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The Belko Experiment | Crítica

Esse é um daqueles filmes que sequer chegou aos cinemas brasileiros, mas terá uma grande procura pelos serviços de streaming da vida. The Belko Experiment chegou ao iTunes essa semana, além de Blu-Ray e DVD nos Estados Unidos. Com roteiro assinado por James Gunn (Guardiões da Galáxia Vol. 1 e 2) e dirigido por Greg McLean, o filme coloca as pessoas em situações limites em um experimento pra lá de doentio. E nas situações limites é que vemos quem são as pessoas de verdade. Tudo isso, misturado aquela pegada meio trash e meio de humor negro já conhecidas de outras produções de Gunn, como Super (2010) com Rain Wilson, Ellen Page, Liv Tyler e Kevin Bacon (#ficadica, assista Super também).

Sem os grandes holofotes da Marvel Studios, Gunn e McLean montam um filme legal de assistir, e que talvez pudesse figurar na nossa lista de filmes trash. A diferença é que aqui tudo é muito proposital. No elenco, como o roteirista sempre faz, temos a participação de seu irmão Sean Gunn e Michael Rooker (Kraglin e Yondu de Guardiões Vol. 2, respectivamente), além de David Dastmalchian, que vimos também em Homem-Formiga. E claro, fazer o que se gosta com os amigos de sempre, fica muito mais legal, ainda mais se eles não se importam de ser meros coadjuvantes.

No elenco principal temos John Gallagher Jr., como Mike, Tony Goldwyn, o arrogante vilão de Ghost – Do Outro Lado da Vida (e ao que parece ele não envelhece, e novamente na pele de um vilão arrogante) como Barry e Adria Arjona, como Leandra, o par de Mike. Todos parecem estar em mais um dia normal de trabalho nos escritórios da empresa Belko, uma espécie de multinacional agenciadora de empregos entre diferentes países. Mas isso não importa, o que importa é o cenário clássico da grande empresa cercada de cubículos e rotinas massacrantes. Esta empresa no caso, fica em um lugar ermo da Colômbia, o que facilita o experimento que vem a seguir. Sem o menor problema, os funcionários de diferentes setores são trancados no prédio e monitorados. Para saírem dali, terão que cumprir as regras apontadas pela voz que comanda as caixas de som espalhadas no prédio. E o que ela pede é que eles matem uns aos outros, podendo sobrar bem poucos deles vivos. É aí que tudo começa. A luta para manter a cabeça no lugar é redimensionada quando os comandantes da terrível experiência mostram que podem, literalmente, explodir a cabeça dos funcionários. Fica a dica: se sua empresa quiser colocar um chip em sua nuca, é hora de mudar de emprego (ehehehe).

Como estamos em um filme escrito por James Gunn, ainda temos algumas brechas para a inclusão de uma interessante trilha sonora. E embora a ideia toda pareça bem maluca, ela é divertida e ao mesmo tempo tem a leveza de um filme onde o mocinho vence no final (mas isso não quer dizer que tudo acabe bem). Apesar dos pesares, precisamos desses filmes para limpar nossos paladares de tantos blockbusters que às vezes nos são empurrados goela abaixo. Eu particularmente poderia ficar horas só assistindo filmes como The Belko Experiment. E talvez daqui há alguns anos eu até tenha sua sequência. A deixa está dada.

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