FilmesListas

Os piores filmes de 2021

Depois da nossa lista dos Melhores Filmes de 2021, seguimos a tradição de final de ano e colocamos o dedo na ferida. Prepare-se, pois chegou a hora de conferir o que de pior assistimos no ano de 2021.

Com vocês, os Piores Filmes de 2021:

Liga da Justiça – SnyderCut (Zack Snyder, HBO Max)

liga da justiça de zack snyder
Uma vitória para os fãs, uma derrota para quem vai assistir

O ano de 2021 começou debatendo como seria a tão aguardada estreia de Liga da Justiça no corte final de Zack Snyder. A campanha dos fãs fez com que o filme fosse realmente lançado mundialmente, mas, temos quase certeza de que Zack Snyder simplesmente apresentou tudo que tinha filmado para o filme que seria lançado em 2017 e que acabou tendo também a assinatura de Joss Whedon. Sem qualquer compromisso com edições e cortes, ele nos “brindou” com o mesmo filme, mas dessa vez com 4 horas de duração e uma divisão em capítulos. Embora seja uma experiência única no cinema de super-heróis até hoje, fica basicamente impossível assistir mais de uma vez. Valeu pela curiosidade. Relembre nossa crítica completa aqui!

A Viúva das Sombras (Ivan Minin, Telecine)

a viúva das sombras
Um terror russo que tinha uma boa ideia, mas não deu muito certo!

O terror que buscou misturar vida real e lenda urbana passou timidamente pelos cinemas. Embora os dados apresentados no início do filme sejam bem instigantes, emulando entrevistas reais com os moradores para criar o clima do que está por vir, a trama toda não sustenta sua vigorosa apresentação. O resultado é um filme que vai se perdendo e deixando seus aspectos mais interessantes para trás, não tendo vergonha de se curvar totalmente à mesmice dos filmes de terror que tratam de espíritos na floresta e lendas urbanas. Relembre a nossa crítica aqui!

Um príncipe em Nova York 2 (Craig Brewer, Amazon Prime Video)

Um Príncipe em Nova York 2
O retorno de Eddie Murphy trouxe um gostinho amargo para os mais nostálgicos

Uma comédia que ganharia os cinemas acabou sendo comprada e chegando diretamente no Amazon Prime Video. O lado bom é que ninguém precisou pagar a mais para se frustrar dentro de casa. Embora tenha alguns respiros e piadas autorreferentes ao primeiro filme (um clássico da Sessão da Tarde por aqui), a verdade é que Eddie Murphy não segurou as pontas e apresentou um filme no máximo, com muita boa vontade, mediano. Relembre aqui a nossa crítica!

Vozes e Vultos (Robert Pulcini e Shari Springer, Netflix)

Vozes e Vultos (Things Heard & Seen) tinha tudo para ser só mais um filme de puro entretenimento na Netflix. Com nomes conhecidos como Amanda Seyfried (Mamma Mia, Mank), James Norton (The Nevers) e Natalia Dyer (Stranger Things), o thriller que se mescla terror sobrenatural, no entanto, acaba falhando em suas tentativas e, no final das contas, entrega uma obra com um nível ainda menor que a tradicional régua que o serviço de streaming costuma nos entregar. Baseado no livro “All Things Cease to Appear” de Elizabeth Brundage, o longa dirigido por Robert Pulcini e Shari Springer Berman (a dupla criativa de Anti-Herói Americano) nos coloca em uma barca mais furada que a em que alguns de seus personagens entrarão durante o filme. Relembre a nossa decepção aqui!

Exército de Ladrões: Invasão da Europa (Matthias Schweighöfer, Netflix)

exército de ladrões
Aquele prequel que até podia ser legal, mas não foi…

Depois de garantir 4 horas de lento entretenimento com seu corte de Liga da Justiça, Zack Snyder entregou outras 2h30 de ação com zumbis em Army of the Dead. Embora competente em sua proposta, sua saga nos deixou um desnecessário prequel, que, apesar de ter protagonistas queridos do público, simplesmente não disse a que veio, justamente pelo fato de se distanciar da hipótese de trazer os zumbis, o prato principal do original. No final das contas, o filme dirigido pelo protagonista Matthias Schweighöfer em nada acrescentou.

Space Jam: Um Novo Legado (Malcolm D. Lee, HBO Max)

Entre tantos resgates que tivemos em 2021 (Homem-Aranha, Matrix, Monster Hunter, Resident Evil), talvez a que mais falhou em sua proposta e execução tenha sido a animação da Warner Bros. Pictures Space Jam: Um Novo Legado. O filme foi uma figurinha repetida e sem graça para quem assistiu ao original de 1996. A história é praticamente igual, mas parece sem a vibração dos anos 90 e tenta conectar gerações, com o astro LeBron James. Salvo uma boa piada, foi uma grande perda de tempo de 2021.

