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Parque do Inferno | Crítica

Se você viveu os anos 1990 e costumava juntar a galera em casa para assistir aquela fita alugada de Pânico ou Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Ano Passado, vai adorar o Parque do Inferno. O filme slasher, que estreia no dia 22 de novembro nos cinemas, e que tem os mesmos produtores do sucesso mundial The Walking Dead, tem direção de Gregory Plotkin e Amy Forsyth, Reign Edwards e Bex Taylor-Klaus no elenco.

O filme de terror conta a história da estudante universitária Natalie (Amy Forsyth), que visita a sua melhor amiga de infância, Brooke (Reign Edwards), e sua colega de quarto, Taylor (Bex Taylor-Klaus) em pleno Halloween. As meninas arranjam um encontro marcado para Natalie com Gavin (Roby Attal), o amor de juventude da garota. Até aí tudo bem, mas o problema é que o lugar do encontro será durante a Hell Fest, uma espécie de Beto Carrero World com temática de Dia das Bruxas (mas também pode ser confundido com um festival de heavy metal). Como se a ideia não fosse ruim o suficiente, o lugar é conhecido por ter sido palco de um crime, quando uma menina foi morta por um ‘maníaco no parque’ e deixou a garota lá exposta como se fosse só mais uma atração do parque.

Natalie em um dos tantos momentos de pavor que o filme proporciona à ela.

Então, lembram que eu comparei Parque do Inferno a outros filmes de assassinos em série matando adolescentes? Pois bem, esse nem chega aos pés dessas películas, justamente pelo fato de não apresentar um enredo que justifique toda a carnificina. Toda também não. Nos outros aconteciam bem mais mortes (e mais elaboradas). Aqui, temos as mortes até bem rápidas. Parece que perderam os momentos certos de acontecerem as mortes, criando pouco clima antecedendo cada uma delas. Mas, como é de praxe, as pessoas que morrem são sempre em momentos muito idiotas, como se estivessem procurando por aquilo. A única que talvez se salve (alerta de spoiler, mas nem tanto), é a primeira de um dos cinco protagonistas (como no manual do filme de terror adolescente).

O serial killer stalker e chinelão.

Outro motivo das mortes serem pouco elaboradas, talvez seja pelo estilo do nosso serial killer. O cara entra no parque com roupas civis, coloca uma máscara, o capuz do moletom e rouba uma faca de pão do tiozinho do cachorro quente. Esse assassino é muito chinelo. Daí depois ele sai matando quem olha estranho para ele ou dúvida da capacidade sanguinária dele, sendo um stalker das vítimas, de uma maneira que parece se teleportar de um lugar ao outro, porque o cara não corre, mas está sempre um passo à frente de todo mundo. Sem falar no motivo para essa matança, que não é explicado até o final do filme, diferente dos outros comparados aqui.

Falando no final, a última cena é ruim para um longa metragem. Se fosse um curta, esse roteiro seria melhor aproveitado, já que não haveria necessidade de explicar as motivações do assassino. Vale a pena pelos sustos (que são poucos) e pelos cenários do parque, mas o filme ainda sim é previsível e não chega a meter medo.

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