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As principais mudanças no remake de Cavaleiros do Zodíaco na Netflix

Cavaleiros do Zodíaco estreou na Netflix no dia 19 de julho com uma proposta quase total de repaginação. A nova versão agora traz Seiya, Saori, Shiryu, Hyoga, Shun, Ikki e os demais personagens em Computação Gráfica. Porém, essa não é a única mudança em relação a história original, e por isso a Vigília Nerd preparou uma matéria especial para você.

Vamos aos comparativos:

Armaduras

Logo de cara, assim que as primeiras imagens dos personagens foram divulgadas notamos que as armaduras de bronze sofreram alterações, deixando elas bem parecidas com as versões 2 e 3 do anime e mangá. Na produção de Netflix, o design delas parece homenagear todas as fases das armaduras dos cavaleiros de bronze, inclusive colocando suas tiaras no peito da maioria das armaduras. Já que elas não quebraram ou foram danificadas nessa primeira parte da série, isso nos leva a crer que não teremos as tradicionais mudanças a cada temporada. No mangá, diferente do anime, por exemplo, as armaduras de Pégaso e Dragão já mudam de forma para a luta contra os cavaleiros negros, sendo as únicas a terem uma evolução a mais em relação às demais.

As armaduras são uma fusão das três versões da série original

Seiya conquistando a armadura de Pégaso

Como todos sabem, a ideia da Netflix e da Toei é trazer um público mais jovem para a franquia, por isso a ausência de violência é nítida nessa nova versão. Em função disso, não vimos a fatídica cena de Seiya arrancando a orelha de Cassios na disputa pela armadura de Pégaso. Mangá e anime retrataram tudo com muito sangue e criaram o suspense em cima de quem seria o dono da orelha caída no chão. Agora, o discípulo de Shina só leva umas “pancadinhas”.

Seiya foi mais “bondoso” com Cassios nessa versão

Seiya e Seika

O primeiro episódio de Cavaleiros do Zodíaco na Netflix já nos mostra de imediato Seiya e Seika sendo separados, quando Aiolia de Leão salva os irmãos de um ataque militar, e leva consigo a menina. No mangá e anime também temos essa importante cena, mas é diferente, pois temos Pégaso sendo levado de carro para ir até a fundação Kido, e posteriormente ser levado para a Grécia. No anime, Aiolia só apareceria nas cenas em que somos apresentados aos bastidores do Santuário, uma delas interagindo com Marin, inclusive. No mangá, o vemos praticamente apenas na Saga das 12 Casas.

Ao que tudo indica, Seika será Marin nessa versão

Seiya skatista

Além de ser para o público infantil, esse remake dos Cavaleiros do Zodíaco é voltado para o público americano, que não teve uma legião de fãs nos anos 90, assim como tivemos aqui no Brasil, França e outros países. O fato de Seiya morar em um orfanato em um bairro com a presença de gangues, andar de skate e tomar refrigerante reforça ainda mais isso. No mangá e anime, vemos que sua infância foi no orfanato em que Mino trabalharia posteriormente. Outra mudança foi a idade com que ele foi enviado para a Grécia, fazendo com que o personagem tenha 18 anos ao conquistar a armadura de Pégaso ao invés de 13 como na trama original.

Seiya virou skatista

Shina sem máscara

Até o momento, das três tradicionais amazonas (mulheres cavaleiro), fomos apresentados somente a duas delas, Marin e Shina. June de Camaleão aparecerá – se a Netflix decidir introduzir a personagem – somente no final da saga dos cavaleiros de Prata. A maior característica imposta na mitologia da trama de Cavaleiros do Zodíaco em relação a essas personagens, é que se alguém as vir com o rosto descoberto, lhes caberá apenas duas opções: amá-los ou matá-los. Na nova versão da Netflix, apenas Marin utiliza máscara, enquanto Shina está com uma pintura de guerra no rosto, idêntica a que ela usa em sua máscara no anime e mangá. Se contarmos Shaun/Shun como uma amazona – e que também não usa o rosto coberto – podemos presumir que Marin só está com esse artefato para esconder a sua identidade, já que aqui, diferente do anime e mangá, parece que ela será mesmo Seika, a irmã perdida de Seiya. 

A pintura no rosto de Shina é idêntica a de sua máscara no original

Guerra Galáctica

No anime e mangá, Seiya se recusa inicialmente a participar da Guerra Galáctica, dizendo que o combinado era ele rever a sua irmã, caso conseguisse voltar da Grécia com a armadura de Pégaso. Ao voltar para o Japão, o cavaleiro descobre que ninguém sabe o paradeiro de Seika, mas que o torneio seria uma ótima oportunidade de encontrá-la, uma vez que ele seria televisionado para todo o mundo. No remake da série, os cavaleiros de bronze apenas disputam o torneio porque seus mestres mandaram e também pelo prêmio da armadura de ouro. Além disso, não existem emissoras transmitindo a disputa, que é realizada clandestinamente no subsolo, contendo apenas um deserto acima deles, e “vigiado” por uma tampa bueiro falante e sem graça.

