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Edens Zero é uma divertida jornada em busca da amizade

No final de agosto estrearam na Netflix os 12 primeiros episódios do anime Edens Zero, adaptação do mangá criado por Hiro Mashima, o mesmo de Fairy Tail. A série, que estreou no Japão em abril, continua em exibição por lá, se encontrando no 20º capítulo neste momento. Como a empresa de streaming é responsável pela distribuição mundial da animação, em breve teremos o restante da história disponível por aqui também. 

Edens Zero é um anime divertido na maioria do tempo, dando espaço também para momentos dramáticos, batalhas empolgantes e um climão de série de ficção científica “a lá” Dr. Who, Star Trek, Rick & Morty ou qualquer outro programa que permita aos seus protagonistas estarem em um planeta diferente a cada episódio, exibindo as particularidades do local e expandindo uma mitologia que está presente em todo o Cosmos. Mas claro, só utilizei essas séries como um comparativo e não para colocá-la no mesmo patamar.

O Rei Demônio e seu “netinho”

A história de Edens Zero cativa desde o início, quando conhecemos o jovem Shiki, único humano que reside no reino de Granbell, um local habitado somente por robôs (algo parecido com o que vimos em Eden, mas aqui muito melhor retratado). Lá, o garoto é criado por seu avô, o Rei Demônio e seu “melhor amigo” Michael. Certo dia, esse reino é visitado por Rebecca, uma humana b-cuber (o equivalente a uma youtuber), que viaja pela galáxia filmando diferentes paisagens e fazendo vídeos para o seu canal no B-Cube (ou seja, o YouTube). Ao lado dela está o gatinho azul Happy, que fala e anda como uma pessoa. Não demora muito e o trio se forma, partindo para uma aventura intergaláctica em busca da Mãe, um ser supremo que rege o Universo. Porém, a meta de Shiki também é fazer o máximo de amigos que puder, já que ele descobre não estar sozinho no mundo. Se você for assistir no áudio original, prepare-se para escutar muitas vezes a palavra Tomodachi (amigo em japonês). 

Nosso trio de protagonistas indo em busca de mais uma aventura

Já que comparamos Edens Zero com outras séries anteriormente, no âmbito dos animes seria impossível deixar de comparar essa obra com Dragon Ball. O primeiro contato de Son Goku e Bulma é muito parecido com o encontro de Shiki e Rebecca. Toda a “inocência” e o elo que os dois criam a partir daí, embarcando em uma aventura em busca de algo difícil de se achar, emula muito o que foi visto na obra de Akira Toriyama. Claro, assim como em Dragon Ball, ao longo dessa jornada, outros aliados irão aparecer e encorpar o grupo de aventureiros que farão parte dessa grande missão.

O time completo de Edens Zero

Não posso deixar de citar o “ether”, elemento que rege tudo no universo de Edens Zero. Ele está presente em diversas coisas, facilitando a vida das pessoas e também servindo de munição para as armas presentes no anime. Tal elemento também está nos Ether Gears, um poder, que aparentemente, pensávamos que apenas o protagonista Shiki possuía (ele controla a gravidade, bem como ganha super força e dispara energia pelas mãos), mas que ao longo dos episódios vai aparecendo em mais personagens, cada um com uma característica diferente.

Shiki usando o Ether Gear

Edens Zero possui personagens muito cativantes, cada um com uma jornada marcante e uma mitologia que vai ligando os pontos gradualmente, demonstrando que terá um final grandioso e bem amarrado. A crítica à superexposição nas redes sociais e de como aquele conteúdo ou mesmo o sentimento do criador de conteúdo é falsa na frente das câmeras é muito bem retratada também. Os conceitos apresentados de ficção científica são muito bons, soando referenciais na maioria das vezes. Falando em referências, óbvio que temos easter eggs de Fairy Tail. No final das contas, você vai apertar o play na Netflix e, depois que os 12 episódios tiverem passado, vai ficar com um gostinho de quero mais.

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