Westworld – Review da 1ª Temporada
Vamos tentar traduzir aqui a sensação que é assistir a série que veio para completar o que Game Of Thrones deixou após o intervalo de temporadas. A tarefa é difícil, mas enfim, vamos lá.
Não por acaso e convenhamos, a produção de Westworld (2016-2018) é até mais caprichada que Game Of Thrones. Mas calma, já explico. Baseada no filme original de Michael Crichton (Jurassic Park, Twister, Linha do Tempo), Westworld – Onde Ninguém Tem Alma lançado em 1973, em um futuro próximo onde você pode entrar em um parque temático faroeste e ter uma experiência real da época onde todos os personagens são androides e você tem livre arbítrio para beber, brigar, matar ou simplesmente pegar um cavalo e sair pelas lindas paisagens curtindo a uma história criada pela empresa que mantém o serviço.
Normalmente, uma produção da HBO é um nível acima das outras empresas televisivas, então acrescente aí:
- J.J.Abrams – responsável pelos reboot de duas das mais importantes séries de ficção-científica/fantasia da atualidade;
- Jonathan Nolan – escritor, produtor, diretor de várias obras atuais como Amnésia, Trilogia Batman Cavaleiro das Trevas, Interestelar e da série Person Of Interest, quase todas em parceria com o irmão (mais famoso) Christopher Nolan;
- O próprio Michael Crichton;
- Ed Brubaker – Escritor aclamado da Marvel por Capitão América e Punho de Ferro;
- Inteligência Artificial;
- Robôs/Androides;
- Parque Temático;
- Violência;
- Sexo;
- Anthony Hopkins;
- Ed Harris;
- Rodrigo Santoro.
Pode dar errado? Não tem como. A série acerta em praticamente tudo, com roteiro afiadíssimo, plot-twists de explodir a cabeça, atuações impressionantes e violência nada gratuíta. Dá muita vontade de assistir mais de uma vez a série completa, pois tudo é muito bem arquitetado, inclusive aquelas referências que no desenrolar da trama não fazem o menor sentido (pelo menos não se percebe), mas quando se chega ao final da temporada, tudo se conecta e dá vontade de repetir a experiência novamente.
Se você pensa que The Walking Dead trabalha bastante a relação humana e a situação que eles vivem te coloca em conflito, Westworld quintuplica essa experiência, tamanhas as situações que os humanos e os hospedeiros (androides) enfrentam. Isso pode te fazer perder a fé na humanidade e se entregar de vez para o futuro robótico (ou não, sem spoilers!).
Confesso (e ainda não descobri porque) a série é cansativa, às vezes arrastada, mas como eu disse acima nada é por acaso, e a trama no geral talvez precise disso.
Observações:
- Cena pós créditos no último episódio;
- Músicas que são tocadas no piano no bar da cidade (todas ótimas!). Curta na lista do Spotify
- Nos testes para os artistas (Evan Rachel Wood, que atriz!) eles tiveram que chorar sem ter nenhuma expressão no rosto e mudar de expressão automaticamente para simular a troca de sistema dos androides (que loucura!)