Jabu e Seiya parecem não rivalizar na nova série

Lutas menos sangrentas

Assim como na Guerra Galáctica, que não deixa ninguém sangrando ou com a armadura detonada (como foi o caso de Seiya e Shiryu no anime e mangá), as demais lutas em todo o remake da Netflix são mais brandas. O máximo que avaria que podemos enxergar nas armaduras são arranhões e sujeira. 

O embate de Pégaso e Dragão não é tão sangrento desta vez

Cavaleiros Negros

Ainda falando das lutas mais leves, na batalha contra os cavaleiros negros (que agora não são cópias baratas dos protagonistas) não temos Seiya sofrendo do Meteoro Negro, golpe que deixa o seu corpo todo escuro e que quase o mata; não temos Shun sendo atacado por correntes em formato de cobras; Hyoga tendo o peito perfurado pelo punho de Ikki ou Shiryu sangrando até a morte, devido ao esforço que fizera após ressuscitar as armaduras de Pégaso e Dragão (já que não tivemos armaduras destruídas na Guerra Galáctica, a cena de Mu de Áries pedindo metade do sangue de Shiryu para consertar as armaduras também não existe). Enfim, tivemos sim uma luta quase genérica, na qual vimos cavaleiros negros hi-techs (uma mistura com os cavaleiros de aço), dentre eles Cassios, que voltou para enfrentar Seiya. No anime e mangá, só veríamos esse personagem novamente na saga das Doze Casas, quando ele salva Seiya no combate da casa de Leão.

Os Cavaleiros Negros não são mais cópias genéricas do Cavaleiros de Bronze

Um novo inimigo

No mangá e no anime, o Santuário da Grécia, governado pelo Grande Mestre (que na verdade é Saga de Gêmeos, que matou o verdadeiro mestre) é o grande inimigo, e que está por trás de todas as ações contra Saori Kido/Atena. Agora, na versão da Netflix temos Guraad, ex-sócio do avô de Saori, Mistsumasa Kido. O novo vilão usa de poder bélico para matar a nova Atena, alegando que existe uma profecia na qual Poseidon e Hades derrotariam a reencarnação de Atena e então dominariam o mundo. O “grande plano” de Guraad era matar Saori, e ele mesmo (você não está lendo errado), desenvolveria novos guerreiros capazes de derrotar esses deuses (não faz sentido!). Bom, vimos que os Cavaleiros Negros, sua primeira criação, não funcionaram muito bem. Ainda sobre essa tal profecia, Hyoga de Cisne recebe (de um ser misterioso) também a missão de matar Atena. No mangá temos esse momento, em que o Cavaleiro de Cisne, ganha a carta contendo essa mensagem. No anime isso é deixado de lado.

Guraad é o novo inimigo

Ikki

Diferentemente do mangá e anime, Ikki não interrompe a Guerra Galáctica apenas para se vingar daqueles que o enviaram para a Ilha da Rainha da Morte, mas sim a mando de Guraad. O cavaleiro de Fênix é uma espécie de agente do novo vilão, que quer roubar a armadura de ouro e assassinar Atena. Na história original, Ikki quer utilizar a armadura de sagitário para ser o mais forte. Outro detalhe interessante sobre Ikki, é que ele tem a sua origem o mais fiel possível retratada nessa nova versão, inclusive mostrando o seu encontro com o cavaleiro de ouro de Virgem, Shaka, logo após a conquista da armadura de Fênix. Encontro esse só visto no mangá. No anime, os dois tem seu primeiro embate a distância, quando Shaka envia seus lacaios para enfrentar Fênix que estava se recuperando em uma ilha. 

Ikki agora é um agente de Guraad

Armadura de Sagitário

Um mistério no anime e mangá, a aparência da armadura de Sagitário foi melhor resolvida na nova produção da Netflix. No enredo original, o seu visual foi um durante todo esse período de Guerra Galáctica e Cavaleiros Negros, mudando apenas quando a vimos cobrir o corpo de Seiya na batalha contra os Cavaleiros de Prata. Há teorias que Mitsumasa Kido a revestiu com ouro, mudando seu layout para não ser facilmente identificada e assim roubada (o que não adiantou muito). Outra teoria (a mais aceitável), é que o criador da franquia, Masami Kurumada se arrependeu do primeiro visual dela e mudou para algo mais “legal”.

A armadura de Sagitário possui apenas um layout desta vez

Atena

Pouco explorada nessa versão, Saori Kido agora sabe desde o início que é a reencarnação de uma deusa grega. A revelação no anime e mangá só é feita na saga dos Cavaleiros de Prata, fazendo com que os Cavaleiros de Bronze decidam de uma vez por todas que o seu destino é proteger Atena. 

Saori sabe desde o início da série que é reencarnação de Atena

Shun Mulher

Disparada a maior mudança na nova série, Shun (ou Shaun na versão americana) mudou de sexo para dar mais representatividade entre os protagonistas. O próprio diretor de dublagem do remake de Cavaleiros do Zodíaco no Brasil, Francisco Bretas (dublador de Hyoga) disse que é legal ter uma menina entre os cavaleiros. 

Shun mulher foi uma tentativa de incluir uma protagonista mulher entre os cavaleiros

Então essas são as mudanças mais significativas na nova versão dos Cavaleiros do Zodíaco, desenvolvida pela Netflix em parceria com a Toei Animation. Você é fã da franquia e notou mais alguma alteração, deixe aí nos nossos comentários.

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