Bob Esponja: O Incrível Resgate, uma estreia na medida para o streaming! | Crítica

O primeiro longa da esponja do mar que habita a Fenda do Biquíni já foi um triunfo. Este ano, a pandemia no entanto, nos privou de assistir a Bob Esponja: O Incrível Resgate nas salas de cinema, como sempre será a forma mais legal de assistir um filme, ainda mais em uma animação caprichada que nem de longe lembra a animação em 2D que foi lançada em 2004. Mas, de forma mais “democrática”, digamos assim, o novo longa de Bob, Patrick, Lula Molusco e companhia estreou diretamente na Netflix, dando uma excelente opção para crianças (e adultos também, vamos admitir aqui né?). Mesmo pulando as salas escuras, Bob Esponja: O Incrível Resgate é uma estreia na medida para o streaming.

Assim como o primeiro filme, Bob Esponja: O Incrível Resgate, repete fórmulas certeiras na hora de mesclar sua animação com atores reais e a surrealidade de como e quando elas se encaixam durante a história. Aliás, a história, é claro, nem precisa de muita coisa e segue outro clássico plot dentro do gênero infantil: a busca pelo mascote perdido, ou nesse caso, sequestrado. Estou falando, é claro, do caracol Gary. E para buscar o seu “pet”, Bob Esponja precisará contar com a ajuda de todos os personagens queridos e conhecidos de todo o público. E da mesma forma que em Bob Esponja – O filme, ele e Patrick precisarão se superar de várias maneiras.

Dentro dessa ideia de superação, entram os atores convidados. Com eles, mais acertos e pontos positivos para o filme. Temos a presença carismática de Keanu Reeves, que atualmente é basicamente o pai da internet mundial, como o personagem Sálvio (um outro tipo de esponja marítima), que passa o filme literalmente rolando e guiando os heróis. Temos também a emblemática presença de Danny Trejo (mais conhecido como Machete) como El Diablo, além do rapper Snoop Dogg, que traz a também manjada parte musical do filme. Assim como David Hasselhoff no primeiro longa, todos têm participações pontuais e marcantes. O negócio fica tão legal que a meta de vida de um ator na verdade não deveria ser o Oscar, mas sim uma participação em algum filme do Bob Esponja. E já que tocamos na parte musical, ela é outro ponto fortíssimo. Junto com Snoop Dogg temos Weezer e J. Balvin em momentos marcantes e que dão aquele ritmo fluido, agradando principalmente os grandinhos.

É interessante pensar que uma obra como Bob Esponja possa nos prender por tanto tempo em frente da tela. Ainda mais que ela repete seus formatos vistos na série do canal Nickelodeon e o carisma ingênuo (o humor às vezes nem tanto) do personagem que basicamente se salva sem querer. Afinal, essa é a graça e o espírito da coisa. Bob é um herói diferente, sem maldades, e que todo mundo gosta. E por isso, novamente temos um grande trunfo nas mãos de roteiristas, animadores e diretor. O longa acaba sendo uma vitória tão surreal quanto tudo que o universo marítimo que já conhecemos já nos trouxe. Riso fácil e garantido, principalmente para quem já gosta. Bob Esponja: O Incrível Resgate é aquela estreia obrigatória do streaming.