CríticaSériesTelevisão

Dark: última temporada prova que a série vai ficar na história | Crítica

Chegamos ao final de mais uma grande série. Chegamos ao final de Dark. E como sempre, temos muito o que aprender com os alemães. Seja para o lado bom como para o lado ruim, muito do que temos hoje, é “culpa” deles. Política, filosofia, tecnologia, arte e música. Esse legado não é brincadeira. E, ele continua agora com uma ótima produção, roteiro, elenco, trilha sonora efeitos especiais. Enfim, tudo que ronda a série Dark da Netflix. Acompanhamos a última temporada com antecedência e já cravamos: é simplesmente impecável.

Antes do final, já deixo minha nota aqui, para quem não quiser “possíveis” spoilers do que vem abaixo: 4.9 (de 5). Dark ensina como entregar um bom conteúdo, instigando e cativando (o nervosismo), sem clichês e deixando todos curiosos pelo desfecho.

Começamos pelo essencial, e sim, eles conseguiram. O sueco Baran bo Odar e a alemã Jantje Friese criaram um labirinto impensável, com direito a dezenas de atrizes e atores vivendo os mesmos personagens em três ou mais linhas temporais e realidades paralelas.

Um local para recordar

Assim como já foi comentado em lives, podcasts e outros vídeos da Vigília Nerd, Dark mexe com algo que incita o espectador pela curiosidade. É violento quando precisa ser violento, encanta quando precisa encantar, e é amoroso quando precisa ser. Nos apegamos aos personagens, nos angustiamos com seus destinos. Nos identificamos com muitos deles e odiamos alguns deles. E isso tudo só acontece quando os personagens, diálogos e artistas são realmente muito bons. Vão deixar saudades.

As coisas podem ficar um pouco radioativas

Mesmo assim, poderemos re-assistir e ver toda a detalhada trama e minúcias deixadas pelos roteiristas. Desde a trilha sonora que se encaixa perfeitamente aos momentos com suas letras (confira aqui a nossa playlist) desde a história dentro da história (como fez Watchmen tanto nos quadrinhos quanto na série), com a história da mulher do lago. Algumas coisas faltaram e fazem o total sentido não serem entregues, como por exemplo o olho de Wöller (Leopold Hornung) que parece ser uma piada interna do elenco.

Dark fez algo semelhante ao que a Marvel fez nos anos 60 (tomando as devidas proporções e realidades), utilizando uma “semi-ciência”. Essa “semi-ciência” trabalha bem na cabeça dos desavisados (me incluo neles), juntando informações científicas reais e jogando na imaginação do público o que poderia fazer sentido e funcionar. Nos anos 60 tínhamos a radiação, e aqui, buracos de minhoca, Bóson de Higgs, Césio 137. Já dizia Renato Aragão, o nosso Didi, em suas esquetes humorísticas: Me engana que eu gosto. Dark fez isso de forma memorável, e nós adoramos!

Como diz a trilha da música de abertura que ficará marcada na nossa cabeça: Goodbye! 

E fique ligado aqui na Vigília, pois teremos ainda mais conteúdos bombásticos do desfecho de Dark!

Veredito da Vigilia

Éderson Nunes

@elnunes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *