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Pantera Negra: o que veremos e o que queremos na telona

O hype é grande. Por isso, não podíamos deixar de colocar a opinião da Vigília no primeiro filme de super-heróis protagonizado por um negro nos cinemas. Ok, não é o primeiro, mas numa época onde diversidade e representatividade despontam como primordiais, é essencial falarmos de Pantera Negra. Antes do rei de Wakanda, tivemos muitos protagonistas negros, e muitos deles saindo diretamente dos quadrinhos. Talvez o mais famoso seja Blade, interpretado pelo clássico Wesley Snipes. A trilogia começou bem e resgatou tanto o astro quanto o personagem, até então relegado às ‘runs’ lado B da Marvel. Mas antes dele tivemos a frustrada tentativa de adaptar o spin-off da morte do Super-Homem (Superman, para os mais novos), com Steel, ou o personagem Aço. Interpretado pelo astro da NBA, Shaquille O’neal, a ideia era boa, mas a tecnologia de 1997 nem tanto, e o filme acabou envelhecendo mal. Mas é uma boa sessão da tarde pra quem ainda não viu.

Atualmente, tivemos uma bela série de outro herói negro da Marvel. Luke Cage teve uma primeira temporada repleta de identidade própria na Netflix. Embora a trama tenha deixado a desejar, teremos a segunda temporada e tivemos sua participação em Os Defensores. Destaque importante para a trilha sonora.

A primeira vez do Pantera

Mas nos quadrinhos, aí sim a Marvel saiu na frente. Criou em 1966 o primeiro herói negro dos quadrinhos modernos, em uma época sem internet e todo o buzz da representatividade, mas uma igualmente marcante época na história mundial e norte-americana no combate ao racismo. Os autores não podiam ser outros, Stan Lee e Jack Kirby. Na trama do cinema, teremos o que vimos inicialmente nos quadrinhos e Wakanda será alvo da busca pelo Vibranium (ideia inserida no Universo Marvel do Cinema já em Vingadores: Era de Ultron). O metal precioso, só localizado no país fictício situado na África é o mesmo utilizado na confecção do escudo do Capitão América. O material quase indestrutível também reveste o traje do próprio Pantera Negra. Tal qual Mulher-Maravilha foi/é importante para a afirmação feminina e o hype do girlpower, o Pantera Negra será para as ações afirmativas e diversidade racial em todo o mundo. E esse cuidado já está em toda a produção do filme, passando por direção, elenco, figurino e roteiro. O trailer não nos deixa mentir.

 

O que teremos no filme

Uma das coisas legais de termos um universo coeso da Marvel nos cinemas, é que já podemos tecer várias teorias com filmes que já passaram. Por isso, já sabemos que um dos principais vilões do Pantera, Ulysses Klaw já está preparado. Interpretado pelo gênio da captação de movimentos, Andy Serkis (aka Caesar, aka Smeagol). Como ele já perdeu o braço, decepado por Ultron, teremos a possibilidade dele se transformar no vilão Garra Sônica. O espaço para sua principal arma já está aguardando desde então. Ele abre o trailer tirando sarro de Everett Ross (Martin Freeman, outro que veio direto da Terra Média, tendo dado vida a Bilbo em O Hobbit). Ross, dito importante persona no governo dos EUA, não sabe o que realmente existe em Wakanda: Vibranium e uma tecnologia mais avançada que a da SHIELD.

Da Terra Média direto para o Universo Marvel, Bilbo e Gollum

Outra ponta solta que foi colocada em Capitão América: Guerra Civil é o trono vago de Wakanda. O rei T’Chaka (John Kani) foi morto na explosão forjada por Zemo (Daniel Brühl) para incriminar os heróis. Agora, T’Challa (Chadwick Boseman, brilhante já em Guerra Civil) possivelmente passará por alguns rituais de coroação. E aqui fica a ideia de que ele vá enfrentar outro vilão do filme, Erik Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan (o Tocha Humana do frustrado Quarteto Fantástico de Josh Trank, mas o Creed, do ótimo Creed: Nascido para Vencer). Killmonger já aparece no trailer, sendo preso, ameaçando e lutando cara a cara com T’Challa.

Johnny Storm, digo, Creed, digo… Killmonger, e Daniel Kaluuya que sobreviveu ao filme Corra!

Também temos o ator Daniel Kaluuya, conhecido pelo atual Corra!, mas que também esteve em Sicario e na série Black Mirror. Ele será W’Kabi, um provável capanga de Killmonger. Comprovando que o elenco é realmente um dos melhores dos filmes da Marvel, temos o oscarizado Forrest Whitaker (O Último Rei da Escócia), como Zuri, grande amigo de T’Challa, e figura espiritual de Wakanda. No trailer ele parece o principal envolvido no ritual do Pantera Negra, algo que envolve plantas e assuntos espirituais, e que concede uma força sobrehumana ao personagem. E não é só isso, ainda temos as Dora Milaje, as guarda-costas do Pantera Negra, que já apareceram em Guerra Civil. Uma delas, Ayo (Florence Kasumba) inclusive, teve um diálogo interessante com a Viúva Negra (Scarlett Johansson). Uma quase briga, eu diria.

Lupita Nyong’o e Angela Basset completam o SUPER ELENCO

Completam o timaço de atores Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão, Star Wars: O Despertar da Força, Mogli), como Nakia, outra Dora Milaje, e que possivelmente estará ao lado de Killmonger, Danai Gurira (a Micchone de The Walking Dead), como Okoye, Letitia Wright como Shuri, a irmã de T’Challa (que já foi Pantera Negra nos quadrinhos e Rainha de Wakanda), além de Angela Basset, que viverá Ramonda, a madrasta de T’Challa e mãe de Shuri (aquela de cabelos brancos no trailer). Angela, por sinal, já viveu Tina Turner no cinema, além de ter participado do filme Panther, traduzido como Panteras Negras, sobre a organização revolucionária ligada ao nacionalismo negro. Outra curiosidade: o primeiro pôster divulgado do filme é baseado em uma fotografia deste movimento. E, por fim, mas não menos importante, outro importante vilão interpretado por Winston Duke, que será M’Baku, também conhecido como o Homem-Macaco. Reconhecido pelos seus trabalho em Person Of Interest, ele é o “grandão” que aparece no trailer. Entre todos esses, já temos também como certa a participação de Danai Gurira e Winston Duke também em Vingadores: Guerra Infinita. Ou seja, eles “sobreviverão”, ou voltarão em algum flashback. O diretor, por sua vez, é Ryan Coogler, que fez Creed: Nascido para Lutar e Fruitvale Station: A Última Parada, ambas produções preocupadas também com o protagonismo negro.

E você, o que espera de Pantera Negra? Deixe nos comentários!

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