Séries

Sherlock – Review 4ª temporada

Eles estão de volta! Após três anos de hiato desde a última temporada (2014), Sherlock Holmes e John Watson voltam às telas para mais do mesmo. E isso não é de todo ruim. A série na terceira temporada deu uma desgastada, roteiro cansou, apesar das grandes atuações. Como não mencionar o incrível Khan, Turin, Strange, Assange, Smaug e Holmes (Benedict Cumberbatch)? O cara é um show a parte. Megalomaníaco, trejeitos que chegam a aborrecer de tão exagerados e mesmo assim rouba todas as cenas com a absurda genialidade de Sherlock Holmes. Essa excentricidade já é conhecida das outras temporadas (e no especial de 2015, um episódio isolado que se passa na era vitoriana – época original dos personagens). Óbvio que isso volta nessa quarta temporada, assim como sua “bengala” Martin Freeman, que também foi colega de Cumberbatch nas franquias de O Hobbit (o nosso Bilbo) e Marvel (Everett Ross) e também o nosso inesquecível Arthur Dent, em o Guia do Mochileiro das Galáxias, mostrando a sequência dos fatos após o retorno de Holmes de seu curtíssimo exílio.

Vamos aos episódios:

S04E01 – The Six Thatchers

Como todos sabem, a série é baseada no trabalho de Sir Arthur Conan Doyle, adaptado para os tempos atuais. Obviamente “As Seis Thatchers” é referência a ex-Primeira Ministra britânica Margareth Thatcher, e logicamente, não veio do material original. É levemente baseado no conto Os Seis Bustos de Napoleão. É também um dos episódios mais fracos de toda série. Mesmo assim, tem seu ápice na morte de (ATENÇÃO SPOILER) Mary Watson, que passa para o lado de lá ao proteger Sherlock de um tiro. A amizade de Sherlock e Watson é despedaçada, pois ele culpa Sherlock pela morte da esposa.

O excêntrico vilão Smith, interpretado por Toby Jones

S04E02 – The Lying Detective

Baseada na curta “The Adventures of the Dying Detective”, esse sim um ótimo episódio. Sherlock muito afetado pelas drogas e solidão após a separação com Watson, recebe a visita da filha do apresentador de TV Culverton Smith, que diz saber que seu pai matou alguém. Ela pede ajuda para descobrir quem, pois ela foi recebeu uma droga que afeta sua memória. Um dos melhores vilões da série, Culverton Smith, é interpretado pelo ótimo Toby Jones, que se revela um serial killer confrontado por Sherlock, que consegue prender ele de uma forma nem um pouco tradicional, se deixando matar por Smith. Watson aparece para salvar a pele do amigo, mesmo ele tendo planejado tudo antecipadamente. Ainda assim, o espectador fica na dúvida, pois o estado narcótico de Sherlock coloca algumas interrogações na realidade e na cronologia bagunçada do episódio. No final sempre uma surpresa. ATENÇÃO AO SPOILER! A terapeuta de Watson é na verdade Eurus, a irmã secreta dos Holmes (não esqueçamos do irmão Mycroft) que encerra o episódio atirando em Watson.

Os irmãos Holmes

S04E03 – The Final Problem

Baseado nos contos O Problema Final e O Ritual Musgrave, Sherlock e Watson (em uma cena assustadora) pregam uma peça em Mycroft para saber mais da irmã escondida de Holmes. Então Mycroft lhes conta que a irmã Eurus é tão genial, que quando criança cometeu algumas ações duvidosas, e por isso foi mandada para um ilha-prisão psiquiátrica de segurança máxima. Ela escapou e agora quer “vingança” pelos anos aprisionados. Os irmãos Holmes e Watson invadem a ilha para descobrir e tentar contato com ela. Quando isso acontece, vários lapsos do passado retornam. Mas agora, como realmente foram, em função das ações maléficas da irmã.

Muita “brotheragem” esses dois. Por favor voltem!

Mais um ótimo episódio! Até agora não há confirmação se haverá uma quinta temporada. E se houver deve demorar, visto o calendário dos produtores e claro, dos artistas. O co-criador e escritor Steven Moffat diz que tudo pode se encerrar aqui, mesmo (assim como nas temporadas anteriores) encerrando com um gancho para um próximo episódio. Apesar de termos esses ótimos atores e escritores em outros trabalhos futuros, estamos na torcida para que voltem logo (ou daqui um ou dois anos) para Baker Street 221B.

 

 

Éderson Nunes

@elnunes

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