The Walking Dead voltou causando, e emocionando (novamente!) | S08 E09

Esse texto é puro Spoiler! Estão avisados.

De volta depois de um mid-season finale mediano no ano passado, The Walking Dead, a série que está remando e não sai do lugar, tomou uma atitude ousada. Não foi fácil terminar esse episódio. Não foi mesmo. Acompanhamos Carl Grimes (Chandler Riggs) desde a 1ª temporada, e, agora tivemos que dizer adeus. É definitivo.

Adeus ao garoto mais badass do seriado, estiloso com o chapéu que era do pai, Carl se despede de Michonne (Danai Gurira), Judith (Kinsley Isla Dillon) e Rick (Andrew Lincoln) de forma muito dramática. Confesso que tive que enxugar o olho na parte em que ele dá o chapéu a Judith. Pobre Judith, perdeu seu único parente biológico (se aceitarmos a teoria que ela é filha de Shane (Jon Bernthal). Mas, como dizem por aí, pai é quem cria, e Rick fez um belo trabalho com Carl, visto que ele salva a todos do que seria a vitória suprema de Negan (Jeffrey Dean Morgan) e sua gangue.

Mais lágrimas nos enchem os olhos quando descobrimos os flash-forwards que vinham aparecendo, mostrando que o futuro dos personagens não eram sonhos ou devaneios de Rick, e sim do próprio Carl. E deixa uma mensagem otimista para o pai e a companheira. Mesmo depois de tanta matança, Negan estaria com eles no sonho, cuidando das plantações e brincando com Judith. De cair o queixo e deixar os sentimentos negativos de lado.

E aí você se pergunta, como Carl morre? No episódio anterior que foi ao ar no dia 11/12/2017 já sabíamos que Carl tinha sido mordido por um walker. Conforme a regra do seriado (e gostaríamos que ela fosse quebrada dessa vez) se você é mordido, vira zumbi e não tem salvação. Por consequência, alguém deve atirar ou cravar um objeto na sua cabeça antes que a transformação aconteça. A esperança nos deixa cegos, pois pensamos que no último minuto Carl fosse salvo por Siddiq, o médico que já havia sido salvo por Carl para ajudar a turma e o futuro parto de Maggie (Lauren Cohan). Mas não foi o que aconteceu. Atitude ousada dos produtores em matar alguém que está desde o início (e surpreender até o mesmo os leitores das HQs que estão anos luz na frente na cronologia).

Restam Rick, Daryl (Norman Reedus) e Carol (Melissa McBride) dos originais. Podemos contar também Morgan (Lennie James) que está pirado e sem controle algum do seu bastão de aiki-do.

Vale lembrar a sina de Carl, que foi obrigado a matar a própria mãe zumbi, e, agora, antes que ele mesmo vire um devorador de cérebros, precisou dar um fim na sua própria quase pós-vida (com um tiro). Apesar de apelar para o emocional, ressalto mais uma vez a coragem dos produtores. Tirando isso, a série vai ter que dar uma desenvolvida e agilizar nos roteiros. Incomoda muito as longas tomadas de Rick e Michonne cavando, ou ainda Morgan levando horas pra dar um fim em Gavin (toma traidor!).

No mais, cansamos do mimimi e enrolada de roteiro… e seguimos tentando sobreviver a essa série sobre o fim da humanidade, antes que a humanidade realmente acabe.

P.S.: Alguém é fã do spin-off Fear The Walking Dead?