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Queer Eye: o makeover dos realities | Crítica

Recém chegado na Netflix e já muito comentado, Queer Eye é um reality show de makeover que conta com cinco homens gays, os Fab Five, especialistas em transformar a vida de outros homens de cabeça para baixo. Reboot de uma série que foi ao ar na TV paga entre 2003 e 2007 (aqui no Brasil exibida pela Fox Life), Queer Eye nos apresenta Jonathan, Tan, Bobby, Karamo e Anthony. Estrategistas em diferentes áreas, como aparência, moda, design, cultura e comidas & vinho, respectivamente, eles são responsáveis por fazer uma transformação total na vida de algum homem que tenha sido indicado a participar do programa (por precisar de alguma “ajudinha” em algum aspecto de sua vida).

O interessante sobre a série, que conta com oito episódios de aproximadamente 40 minutos, é que ela vai além de uma simples transformação externa. Os Fab Five constantemente dizem aos “pupilos” que não estão ali para mudar o seu jeito, mais sim para aprimorá-lo, potencializando as qualidades que todos têm. O cidadão não gostou da camisa indicada por Tan, por exemplo? “Tudo bem, vamos tentar outra coisa”, é a postura tomada pela equipe.

Os indicados variam em diversos aspectos, são homens na casa dos 30, 40 e até 50 anos. As profissões vão de empresário, motorista de caminhão de lixo, e até comediante. Além disso, podemos ver homens casados e solteiros (o lado bom para os casados é que a família inteira acaba recebendo um pouco de glamour).

Bom, não importa quem seja, os Fab Five vão até lá e fazem o que precisa ser feito. Percorrendo o estado de Georgia, nos EUA, em apenas uma semana tudo pode mudar na vida de um homem que, por vezes, nem esperava tal surpresa. Vale ressaltar que todos os indicados concordaram em participar do projeto e realmente querem transformar sua vida, seja por motivos pessoais, profissionais ou mesmo românticos.

A série acaba emocionando na medida que desenvolve a complexidade das relações humanas. Um homem gay transformar a vida de um cristão devoto? Um policial interiorano receber ajuda de um negro? Tudo isso acaba em pauta, porém com muita leveza. No fim das contas, acabamos nos apaixonando por Jonathan, Tan, Bobby, Karamo e Anthony; assim como por cada um daqueles homens com suas vidas bagunçadas.

Queer Eye é um bocado de lições (que também vale para a mulherada) sobre a vida e sobre como ser a melhor versão de si mesmo.

Veredito da Vigilia

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