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Caso Evandro virou série na Globoplay | Primeiras Impressões

Guaratuba, uma cidadezinha na região litorânea do Paraná, era pacata até o início de 1992. Porém, o desaparecimento e depois, assassinato, de Evandro Ramos Caetano de apenas seis anos mexeu com a cidade em todos os seus aspectos. A cidade mudou após o Caso Evandro, que agora virou série na Globoplay

https://twitter.com/globoplay/status/1392661626642444291?s=20

Expoente nos podcast do gênero de storytelling, “Projeto Humanos: Caso Evandro”, de Ivan Mizanzuk, é um sucesso com mais de 30 episódios e milhões de downloads que agora virou uma série no Globoplay. A novidade estreou no dia 13 de maio. Dirigida por Aly Muritiba (Ferrugem), os dois primeiros episódios já estão disponíveis no serviço de streaming. 

Com pouco mais de 44 minutos cada, os dois episódios superaram as expectativas. Bem montada, a série documental traz imagens da época, do júri, entrevistas importantes, tudo muito bem costurado e finalizado.

A série utiliza representação simulada para contar a história do Caso Evandro
A série utiliza representação simulada para contar a história

Caso Evandro é um presente para os fãs do Podcast, que escutaram mais de 60 horas de narrativa, e é um excelente resumo para quem não acompanhou o produto de áudio. É um exercício muito interessante de colocar rostos em vozes tão conhecidas e conseguir visualizar a cidade e todo entorno que era falado no podcast. 

Basta agora esperar os próximos episódios. Dia 20 de maio saem os capítulos 3 e 4, dia 27 de maio, o 5 e 6, dia 3 de junho o episódio 7 e no dia 10 de junho, sai o episódio 8, um episódio extra.

Caso Evandro

Também conhecido como “As Bruxas de Guaratuba”, o caso de desaparecimento do menino Evandro aconteceu em no dia 6 de abril de 1992, no trajeto entre a casa e a escola. 

Dias depois do sumiço reportado, um corpo foi encontrado em um matagal sem alguns órgãos e com os pés e mãos cortadas. A Polícia Militar diz acreditar que a criança foi morta em um ritual religioso encomendado por Celina e Beatriz Abagge, esposa e filha, respectivamente, do então prefeito da cidade. Três pais de santo teriam participado do crime também. Os cinco confessaram o crime, mas todos alegaram que tinham sido torturados para admitir a morte e o ritual.

Com cinco julgamentos diferentes, o caso Evandro se arrastou por mais de 20 anos e entrou para a história. Um dos tribunais do júri, realizado em 1998, foi o mais longo da história do judiciário brasileiro, durando 34 dias. Na época, as rés foram inocentadas porque não houve a comprovação de que o corpo encontrado era do menino Evandro. 

O Ministério Público recorreu e realizou um novo júri em 2011. Beatriz, a filha, foi condenada a 21 anos de prisão. Celina não foi julgada, porque já tinha mais de 70 anos, o crime já havia prescrito.

Veredito da Vigilia

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