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T2 Trainspotting é nostalgia pura | Crítica

Nostalgia. Essa é a palavra para descrever T2 Trainspotting. Divertido do início ao fim, ele é uma homenagem e quase uma réplica do cult lançado há 20 anos atrás. E quem tem seus 30 anos pra mais e viveu a época de Trainspotting (1996), vai com certeza ter uma experiência ainda melhor do que aqueles que assistiram o filme fora daquele contexto. Isso porque os 20 anos que passaram contam também na experiência de quem passou por esse mesmos 20 anos (nossa, estou ficando velho mesmo!). Tudo que vimos anteriormente está lá, de certa forma, atualizado, e, ao mesmo tempo, recontado. O passado de Renton (Ewan McGregor), Simon/Sick Boy (Jonny Lee Miller) e Spud (Ewen Bremmer) e Begbie (Robert Carlyle) está tão vivo quanto se imagina. As consequências dos atos anteriores estão tão vivas quanto. Tudo que tínhamos de bom, temos de volta. E podemos notar, que algumas coisas, nunca mudam.

Spud, Renton, Simon e Begbie estão de volta.

Outro sentimento envolvido no filme é parecido com o que vimos/sentimos recentemente com o possível reboot de Matrix. Será que precisa? Certas obras precisam realmente de releituras? Mas enfim, Danny Boyle tem créditos de sobra e como autor da função toda, porque não acreditar em uma continuação? T2 não tira o impacto do primeiro filme, ao mesmo tempo que provavelmente não terá esse mesmo impacto na cultura. Estamos nos mesmos locais e com as mesmas ideias, apenas 20 anos mais velhos. A edição, câmera e montagem, assim como alguns diálogos e narrações, estão todos aqui, recriados com esmero. E vale lembrar, tudo isso foi o que levou Boyle a outro patamar como diretor. E a cada take que temos com flashbacks e referências nós sabemos: esse filme é uma ode à nostalgia. Isso é tão claro que os próprios personagens nos jogam isso na cara.

Sexo, drogas, música (a trilha sonora é ótima), um pouco de violência e também o futebol, ingredientes do clássico de 1996 também estão devidamente colocados. Talvez o único problema de T2, e olha, não necessariamente é um problema, é que ele é uma transposição de si mesmo. Mesmo a trama de trapaça está novamente de volta. Como falamos, tudo está de volta. Para um novo cult T2 não chega. Mas como uma ótima homenagem, aí sim ele é maravilhoso. A maior das novidades aqui é a participação da atriz Anjela Nedyalkova, no papel de Veronika.

A novidade é Veronika

Os personagens, cada um com sua característica, também estão todos lá. Agora ainda mais marcados na história do cinema. Cada um tem o seu início, meio e fim. Se o cinemão blockbuster quer cismar com novos reboots e recriações de histórias já contadas, deixem tudo isso a cargo de Danny Boyle. Deixe pra quem sabe lidar com a nostalgia.

Veredito da Vigilia

One thought on “T2 Trainspotting é nostalgia pura | Crítica

  • Nunca vi o primeiro, preciso ver ele antes de assistir esse?

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