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Demon Slayer – Mugen Train: O Filme é emocionante do início ao fim

A maior bilheteria de um filme nos cinemas japoneses e que vem batendo recordes ao redor do mundo, Demon Slayer – Mugen Train: O Filme, estreou no Brasil no último dia 13 de maio. O filme adapta o arco “Trem Infinito” do mangá escrito e ilustrado por Koyoharu Gotoge, funcionando como uma continuação direta do que vimos na série de 2019, dando início ao sucesso que a obra vem ganhando desde então.

Como citado, o longa só faz sentido ou é recomendado para quem já assistiu aos 26 episódios do anime, que podem ser conferidos facilmente na Netflix, Chunchyroll ou Funimation. Isso é importante não somente para que você entenda a história de Mugen Train, mas para que também se emocione junto com os personagens, entendendo suas motivações.

O filme bateu todos os recordes de bilheteria no Japão

Isso porque, do mesmo jeito que vimos no anime, a trama aqui possui um forte apelo em arrancar lágrimas de seu espectador, criando situações com fortes cargas dramáticas em seus três atos.

O famoso Trem Infinito da trama é uma linha férrea, que some com seus passageiros sempre no mesmo horário. Isso faz com que Kyojuro Rengoku, um dos nove Hashiras, seja enviado para investigar. Não querendo ficar para trás, Tanjiro, sua irmã Nezuko, Inosuke e Zenitsu embarcam na condução, participando muito mais da aventura do que imaginávamos, uma vez que Rengoku ganhou muito destaque nos materiais de divulgação. 

Uma pausa na investigação do misterioso trem?

Esse é um ponto nos quais o filme peca. O Hashira das Chamas parece deslocado na história, ganhando espaço somente no terceiro ato, o que faz parecer o final do longa-metragem um tanto desconexo do restante da aventura que estávamos acompanhando até então. Eu comprei a ideia, sabendo que tal situação foi colocada ali apenas para mensurarmos o quão poderosos certos personagens são, mas boa parte do público pode realmente achar que está assistindo a uma segunda parte dentro do filme. Outra função do personagem é preencher uma ponta solta que ficou da série, mas que muitas pessoas relevaram, devido a beleza de um fatídico episódio. 

Batalhas épicas sempre serviram para medirmos a força dos personagens

Mesmo assim, Mugen Train tem totais méritos nas cenas de batalha e em seu teor emotivo, que nos faz lembrar a cada minuto que não estamos assistindo a um anime tradicional, com personagens e principalmente, com um protagonista clichê de um Shonen. Tanjiro tem uma essência tão peculiar e linda de se apreciar, que chegamos a ter um momento específico no filme que serve justamente para nos lembrarmos disso, soando até mesmo um tanto literal. Porém, essa personalidade já nos foi apresentada na série, tirando tempo de tela que poderia ser distribuída entre os outros personagens. 

Até o ataque do Tanjiro é diferenciado do que estamos habituados a assistir

A respeito dos vilões, enquanto a computação gráfica não se faz presente, temos ótimos resultados estéticos, nos fazendo ter a noção, mesmo que em pouco tempo, do grau de força que ambos possuem dentro da mitologia da obra.

Vilões visualmente belos (exceto quando o filme inventa de utilizar Computação Gráfica)

Demon Slayer é um fenômeno, sem dúvidas, mas que talvez sofra pelo seu hype, gerando expectativas grandiosas depois de uma ótima primeira temporada do anime. Mugen Train é bom, mas não faz jus a sua bilheteria. Talvez por recebermos o filme depois de tantas notícias semanais, atualizando cada recorde que o longa conseguiu alcançar e uma quase indicação ao Oscar de Melhor Animação, tenha jogado a expectativa lá no alto. Veja bem, não estou falando que é ruim, apenas que não é tudo aquilo que se vendeu. Mesmo assim, você vai se emocionar e ficar ansioso para conferir a segunda temporada do anime, que estreia provavelmente em outubro, no Japão. 

Veredito da Vigilia

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