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12 dicas para comemorar o Dia do Cinema Nacional

O 19 de junho é de celebração para o cinema brasileiro. Essa é a data oficial do Dia do Cinema Nacional, uma homenagem ao dia em que o italo-brasileiro Afonso Segreto, o primeiro cinegrafista e diretor do País, registrou as primeiras imagens em movimento por estas bandas, no ano de 1898.

De lá pra cá, muita água já passou por debaixo da ponte, tornando o cinema feito no Brasil uma de nossas grandes forças culturais, mesmo que atualmente outras forças deixem de valorizá-lo, ou até mesmo queiram prejudicá-lo. Mas a cada dificuldade, nosso cinema se renova e se fortalece.

Além do dia 19 de junho, o Brasil também guarda com carinho o dia 5 de novembro, aniversário da primeira exibição público de cinema em nossas terrinhas. E como somos grandes entusiastas do Cinema Nacional aqui na Vigília, resolvi separar algumas obras que você pode encontrar facilmente, em um simples navegar por seu canal de streaming favorito. Confira!

O Matador (Marcelo Galvão, 2017)

o matador netflix

A Netflix lançou O Matador, seu primeiro filme nacional e original em 2017, com direito a première especial no Festival de Gramado do mesmo ano. Por lá, o longa de Marcelo Galvão faturou os prêmios de Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora. O filme, um faroeste ambientado entre as décadas de 1910 e 1940, conta a história de Cabeleira, um temido matador do estado de Pernambuco. Cabeleira, criado por um cangaceiro local chamado Sete Orelhas (Deto Montenegro), cresce no sertão completamente isolado da civilização. Já adulto, ele finalmente vai à cidade para procurar o agora desaparecido Sete Orelhas e acaba encontrando uma cidade sem lei. Relembre nossa crítica completa!

Disponível na Netflix

Cabras da Peste (Vitor Brandt, 2021)

Outro original Netflix. Mas com uma pegada bem diferente. Com o pé no cinema pop de comédia, Cabras da Peste é o tipo de filme para assistir e desligar dos problemas da vida. É um buddy cop cangaceiro que reúne os ótimos Matheus Nachtergaele e Edmilson Filho em um filme sem grandes pretensões, mas digno de arrancar risadas pelas situações inusitadas e piadas quase sempre inocentes. Tudo muito colorido e brasileiro, como deve ser. Recomendo!

Disponível na Netflix

Como nossos pais (Laís Bodanzky, 2017)

como nossos pais
Maria Ribeiro se destaca em “Como nossos Pais”

O filme que faz nossa editora Bruna Pacheco chorar até hoje. Ficou consagrado durante sua participação no Festival de Gramado. Dirigido por Laís Bodanzky e estrelado por Maria Ribeiro, “Como Nossos Pais” não é um filme sobre um simples relacionamento amoroso. É a história de Rosa (Maria Ribeiro) e as suas relações. E como a Bruna mesmo escreveu na crítica, “as lágrimas saltam dos olhos e saímos querendo dar um abraço apertado em nossas mães”. A crítica completa você lembra aqui.

Disponível na Netflix

Orfeu do Carnaval (Marcel Camus, 1959)

orfeu do carnaval
Breno Mello: dos estádios para as salas de cinema

Mesmo sendo um filme dirigido por um francês, Orfeu do Carnaval, ou Orfeu Negro (como ficou conhecido mundo afora) foi um grande marco para a cinematografia nacional, levando o País ao Oscar (que não é seu), de Melhor Filme Estrangeiro, e à Palma de Ouro em Cannes. Embora os títulos tenham rumado para a Europa, o longa é um retrato do Brasil e de nossa cultura, tendo em seu protagonista Breno Mello, um gaúcho que na verdade era jogador de futebol. O filme ganhou um remake em 1999 com Tony Garrido e Patrícia França, dirigido por Cacá Diegues.

Disponível no Amazon Prime Video

Faroeste Caboclo (René Sampaio, 2013)

Agora vamos para dois filmes inspirados na obra de Renato Russo, líder da banda Legião Urbana. O primeiro é Faroeste Caboclo, clássico do rock brasileiro dos anos 80. A letra certeira de Russo ganhou uma história completa, (re)imaginada em filme com a participação de Isis Valverde como Maria Lúcia e Fabrício Boliveira como João de Santo Cristo. Curiosamente os dois voltaram a fazer um par romântico em outro filme que se mistura com a música nacional. Em Simonal (Leonardo Domingues, 2018) eles são Wilson Simonal e Tereza. O diretor René Sampaio também é o diretor de Eduardo e Mônica, outra letra de Russo que virou filme. O longa tem Alice Braga no elenco e deve estrear ainda em 2021.

