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‘Azul Marítimo’, solo de Victor Di Marco estará em cartaz nos dias 17, 18 e 19 de outubro

O ator Victor Di Marco retorna aos palcos em curta temporada com seu solo teatral “Azul Marítimo”. A peça estará em cartaz nos dias 17 e 18, sexta e sábado, às 20h, e 19, domingo, às 19h, na Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307), em Porto Alegre.

Seus medos e fascínio pelo mar são a força motriz da atuação e dramaturgia de Victor Di Marco em “Azul Marítimo”. Essas sensações deságuam no palco onde palavras falsas e retas contrastam com a tão verdadeira imprevisibilidade do movimento das ondas. Entre tropeços, tremores e desequilíbrios, o vencedor do Prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado (2022 e 2024), revela uma narrativa delirante que nunca foi e nunca será firme e concreta. Este ano, Victor recebeu o prêmio Iecine Inovação em Gramado (junto com seu namorado, o também cineasta Márcio Picoli), por seu olhar original e sensível sobre o universo PcD.

O solo de 45 minutos nasceu a partir da vontade do seu autor e ator em realizar uma pesquisa de seu corpo em cena. “Um corpo distônico, que não para e não opera dentro dos limites da biomecânica, se faz então a própria linguagem em novas técnicas”, define Victor. “Será que essa solidão se faz apenas esteticamente em solo ou seria Azul Marítimo também mais um solo que se faz posicionamento político?”, questiona. Essas são algumas das provocações que Victor, protagonista dos premiados curtas “O que pode um corpo?” e “ZAGÊRO”, traz ao debate.

Em três atos, a dança de Victor, esse corpo sozinho no palco, o gozo por ser quem se é, constrói a encenação de “Azul Marítimo”, pois a onda que trouxe o impossível, aqui para esse corpo, volta para a imensidão que é o mar como ato possível. O espetáculo não dispõe de elementos cenográficos, pois aposta em um refinamento de luzes em recortes, cores e fumaças conceituados pelas faltas (sociais e dramaturgas). Construindo essa dramaturgia do corpo com deficiência que é, então, o futuro, uma curva que desvirtua o trajeto linear, que desafia a exatidão e que reafirma que quando tudo se diz concreto, somos todos líquidos e deformes.

Os ingressos saem a R$30 (meia-entrada) e R$60 (inteira) no Sympla. A classificação indicativa é 16 anos.

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