FilmesListas

Terror 2017: do pior ao melhor

O ano não terminou, mas já dá pra cravar: 2017 trouxe muita coisa para o cinema quando pensamos no gênero Terror. Algumas produções muito boas, outras nem tanto. E além dos tradicionais sustos, cenas fortes e, por que não, os “farofões”, tivemos até mesmo críticas sociais mais aguçadas. Isso tudo sem esquecer um dos maiores estouros do ano, que foi o remake de IT: A Coisa (ainda em cartaz!). O filme derivado da história de Stephen King tornou-se o maior filme de terror da história, ultrapassando o clássico O Exorcista, em um recorde de mais de 44 anos.

Por isso, reunimos aqui a nossa lista dos principais filmes de terror do ano, elencando do pior ao melhor, além de dar uma relembrada no que mais está por vir. Segure-se na cadeira e anote as dicas!

O Chamado 3

Lembra do clássico do terror oriental que ganhou os cinemas do mundo todo com sua releitura hollywoodiana em O Chamado (de 2002, com direção de Gore Verbinski)? Um grande acerto e uma grande produção, com direito a elenco com Naomi Watts. No entanto, essa malfadada sequência, reboot ou retomada da ideia que marcou o início dos anos 2000 foi uma verdadeira derrota. Difícil achar algum acerto em O Chamado 3, que tem no elenco Johny Galecki (de The Big Bang Theory) e Vicent D’Onofrio (Demolidor). Então, a dica é passar para os próximos da lista.

Amityville: O Despertar

Amityville: o despertar é daqueles filmes que ficam no negativo, mas também não é de todo ruim. Isso porque ele parte de uma ideia interessante para a franquia: não faz um novo filme desconsiderando os outros, nem se comparando a eles, mas usa os outros em meio à narrativa! Aqui você vê os personagens do filme falando dos outros filmes como se fosse a galera vivendo fatos retratados anteriormente na ficção. A brincadeira gira em torno da verdade sobre acontecimentos. Vemos a casa maligna no número 112 da Ocean Avenue novamente agindo sobre seus moradores e incentivando a matança. A direção é de Franck Khalfoun e o elenco traz boas atuações de Bella Thorne, Jennifer Jason Leigh e Mckenna Grace.

A Cura

Gore Verbinski voltou ao suspense e ao quase terror em A Cura (A Cure for Wellness, 2016). E, quase 15 anos depois de nos ter entregue a versão americana de O Chamado (como falamos no primeiro tópico), ele apresenta um filme esforçado na sua proposta. A Cura não é um filmão, mas também não chega a ser um desastre. Seu maior mérito é deixar o espectador intrigado e o tempo todo querendo saber o que vai acontecer com o bom protagonista Dane DeHann (de Valerian e a cidade dos Mil Planetas).

Anabelle 2: A Criação do Mal 

Este é um terror “padrão”. É o que se espera em geral do gênero: repleto de clichês e com sustos a todo momento. Apesar de sabermos que em determinado momento a música nos guiará até o rosto que vira, a porta que bate, a mão que puxa etc., a tensão na atmosfera é bem construída, a ponto que não podemos evitar o susto. É um terror tão bem feito nos pequenos detalhes que mesmo a previsibilidade é positiva. O filme mostra a origem da bonequinha que é um canal para demônios chegarem ao nosso mundo. O que falta de originalidade, compensa em tensão e expectativas. A direção é de David F. Sandberg e o roteiro de Gary Dauberman.

Alien: Covenant

Muitos podem gritar: “Alien não é terror”. Pois então. Quantos filmes com monstros escondidos você já viu com o gênero estampado na capa? Pois é. O primeiro Alien, umas das grandes obras do cinema, já era assim: sufocante. Em Covenant, Ridley Scott tenta dar uma sequência ao filme Prometheus trazendo todas as características da franquia. E traz um bom filme, embora não tenha reinventado o gênero, como lá em 1979. Se você quer entrar de cabeça nesse mundo, sugerimos nossa lista especial sobre Alien.

Jogo Perigoso

Baseado na obra de Stephen King, Jogo Perigoso é um filme Original Netflix que desenha uma trama psicológica que nos faz prender o ar e torcer muito pela personagem principal. O longa conta a história do casal Jessie (Carla Gugino) e Gerald (Bruce Greenwold). Gerald resolve apimentar o casamento com um jogo envolvendo algemas, na casa de campo do casal. Mas tudo dá errado e ele acaba infartando, deixando a mulher presa na cama. Exatamente. Tem morte, cachorro comendo o corpo do morto, um espírito (ou seria alguém de verdade?) e um drama que revisita o passado que deixam a gente com aquela sensação de estômago embrulhado.

Ao Cair da Noite

Assinado pelo diretor da nova safra Trey Edward Schults, o longa é uma história sufocante, que não recorre a feitos extraordinários para manter o espectador na cadeira. Na pegada do menos é mais, ele mostra que a criatividade, a edição e o elenco podem pular o arco dos grandes efeitos especiais e mesmo assim entregar um produto especial. Ao Cair da Noite pode ser algo próximo do que A Bruxa (2015) foi, dividindo críticas para algo muito bom ou seu inverso. Optamos pelo meio termo. É um bom filme, mas tem gente que vai falar “bateu na trave”. Chega em outubro no catálogo da Netflix.

Corra!

Em meio a tantas produções clichês e mais do mesmo, Corra! carrega um tipo de frescor que faltava em filmes do gênero. Não é uma obra-prima, mas funciona muito bem como uma novidade e traz uma temática social importante para os tempos que vivemos. A imagem do ator Chris (Daniel Kaluuya) com os olhos esbugalhados e sentado em um sofá já entrou na fila para ícones da cultura pop do ano (ou meme power mesmo).

IT: A Coisa

Sim, o arrasa quarteirão do ano. IT: A Coisa arrebatou recordes de público e bilheterias e agradou a crítica. O filme de Andy Muschietti acertou em cheio, aliando um bom elenco, uma grande releitura do palhaço Pennywise com uma mistura de gêneros e a clássica pegada de Stephen King que víamos nas adaptações de suas obras nos anos 80. De quebra, conseguiu ser visceral e sangrento ao mesmo tempo, sem desagradar ou sem grandes exageros. Desde já aguardamos a continuação, que virá em 2019.

O que vem por aí:

A Morte te dá parabéns (12 de outubro)

Além da Morte – Flatliners (19 de outubro)

O Culto de Chucky (20 de outubro)

Jigsaw: O Legado (2 de novembro)

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *