CríticaSéries

The One: nova série da Netflix traz combinações genéticas e uma trama policial cheia de reviravoltas

Você acredita que sua “alma gêmea” está por aí no mundo e vocês ainda não se encontraram? E o que acharia de fazer um teste genético e usar a ciência para realizar essa análise? Essa é a premissa de The One, série britânica que estreia dia 12 de março na Netflix.

The One teve seu roteiro adaptado do romance de John Marrs pelo escritor e produtor Howard Overman e, talvez pela ideia inicial, pode ser que você pense que é apenas uma série sobre encontros e desencontros, um Tinder científico com diversos matches. Porém, existe uma trama de assassinato que vai cada vez ganhando mais peso, com os encontros amorosos ficando em segundo plano.

Rebecca (Hannah Ware) e James (Dimitri Leonidas)
James e Rebecca eram parceiros, mas…

Rebecca (Hannah Ware) é a CEO e criadora do aplicativo The One. Cientista, ela fez uma grande fortuna com sua descoberta. Porém, existe algo que não a deixa em paz. Sem escrúpulos para conseguir o que deseja, Rebecca passa por cima de tudo e todos em nome da sua empresa. Não existe ninguém que ela não ameace ou suborne. Isso vale para parceiros de trabalho, como James (Dimitri Leonidas) e até para a imprensa.

Um ano antes da cronologia da série, Ben (Amir El-Masry) havia desaparecido. No primeiro episódio, ele aparece morto. E aí a série vai para uma caçada policial muito similar ao que vimos em Marcella (também britânica), com a policial Kate (Zoe Tapper) tomando a frente na investigação.

Investigação é chefiada por Kate
The One: a investigação é chefiada por Kate

Para quem gosta do gênero de séries policiais, The One é uma ótima dica. Com diversas reviravoltas na história, os capítulos contam com muitos flashbacks que montam um quebra-cabeças inimaginável. As peças vão se encaixando e o enredo se torna cada vez mais tenso. É uma série para maratonar, com oito episódios de 40 a 45 minutos que passam muito rapidamente.

Apesar da trama policial, The One deixa a desejar quando não explora os matches do aplicativo. Vemos poucos exemplos de casais que se encontraram. Um desses poucos casais é formado por Mark (Eric Kofi-Abrefa) e Hannah (Lois Chimimba). Hannah é uma mulher insegura e decide fazer o teste genético com Mark (é possível fazer de terceiros, já que é necessário apenas um fio de cabelo). Quando ela percebe que o marido não é a combinação dela, Hannnah entra em uma paranoia que interfere em seu casamento.

Isso mostra que, se existisse mesmo The One na vida real, será que deveríamos testar? Será que só uma combinação genética seria o suficiente para determinar com quem deveríamos ficar casados uma vida inteira? E será que os relacionamentos não ficariam monótonos demais? Afinal, não precisaria mais de flerte, de conquista e muito menos do frio da barriga do início do relacionamento.

The One deixa várias pontas soltas para uma próxima temporada. Se você gosta de tramas policiais, pode apostar nesta série, garantimos que você não vai se arrepender.

Veredito da Vigilia

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *