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The Strain | Crítica da Série

The Strain é a resposta do nosso ídolo Guillermo del Toro, do escritor Chuck Hogan e do produtor Carlton Cuse (LOST, Bates Motel) ao hype de zumbis que temos atualmente. Baseado na trilogia literária conhecida como Trilogia da Escuridão, os três volumes foram lançados no Brasil como: ‘Noturno’, ‘A Queda’ e ‘Noite Eterna’, em 2009, 2010 e 2011 respectivamente. Se The Walking Dead, Guerra Mundial Z, Invasão Zumbi, etc. retratam os conflitos humanos dentro de um panorama do acontecimento de um fim de mundo, aqui os nossos sedentos vampiros são desmistificados e trazidos a um aspecto mais real, gosmento e violento.

Nada de chupar o sangue pelos dentinhos caninos. Aqui as criaturas cospem uma língua gigante e realmente dissecam o sangue e vitalidade das vítimas. Olhos que piscam na vertical, minhocas que entram nos olhos, tudo isso com a lindíssima (no quesito de qualidade) característica gráfica de del Toro, a qual conhecemos dos seus filmes, como no incrível “O Labirinto do Fauno”, de 2006.

A aposta das quatro temporadas foi o canal FX, braço da FOX que tem conteúdo mais adulto, o que veio ao encontro com a violência da trama, já que temos muita nojeira, sangue e cabeças decepadas. Mas vamos à história: um avião selado após pousar em Nova Iorque com toda a tripulação morta por um vírus vira pesquisa do epidemiologista Ephraim Goodweather (Corey Stoll, de Homem-Formiga e House Of Cards) e sua equipe, que ao longo da primeira temporada tenta descobrir uma cura e uma explicação científica para os mortos retornarem a vida em forma de monstros (os mais tarde nominados strigoi) que sugam a vida de outras pessoas. Criando uma ponte para o místico, surge o professor Abraham Setrakian, interpretado pelo incrível ator David Bradley (só a interpretação exacerbada dele já vale a experiência da série). Ele é um sobrevivente do holocausto nazista que conhece as criaturas e como tratar (eliminar) elas. Cheio de segredos, ele possui uma incrível espada de prata que facilmente dá fim nas criaturas.

Vários flashbacks nos levam ao passado do professor Setrakian, nos mostrando que a batalha contra essa “raça” vem de muito antes que imaginávamos, passando pela Londres Vitoriana, 2ª Guerra Mundial e nos trazendo o passado de mais dois personagens importantes para a trama: o Mestre – que possui um controle psíquico e comunicação com todos strigois, é mais poderoso e obviamente é o comando das forças inimigas; e Mr. Quinlan, um híbrido humano-strigoi, que também tem uma espada estilosa com cabo de ossos.

Apesar de se alongar um pouco em alguns episódios mostrando o drama de Eph (que no inicio está com uma peruca medonha e depois assume a carequisse (AEEE), da ex-esposa-strigoi e do filho mimado (dá vontade de dar uns tapas no piá), acredito que três temporadas seriam suficientes para resolver a trama entre humanos, strigois e outras criaturas que a produção certeira e caprichada nos presenteiam.

Afinal:

“In Guilhermo del Toro we trust!”.

Éderson Nunes

@elnunes

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