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The Flash: Assistimos o novo lançamento da DC!

Um filme sobre quadrinhos que pareça de quadrinhos. Há anos, é isso que procuro. Mas os efeitos pirotécnicos, os multiversos quase impeditivos e a preocupação em fazer um filme campeão de bilheteria fogem do cerne daquilo que crescemos lendo. Mais do que isso, o “sombrio e realista” por muito tempo rondou algumas das principais produções. Queríamos que as HQs ganhassem vida, contudo, não do jeito que vem sendo feito (ok, não dá pra generalizar!). Porém, The Flash acerta exatamente nesse ponto. É uma alegria para um filme que chegava cheio de controvérsias, regravações e talvez o seu principal inimigo: o próprio Ezra Miller.

Claro, quando falo em filme de quadrinhos, não posso esquecer de Turma da Mônica Lições. Esse hoje, por seguir tão bem o gênero, está no topo da minha lista de boa execução nesse aspecto. The Flash não tão fica tão atrás. Começamos a ver nos cinemas, finalmente, o impossível. Afinal, HQs são sobre o impossível. São sobre tudo aquilo que podemos imaginar. Mas será que podemos assistir? O novo longa da DC mostrou que é possível misturar multiversos, voltar no tempo, contar com equipes paralelas e viajar por universos diferentes do que estamos acostumados. A Liga da Justiça precisa ser sempre a mesma? Os mantos podem ser passados de um para outro? Todas essas perguntas surgem quando estamos lendo e, agora, assistindo.

Um grande trunfo desse filme é que ele não se leva a sério. Assim como o primeiro Shazam. É divertido, adolescente, leve. Não tem a sobriedade de Batman e a importância de salvar o mundo, como, invariavelmente acontece. Flash está no mundo dele, resolvendo um problema que ele mesmo criou. Viajando pelos multiversos e nos entregando muitas surpresas. Fique atento. Os easter eggs estão por toda parte. Os fãs de DC Comics vão se emocionar, com toda certeza.

The Flash também toca num tema importante. Se você não vivesse os piores momentos da sua vida, como ela seria hoje? Você teria aprendido as lições que precisava aprender? Você teria feito o que precisava fazer? São questões que são importantes. Não existe vida paralela, apenas elucubrações. Mesmo se você for um super-herói.

The Flash lembra que nos quadrinhos pode tudo!

Não posso entregar muito do filme aqui. Tudo vale como grande surpresa, acredito. Mas Erza Miller precisa de crédito. Ele andou sendo muito inconsequente nos últimos tempos, mas entrega Barry no tom correto, em todas as suas fases. É um destaque bem positivo para o filme.

Gostei da escolha da trilha sonora, mas não posso avaliar, com exatidão, os efeitos especiais. A sessão especial que a Vigília participou contou com uma versão ainda não finalizada de The Flash. Pós-créditos? Não sabemos. Portanto, mais surpresas podem aparecer no corte final.

The Flash convida para uma viagem ao centro das HQs. É como se estivéssemos folhando os quadrinhos do super-herói. Mas numa tela grande. É uma boa experiência. Inesquecível? Não. Porém, oferece 2h30 de um excelente divertimento.

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