Festival, e um dia eu fui ao circo, um dia eu li um livro, e um dia eu comecei a fazer cinema, ainda criança aqui neste Festival”, disse. Guindane recebeu o Prêmio Especial do Júri em 1996 por sua atuação no filme “Como Nascem os Anjos”. Também presente na cerimônia, Mussunzinho, filho de Mussum, disse ter certeza que o pai estava com eles: “Vocês retrataram de uma forma perfeita o velho (Mussum), e eu vou ter o maior prazer de daqui a alguns anos sentar com o meu filho e mostrar ele da forma mais aproximada que eu poderia mostrar”.

Homenagem

A noite ainda prestou uma homenagem à Léa Garcia, com público novamente de pé aplaudindo a atriz, na lembrança do ‘in memorian’, ao lado de outros talentos do audiovisual que faleceram no último ano. 

Entre os longas-metragens gaúchos, o destaque foi o filme “Hamlet”, de Zeca Brito, que levou cinco Kikitos: melhor filme, melhor direção, melhor ator para Fredericco Restori, melhor fotografia e melhor montagem. 

CONFIRA OS VENCEDORES DO 51º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO:

Longas-metragens Brasileiros

Melhor Filme: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane

Melhor direção: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”

Melhor ator: Aílton Graça, por “Mussum, O Filmis”

Melhor atriz: Vera Holtz, por “Tia Virgínia”

Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “Tia Virgínia”

Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”

Melhor Montagem: Firmino Holanda e Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu”

Melhor Trilha Musical: Max de Castro, por “Mussum, O Filmis”

Melhor Direção de Arte: Ana Mara Abreu, por “Tia Virgínia”

Melhor Atriz Coadjuvante: Neusa Borges, por “Mussum, O Filmis”

Melhor Ator Coadjuvante: Yuri Marçal, “Mussum, O Filmis”

Melhor Desenho de Som: Rubem Valdés, por “Tia Virgínia”

Prêmio especial do júri: Ana Luiza Rios de “Mais Pesado é o Céu”

Menção Honrosa: Vera Valdez, por “Tia Virgínia”

Menção Honrosa: Martin Macias Trujillo, por “Mussum, O Filmis”

Júri da Crítica: “Tia Vírginia”, de Fábio Meira

Júri Popular: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane

Prêmio SEDAC/IECINE de Longas-metragens Gaúchos

Melhor filme: “Hamlet”, de Zeca Brito

Melhor direção: Zeca Brito, por “Hamlet”

Melhor ator: Fredericco Restori, por “Hamlet”

Melhor atriz: Carol Martins, por “O Acidente”

Melhor roteiro: Marcelo Ilha Bordin e Bruno Carboni, de “O Acidente”

Melhor fotografia: Bruno Polidoro, Joba Migliorin, Lívia Pasqual e Zeca Brito, por “Hamlet”

Melhor direção de arte: Richard Tavares, de “O Acidente”

Melhor montagem: Jardel Machado Hermes, de “Hamlet”

Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, Ricardo Costa e Cristian Vaz, por “Céu Aberto”

Melhor trilha Musical: Rita Zart e Bruno Mad, por “Céu Aberto”

Júri Popular: “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues

Longas-metragens Documentais

Melhor Filme: “Anhangabaú”, de Lufe Bollini

Curtas-metragens Brasileiros

Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, por “Sabão Líquido”

Melhor Trilha Musical: Mano Teko e Aquahertz, por “Yãmî-Yah-Pá”

Melhor Direção de Arte: Felipe Spooka e Jacksciene Guedes, por “Casa de Bonecas”

Melhor Montagem: Luiza Garcia, por “Camaco”

Melhor Roteiro: Fabiano Barros e Rafael Rogante, por “Ela Mora Logo Ali”

Melhor Fotografia: Morzanel Iramari, por “Mãri-Hi – A árvore do Sonho”

Melhor Atriz: Agrael de Jesus, por “Ela Mora Logo Ali”

Melhor Ator: Phillipe Coutinho, por “Sabão Líquido”

Prêmio Especial do Júri: “Mãri-Hi – A Árvore do Sonho”

Menção Honrosa: “Cama Vazia”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet

Melhor Curta Júri da Crítica: “Camaco”, de Breno Alvarenga

Melhor Filme pelo Júri Popular:  “Ela Mora Logo Ali’, de Fabiano Barros e Rafael Rogante

Melhor Direção: Mariana Jaspe, por “Deixa”

Melhor Filme: “Remendo”, de Roger Ghil

Prêmio Canal Brasil de Curtas: “Yãmî-Yah-Pá”, de Vladimir Seixas

Mostra de Filmes Universitários

Melhor filme: Cabocolino, de João Marcelo.

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