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Transformers: O último cavaleiro | Crítica

Os robôs alienígenas que tomam formatos de máquinas, saídos diretos dos desenhos dos anos 80, estão de volta nas telonas. E quem diria, para o seu quinto filme, e novamente sob a batuta do explosivo Michael Bay. Sem vergonha nenhuma, Transformers: O Último Cavaleiro, te joga numa aventura de mais de duas horas com os clichês da atualidade: um herói, uma heroína, um velho sábio, uma heroína mirim, um robô engraçadinho e claro, Optimus Prime com suas frases de efeito e Bumblebee tentando ser o autobot cool. Tudo isso em uma história que não se preocupa com qualquer viés importante de roteiro. Estamos em Transformers dirigido por Michael Bay, e tudo pode acontecer.

Mark Walhberg, um herói sem protagonismo

Transformers, depois da bem-sucedida estreia em 2007, que trouxe uma boa aventura e introduziu o universo de Autobots, Decepticons e outros nomes tecnológicos, passou a se sustentar pelos títulos, atores famosos e a assinatura do diretor. Virou um daqueles filmes-eventos que se justificam pela tecnologia envolvida. Infelizmente é só. E depois de Transformers: O Último Cavaleiro, já sabemos que as histórias dos robôs alienígenas serão infinitas e podem envolver qualquer tema que alguém quiser. Jogue papéis com temas aleatórios em uma urna e puxe para fora e pronto, por sorteio temos o tema de Transformers. Dessa vez, a ideia foi colocar a história de Rei Arthur, Merlin e a Távola Redonda. Afinal, os Transformers estão em todos os locais da história moderna do mundo, seja ela real ou não.

Optimus Prime dando uma coça no amigo Bee

Pois é. Michael Bay nos joga novamente em uma miscelânea de assuntos e traz de arrasto até mesmo o experiente Anthony Hopkins, na pele de Sir Edmund Burton, que obviamente, não salva nada. De quebra temos Mark Wahlberg (O Dia do Atentado) repetindo o papel de Cade Yeager, Laura Haddock como Vivian, e a jovem Isabela Moner como Izabella. Não espere nada deles, estão ali pelas frases de efeito, piadas prontas, poses e cenas heroicas e para tentar tirar do espectador algum pouco de empatia e envolvimento. Mas não rola. Você vai esquecer de Transformers: O Último Cavaleiro assim que sair da sala de cinema. É bem capaz de você reclamar com os amigos, tentando entender o que é que aconteceu nas últimas duas horas e meia.

Decepticons também aparecem por aí

Basicamente todo arremedo de argumento do filme é pra justificar alguma piada ou tomada de decisão heroica dos personagens. Aliás as piadas são bem ruinzinhas. Bay joga às favas o que faz uma história ser bem contada pra se preocupar com as pirotecnias. Não faz mal se o texto não se sustenta, toma uma bomba e um robô explodindo na tela pra você se distrair. Não faz mal se Optimus Prime chegou para salvar o dia, mas dois minutos depois ele saiu voando e ninguém sabe para onde ele foi. Toma ele voltando heroicamente e cortando cabeças dos Decepticons. Não faz mal se a atriz mirim não faz sentido nenhum para a história, o importante é que isso está na moda e temos isso no filme também. Esquecemos de algo… Ah, temos um comediante no elenco também (Jerrod Carmichael).

Basicamente fica difícil fazer qualquer análise sobre Transformers que não seja dizer que foi mais um pretexto para o uso de grandes tecnologias, explosões e diálogos fáceis. O mais otimista vai buscar uma liçãozinha de moral no final com as já manjadas frases de Optimus Prime, porque né, fica bonito pra encerrar o filme. Escrevi encerrar? Desculpa, a franquia Transformers parece longe de encerrar.

Veredito da Vigilia

3 thoughts on “Transformers: O último cavaleiro | Crítica

  • Rômulo Candemil Haack

    Eu IA no cinema ver isto! Graças a vocês, eu vou usar meu dinheiro pra comprar um pack de cerveja uhauhauhauha

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  • Jorge Boruszewsky

    Achei que depois do 4, eles não conseguiriam fazer algo pior. Eu estava errado.

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