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Power Rangers: sim, eles conseguiram | Crítica

Sim, amigos, eles conseguiram. Em pleno ano de 2017 tivemos uma nova empreitada com os Power Rangers nas telonas. E não foi nada mal. O recomeço de mais uma grande franquia de filmes de super-heróis é uma grande vitória. Nada revolucionário, mas um produto coerente em sua renovação de personagens, suas características, história de origem e tom. Power Rangers nem de longe lembra a comédia pastelão que passava na TV, embora também não seja um filme que vá revolucionar o formato. O mais importante: dá pra ir ao cinema sem medo.

Os novos Rangers e o robô Alpha 5

Sim, talvez a palavra medo tenha sido uma das tônicas ao enfrentar esse reboot. E é bem compreensivo se formos olhar para um grupo de heróis coloridos, do high school, e que combatem monstros gigantes montados em robôs gigantes em formato de dinossauro. Ao mesmo tempo que tudo isso soa muito ridículo, grande parte de algumas gerações guarda tudo isso num canto especial da infância e do coração. E pode ter certeza, esse lado emocional vai aflorar durante o filme de um forma contagiante.

A história pode não ser a melhor do mundo, mas acima de tudo, a direção de Dean Israelite acerta o tom. Tom é a palavra para esse filme. Os atores também estão bem em suas posições: Dacre Montgomery como o Ranger Vermelho, RJ Cyler como o Ranger Azul, Naomi Scott como a Ranger Rosa, Becky G como a Ranger Amarela e Ludi Lin como o Ranger Preto. Todos eles, a seu modo, dão uma boa contribuição. Eles não são os alunos descolados de outros tempos, mas sim, os renegados, aqueles que precisam frequentar aulas de recuperação devido ao mau comportamento em algum momento da vida escolar. Ou ainda, nem frequentar as aulas. Os problemas também condizem com a atualidade. Dilemas em relação à orientação sexual, relacionamentos tumultuados pelas novas tecnologias ou mesmo os clássicos clichês americanos do quarterback do time de futebol americano e o garoto gênio (mas que agora ganha a roupagem e um teor de autismo). Os atores veteranos Bryan Cranston (Zordon) e Elizabeth Banks (a vilã Rita Repulsa) dão a sustentação necessária para o conflito, estabelecido há 65 milhões de anos atrás.

Mr. Heisenberg agora é Zordon, um antigo Ranger

O tradicional arco do(s) herói(s) também está lá, e dá um novo vislumbre à função de Zordon, que não fica apenas como o mentor bonzinho que ajuda os heróis. Sua participação acaba por tornar a história mais envolvente e melhorar o relacionamento dos adolescentes que mal se conheciam. O tom (olha ele aqui novamente) acertado da história de origem de cada um acaba por se estender por grande parte do filme. O que é interessante para os leigos. Só na parte final o longa se assume e se solta um pouco mais. Essa é a parte que os antigos fãs vão vibrar.

Elizabeth Banks, ela mesma, é a vilã Rita Repulsa

Fora um deslize ou outro no andamento da história e na aceleração da ameaça de Rita Repulsa (alguns atos pouco justificáveis e um fora de contexto) e também algumas decisões de edição (que deixam claro a falta de uma mega-produção do cinema), Power Rangers veio firme com seus megazords. O desfecho de tudo também fica um pouco fácil demais, sem aqueles grandes esforços, mas nada que possa estragar a festa. O principal aspecto das novas adaptações está em acertar o tom, e essa tarefa, ao contrário de outros filmes de super-heróis, Power Rangers cumpriu com louvor. E como já estamos nos acostumando, essa festa continua. Não perca a cena após os primeiros créditos.  

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Veredito da Vigilia

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