Disponível no Amazon Prime Video

Somos tão jovens (Antonio Carlos da Fontoura, 2013)

Continuamos com Legião Urbana na pauta, mas agora, nada de ficção. Somos Tão Jovens é uma cinebiografia de Renato Manfredini Júnior, ou melhor, Renato Russo, o cantor e compositor que mudou a história do rock no Brasil. O filme passa pelos anos da criação da banda punk Aborto Elétrico até a fama com a Legião Urbana, recriando uma jornada que mescla a história do rock e do próprio Brasil nos anos 70 e 80.

Disponível no Amazon Prime Video

Bacurau (Juliano Dornelles, Kleber Mendonça Filho, 2019)

bacurau
Sônia Braga, lenda viva do cinema nacional, também está em Bacurau!

O filme mais discutido da história recente do cinema nacional (e internacional) é com certeza Bacurau. Selecionado como um dos melhores filmes em listas de revistas como a Vulture, Indie Wire, Rolling Stone, Esquire, Atlantic, entre outras, o longa retrata uma cidade do interior com todas suas excentricidades possíveis e faz metáforas muito contundentes com a realidade política do Brasil e do mundo. Uma utopia quase apocalíptica, mas multirracial. Já olhou Bacurau? Pois deveria! Tem crítica completa aqui!

Disponível no Telecine

Talvez Uma História de Amor (Rodrigo Bernardo, 2018)

talvez uma história de amor
Virgílio e Frank em cena, mas não é essa a história de amor!

Um filme nacional que remonta uma excelente comédia romântica, digna de grandes produções estrangeiras que tanto rondam a cultura pop. O diretor Rodrigo Bernardo (que vai dirigir o live-action brasileiro do Jaspion) capricha no pacote completo da instigante história de Virgílio (Mateus Solano), que acaba de sair de um relacionamento, mas, estranhamente não consegue lembrar da ex-namorada. Vale cada segundo! Relembre a crítica completa aqui!

Disponível no Telecine

Ilha das Flores (Jorge Furtado, 1989)

Um clássico que continua muito impactante!

O catálogo do Telecine é o que melhor e mais variedade de cinema nacional oferece atualmente. Fica difícil selecionar só três obras, por isso, optei por resgatar esse clássico curta-documental de Jorge Furtado de 1989. Isso porque a experiência ao assistir e o impacto que ele traz até os dias de hoje continua tão forte quanto ao do ano que foi lançado. É o tipo de obra que não pode faltar em sua galeria mental do cinema brasileiro. Não por acaso, foi eleito o melhor curta brasileiro de todos os tempos.

Disponível no Telecine

Saneamento Básico, O Filme (Jorge Furtado, 2007)

Diversão garantida também em Saneamento Básico, O Filme

Mais uma obra de Jorge Furtado na lista. Saneamento Básico é uma comédia trash das melhores. Os moradores da pequena (e fictícia) Linha Cristal, se reúnem para tomar providências sobre a construção de uma fossa para tratamento de esgoto. A Prefeitura disse que entende a necessidade, mas que não tem dinheiro. Dispõe de verba apenas para a realização de um filme. Então que surge a ideia de dividir o dinheiro para realizar a obra e fazer um filme sobre o assunto. O elenco conta com nomes como Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga, Bruno Garcia, Lázaro Ramos, Tonico Pereira, Paulo José e Lúcio Mauro Filho.

Disponível no Globoplay

Entre Irmãs (Breno Silveira, 2017)

Excelentes atuações em “Entre Irmãs”

Mais um excelente filme por aqui. Entre Irmãs ganhou os cinemas em 2017 e assim como outras produções da GloboFilmes, ganhou sua versão extendida em série, sendo exibida na TV aberta. Com diferentes arcos, todos muito bem amarrados. Com excelentes atuações, drama e emoção na medida certa, o filme é adaptado do livro “A Costureira e o Cangaceiro”, de Frances de Pontes Peebles, e tem no elenco Nanda Costa e Marjorie Estiano. Relembre nossa crítica completa aqui!

Disponível no Globoplay (em versão filme e versão série)

O Auto da Compadecida (Guel Arraes, 2000)

Uma épica batalha no nordeste brasileiro

Outra grande forma de celebrar o Dia do Cinema Nacional é com O Auto da Compadecida. Aqui temos um exemplo inverso do que vimos em Entre Irmãs. A produção de Guel Arraes com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, com participação especial de Fernanda Montenegro, foi um sucesso tão grande na TV aberta que mesmo depois de ser exibida na Globo, ainda teve uma versão que entrou nos cinemas um ano depois. E claro, o sucesso da saga de João Grilo e Chicó é igualmente proporcional a este fenômeno de público e crítica.

Disponível no Globoplay

E você, qual desses escolheria nesse dia 19 de junho?

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