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Segunda parte de Edens Zero é dinâmica e repleta de referências

Quem assistiu a primeira parte da temporada de estreia de Edens Zero, pôde atestar que estávamos diante de um dos melhores animes de 2021. Pois bem, ao conferir o restante dos episódios, que chegaram à Netflix recentemente, confirmei isso por completo.

A troca de figurino acontece cada vez que temos um mini arco dentro dessa segunda parte

Com uma primeira metade focando na apresentação dos personagens e do universo em que estão inseridos, a segunda parte de Edens Zero se dá ao luxo de referenciar todos os gêneros existentes na cultura pop japonesa. Temos fan services de Sailor Moon, Tokusatsu, torneio de luta, daqueles vistos nos muitos Shonen que aprendemos a amar, Isekai e até os monstros gigantes, os nossos queridos kaiju, dão o ar da graça na série. 

No gênero Isekai, você pode ser quem quiser ao chegar no novo mundo

Com uma estrutura dinâmica, criando praticamente um novo arco a cada três episódios, os 13 novos capítulos de Edens Zero passam voando. Além do fan service, temos também espaço para críticas sociais, como a exploração do trabalho por meio da Mais Valia, a ganância prevalecendo sobre o amor familiar, o preconceito com o diferente e, claro, o quão importante é você lutar por aquilo que você acredita, não abrindo mão da sua personalidade. 

Shiki ainda não desistiu de fazer 100 amigos

A respeito da trama, a segunda parte inicia do ponto em que parou a primeira. Ou seja, resgatar a Hermit, uma das Quatro Estrelas Cintilantes do Rei Demônio. Após o êxito dessa missão, basta encontrar a última delas, Valkyrie, mestra de Homura e que está sumida há anos. É aí que Shiki, Rebecca, Happy, Pino e Weisz, além da própria Homura, desbravam todos os tipos de cenários possíveis, orientados pela vidente Xiaomei, em busca de mais essa missão. Após unirem as quatro, finalmente eles poderão encontrar a Mãe. 

Agora só falta encontrar a última das Quatro Estrelas Cintilantes do Rei Demônio

Com personagens cativantes, foi fácil deixar o trio de protagonistas “um pouco de lado”, focando na jornada de Homura e de sua mestra Valkyrie. Afinal, nós já estávamos afeiçoados a eles pelo ótimo trabalho que o roteiro fez em sua primeira parte. Em Edens Zero nenhum personagem é descartável ou passa batido. Até mesmo os coadjuvantes que vão aparecendo ao longo do caminho possuem alguma relevância, ajudando a história andar, servindo como “escadas” para os grandes momentos, que aí sim, são estrelados pelos protagonistas do anime.

Homura possui grande destaque nos novos episódios

Após concluída a primeira temporada de Edens Zero, muitas pontas soltas sugerem um segundo ano da série ainda melhor. Com 25 episódios em sua totalidade, vimos uma aula de como criar um roteiro redondinho, dinâmico, se permitindo diminuir o ritmo quando necessário, mas sem esquecer de avançar a história, acrescentar camadas aos personagens e homenagear a grande indústria do anime e mangá, que já criou tantos ícones na cultura pop e está ganhando cada vez mais espaço ao redor do mundo, com as muitas adaptações em live-action (infelizmente nem todas são bem sucedidas, vide Cowboy Bebop). 

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