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Os 10 melhores animes da TV Globinho

O Dia das Crianças – 12 de outubro – está aí, e com ele os ex-adultos lembram do seu tempo de pequeninos de maneira nostálgica. Algo que não sai da memória recente de muitas pessoas é a saudosa TV Globinho, que de 2000 a 2015 povoou as manhãs da Rede Globo, e que foi (para muitos de forma injusta) substituída pelo programa da Fátima Bernardes (a polêmica de uma geração!). 

Caverna do Dragão, Bob Esponja, Power Rangers e várias atrações foram exibidas ao longo desses 15 anos, mas para elaborar uma lista definitiva seria até injusto, de tantas ótimas produções que passaram por lá. Por isso, vamos nos ater aos animes que passaram na nossa telinha, e que introduziram muitos jovens ao mundo das animações japonesas.

Confira: 

10 – Beyblade (1ª temporada)

Tyson e sua Dragoon

Abrindo a nossa lista temos o grande sucesso de vendas nas lojas de brinquedos no início dos anos 2000. Alguns estabelecimentos no Brasil chegaram a promover torneios de Beyblade, transformado qualquer criança em um dos personagens do anime. Sim, até porque a premissa de Beyblade é essa mesma: crianças disputando batalhas de peões modernos. Apenas isso. Claro, a diferença para a vida real é que dentro delas não tínhamos as Feras-Bit, espíritos guardiões das Beyblades. 

No Brasil tivemos apenas as duas primeiras temporadas exibidas na TV Globinho (mas a segunda nem chegou até o fim, e por isso optamos pela primeira para estar na nossa lista). 

9- Medabots

Ikki e seu medabot do estilo besouro, Metabee

Em nono lugar temos um anime diferente do convencional. Aqui o assunto é “mestre comandando os seus bichinhos”. Diferente de Digimon e Pokémon, que colocam suas criaturas nos campos de batalha, em Medabots temos robôs duelando uns contra os outros. A trama se passa em 2122, e apresenta essas máquinas com inteligência artificial com o único e exclusivo objetivo de servir aos seus donos.

Nosso protagonista, Ikki, um garoto de 10 anos, sonha se tornar o grande campeão do Torneio Mundial de Cyberlutas, porém não possui dinheiro para comprar um Medabot com tecnologia suficiente para isso. No final das contas, o menino se contenta com um modelo mais antigo e encontra um medalha (que é uma espécie de alma dos robôs) que serve direitinho em sua nova aquisição. Contudo, o que Ikki não sabia é que a tal medalha era um item super raro, dando forças inimagináveis para o seu robô.  

8- Astro Boy

Atom: o Pinóquio futurista

O oitavo de nossa lista talvez não tenha feito tanto sucesso por aqui, mas está figurando entre os dez pela sua relevância. Astro Boy, anime inspirado no mangá do conceituadíssimo e respeitadíssimo autor Osamu Tezuka foi transmitido no início dos anos 2000 na Rede Globo. A versão em questão foi um reboot (a terceira versão do anime), lançado em 2003 no Japão. 

A história se passa em um mundo futurístico, no qual humanos e andróides convivem diariamente. Logo de cara somos apresentados ao Dr. Tenma, que ao perder o seu filho em um acidente, cria uma versão robótica do garoto, batizando-o de Atom – Já que o nome original da obra Tetsuwan Atomu, algo como ‘Poderoso Atom -. Na tradução inglesa seu nome ficou Astro. Ao perceber que a sua criação não substituiria o seu filho, o Dr. o entrega a um circo, fazendo com o pequeno androide virasse uma das atrações. Após um incêndio no picadeiro, os humanos são salvos pelos androides que atuavam lá. Graças a sua boa ação, Atom consegue um novo “pai”, que descobre as suas habilidades, incentivando-o a usá-las contra o crime e continuar salvando outras pessoas. 

7- Shaman King 

Nesse anime, os mestres controlam espíritos ancestrais ao invés de criaturinhas fofas

Se em Medabots chamamos a atenção de não ser um anime no qual os mestres controlam criaturas, mas sim robôs, em Shamam King temos espíritos ancestrais. O anime conta a história de Yoh Asakura, um garoto xamã que treina para desenvolver suas habilidades a fim de ganhar o Torneio Xamã e se tornar o Rei Xamã. 

Aqui no Brasil não se popularizou tanto na TV, mas o mangá chegou a ser lançado pela JBC em 2003. 

6- Card Captor Sakura

Sakura e seu inseparável companheiro Kero

Conhecido no Brasil como Sakura Card Captor, esse anime conta a história de Sakura Kinomoto, uma garota de 10 anos que liberta acidentalmente um baralho mágico chamado Cartas Clow. Seu trabalho então, é reunir todas elas antes de essas causarem transtornos à cidade onde ela vive.