A Guerra do Amanhã (Chris McKay, Amazon Prime Video)

a guerra do amanhã e sua tropa amadora de guerrilheiros
Chris Pratt empresta sua popularidade para o A Guerra do Amanhã

O diretor Chris McKay deixou todo seu talento em Lego Batman: O Filme e este ano entregou o frustrante A Guerra do Amanhã. O filme de ação também foi cooptado pela Amazon e acabou não ganhando os cinemas (novamente, para nossa sorte). Com uma mistura que coloca invasão alienígena, futuro distópico e viagem no tempo, nós aqui da Vigília já estávamos salivando com as possibilidades. Mas, na verdade, a estreia foi um duro golpe. Pelo menos rendeu bons momentos de risadas com várias tomadas de decisões absurdas e descabidas. Relembre a nossa crítica!

The Voyeurs (Michael Mohan, Amazon Prime Video)

justice smith e sydney sweeney em the voyeurs
Sydney Sweeney e Justice Smith em um thriller sexy, mas com um final ruim

Mais um ponto negativo para o Prime Video. O filme de Michael Mohan reúne um elenco jovem e promissor com uma trama que mistura muito mistério e uma pitada sexy de, como o próprio nome diz, voyeurismo. O filme até vai bem até determinado ponto, mas as viradas finais acabam se agarrando no absurdo para entregar um final (quase) feliz. Relembre a nossa crítica completa!

Monster Hunter (Paul W. S. Anderson, HBO Max)

monster hunter
Milla Jovovich em “acho que já vi este filme”

Mais uma figurinha repetida no hall de filmes assistidos. Principalmente quando os assuntos são adaptações de games para as telonas. O volume fica ainda maior quando temos novamente o combo de Paul W. S. Anderson e Milla Jovovich (que já vimos em toda a franquia Resident Evil). Então é isso. Ação, confusões, monstros e Milla Jovovich fazendo o que fez nos filmes anteriores. A diferença é que agora o cenário e as armas são diferentes. Mais do mesmo. Provavelmente veremos este combo novamente logo ali na frente. Leia nossa crítica completa!

Venom: Tempo de Carnificina (Andy Serkis, entra na HBO Max em 2022)

venom tempo de carnificina
Venom: tempo de vergonha alheia

Venom veio em 2018 e foi um sucesso absoluto entre o público. Embora agrade grande parte das pessoas que querem só comer pipoca no cinema, nós aqui não somos nem um pouco coniventes. Venom já foi ruim e Venom: Tempo de Carnificina consegue ser ainda pior. Uma decepção que reúne ícones que adoramos como Andy Serkis (diretor) e Woody Harrelson (Zumbilândia). Vale escutar nosso podcast para conferir o quanto ficamos desapontados com mais essa investida da Sony com os personagens do Aranhaverso.

Alerta Vermelho (Rawson Marshall Thurber, Netflix)

alerta vermelho
Alerta Vermelho: grande trama, grande elenco, mas história nem tanto

O filme evento da Netflix reuniu Gal Gadot, Dwayne ‘The Rock’ Johnson e Ryan Reynolds em uma trama de gato e rato internacional, cheia de ação e situações óbvias, com o agravante de se estender por quase duas horas. Depois de algumas reviravoltas bem forçadas, o trio se une em prol de um inimigo em comum. A fórmula é clássica, mas aqui, não foi tão bem executada. O suficiente para figurar nessa lista. Leia nossa crítica!

Malcolm & Marie (Sam Levinson, Netflix)

malcolm & marie

Quando for “zapear” pelo catálogo da Netflix para encontrar um filme para assistir com o crush, a dica é não dar play em Malcolm & Marie, drama estrelado por Zendaya e John David Washington e dirigido por Sam Levinson (da excelente série Euphoria, da HBO). Os 106 minutos do longa-metragem parecem uma eternidade em determinados momentos, sem falar nos gatilhos que podem ocorrer, caso você e seu par já tenham brigado por algum dos mesmos motivos que o casal do filme. Malcolm & Marie é mais uma daquelas produções que nos apresenta apenas um cenário e uma dupla de atores, nada mais, nada menos. E propostas pretensiosas são assim, ou dão muito certo, ou muito errado. Crítica completa aqui!

A Menina Que Matou os Pais / O Menino que Matou os Meus Pais (Mauricio Eça, Amazon Prime Video)

a menina que matou os pais

A proposta de recontar um dos casos mais famosos da criminologia do Brasil saiu dos cinemas e acabou chegando diretamente no streaming. O filme, que na verdade são dois, tinha até uma ideia interessante, mas no final das contas, apenas subiu no muro e contou as versões de Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos sobre o mesmo tema, sem fazer disso algo próximo de cinematográfico. O que era interessante, no final das contas, acabou se transformando em frustração, com uma história que não precisava ser transformada em duas. Relembre a nossa crítica aqui.

Dois Mais Dois (Marcelo Saback, Telecine)

Às vezes o cinema brasileiro confunde preconceito com comédia

Com diálogos que não economizam piadas de duplo sentido, o filme consegue reforçar o conservadorismo que no início parece proposto a combater. É possível perceber que o filme só reforça um estereótipo criado na época de pornochanchadas. O filme tem cenas e piadas extremamente transfóbicas. A visão elitista das práticas sexuais diversificadas também é um grande deslize no roteiro. No fim das contas, Dois + Dois expõe masculinidade frágil, tóxica, objetificação da mulher e preconceito com novas práticas sexuais. Diverte pouco e não acrescenta nada. Relembre nossa crítica aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *