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Pedro Coelho: fofura antes da Páscoa | Crítica

Na época certa, logo antes da Páscoa, o clássico Pedro Coelho ganha sua adaptação para o cinema.

Para quem não conhece a história original, Pedro, suas irmãs e sua mãe vivem perto da fazenda do senhor Severino, ou Mr. McGregor em inglês. Senhor Severino tem uma horta que é o campo de batalha entre ele e os coelhos. Na versão adaptada para as telonas, vemos Pedro, suas irmãs trigêmeas e seu primo Benjamin, um coelho gordinho e caramelo, armando planos para conseguirem pegar verduras da horta e dividir com os outros animais.

O desenho 2D (quem tem mais de 20 anos, como eu, pode se lembrar de assistir na TV) era muito mais leve tanto esteticamente quanto em animação de movimentos, o que deixa o clássico muito mais moderno, rápido e divertido, o que vai agradar tanto o público mais velho quanto as crianças. O design de animação é muito bonito, deixando principalmente os coelhos muito fofos.

Fofura reunida em Pedro Coelho

Essa é a primeira vez que vamos Will Gluck na direção de uma animação, sendo que ele é conhecido por filmes como Amizade Colorida (2011) e A Mentira (2010). E ele fez um ótimo trabalho. É sempre comum ficar com um pé atrás antes de assistir animações que possuem esse crossover entre digital e atores reais. Em Pedro Coelho essa junção é feita com muita elegância, parecendo que realmente há coelhos interagindo com os atores.

O longa traz um humor bem parecido com o já visto em grandes franquias, como Esqueceram de Mim (1990), com todas as armadilhas montadas para afastar as pessoas e os planos para enganar o vilão. O estilo é bem batido mas ainda diverte o público. Outra coisa muito legal sobre o filme é que ele quebra a quarta parede, falando diretamente com o público e ainda tem vários diálogos falando o quão importante é cuidar do planeta e da natureza, isso de uma maneira bem simples e que pode ser entendido pelo público infantil.

Atentem ao Benjamin, esse coelho todo gordinho. Vontade de apertar, não é mesmo?


Uma das partes de Pedro ser um clássico que chegou ao cinema depois de uma adaptação para a televisão é que muitos personagens de apoio foram criados e não há como mostrar toda a história deles no tempo de um filme. Então, muitos deles são brevemente apresentados sem grandes detalhamentos. Tudo fica meio subentendido em função de “morarem no mesmo espaço, e serem todos vizinhos”, mas nada além disso.

E na sessão nostalgia, temos aparições de desenhos 2D durante o filme que são lindos e com detalhes em aquarela. Algumas músicas da trilha sonora foram feitas pelo grupo Rouge! É muito amor em forma de início dos anos 2000. Convidem irmãs, irmãos, primos, afilhados ou vão assistir sozinhos, porque vale a pena!

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