Por se tratar de um Shojo, esse anime era nitidamente voltado para o público infanto-juvenil feminino, bem diferente da maioria dos animes que fizeram por aqui, que basicamente eram Shonen, ou seja, para os boys. (Dragon Ball Z, Cavaleiros do Zodíaco, Naruto, etc.).

O mangá de Sakura Card Captor é mais um ótimo trabalho criado pelo estúdio Clamp, responsável pelas obras Guerreiras Mágicas de Rayearth, Chobits, X e Angelic Layer, por exemplo. 

5- InuYasha

InuYasha e Kagome: uma paixão que transcende o tempo

O anime mais injustiçado da vida que já passou pela TV Globinho. InuYasha foi logo tirado do ar devido a classificação etária, que achou o anime muito violento para as manhãs da Globo. Realmente, a história era sombria e possuía os famosos Yokais, espíritos demoníacos do folclore japonês, o que poderia deixar a gurizadinha com pesadelos pelo longo do dia. 

Na trama,  somos apresentados a uma jovem de 15 anos chamada Kagome Higurashi, que mora em um templo. Quando ela vai procurar seu gato, Buyo, no poço perto de sua casa, um monstro a puxa para o Poço Come-Ossos, transportando-a para o Japão Feudal. Esse mostrengo era um dos tais yokais citados anteriormente. O seu objetivo era roubar a Joia de Quatro Almas e matar a sacerdotisa que a protegia, que por sinal é a cara da Kagome (entendeu o porquê do sequestro?). Pra sorte da moça, um desses yokais, chamado InuYasha, que estava lacrado, a salva. No final das contas, a jovem (que é a reencarnação da sacerdotisa) estava portando sem saber a Joia de Quatro Almas, que é partida e cada fragmento acaba sendo espalhado pelo Japão. Agora os dois partem em uma jornada, antes que outros demônios coloquem as mãos nesses fragmentos e se tornem mais fortes com eles. 

4-Yu-Gi-Oh! Duel Monsters (1ª temporada)

Seriam os decks de Yu-Gi-Oh! incentivadores da Bruxaria?

Se Beyblade foi responsável por alavancar o mercado infantil quando estreou no Brasil, Yu-Gi-Oh! não foi diferente. Com seus cards sendo comercializados até mesmo de maneira pirata (quem nunca comprou em uma loja de R$ 1,99 um deck com as descrições em Português?), o anime fez tanto sucesso que foi alvo de críticas por até mesmo quem não o compreendia. 

A sua segunda temporada ficou comprometida em nosso País, devido as acusações de incitar a Bruxaria, inclusive figurando em debates de programas de TV com a presença de representantes evangélicos. Uma das polêmicas se deve aos elementos que categorizam as criaturas no jogo (fogo, água, terra, ar, luz e trevas), os mesmos utilizados pelas bruxas. 

A verdade é que até hoje as cartas são comercializadas e os maiores colecionadores são os marmanjos, que levam a sério as regras do jogo e suas peculiaridades (Yu-Gi-Oh! não é coisa de criança, principalmente por algumas complexidades em suas regras).

Mas chega de falar de polêmica e vamos focar no enredo do anime. O jovem Yugi Muto possui um misterioso quebra-cabeças egípcio, que ao ser completado revela o espírito de um poderoso faraó. O artefato em si era na verdade uma das Joias do Milênio, o que coloca o menino em sérios apuros a partir de então. Agora Yugi (que utiliza o espírito do Faraó durante os duelos) e seus amigos irão adentrar em um torneio de cartas em uma ilha para conquistar seus maiores sonhos e salvar os entes queridos.

3- Digimon Adventure (primeira temporada)

Melhor do que Pokémon? Deixe sua opinião pra gente nos comentários

No mundo dos fãs de animes (Otakus) certamente uma das grandes discussões é qual animação sobre criaturinhas é melhor: Pokémon ou Digimon? Aqui está a resposta, já que Pokémon foi exibido na TV Globinho (Apenas da 5ª a 6ª temporada), mas não consta em nossa lista. 

Digimon, inspirada no famoso aparelho eletrônico Tamagotchi, teve as suas quatro primeiras temporadas exibidas na Rede Globo – com direito a abertura cantada pela Angélica -, e é justamente na sua primeira que não sai dos nossos corações. Com uma história por muitas vezes recheada de camadas, abordando temas como irmãos com pais separados, a pressão de ser líder de um grupo, a saudade quando se está longe de casa e a valorização dos afetos, Digimon faz sucesso até hoje, inclusive teremos novidades em 2020.

A primeira temporada está em nossa lista devido ao seus personagens, que mesmo a cada nova fase do anime propõe a troca de times, são os sete (e depois oito) digiescolhidos precursores que seguram a série até hoje.

A história é bem simples. Sete crianças em um acampamento de férias são transportadas para o Digimundo, uma espécie de mundo digital. Lá, os digimons, criaturinhas fofas, mas que ao evoluírem se transformam em feras poderosas, precisam da ajuda desses jovens para salvar o seu mundo das garras de outros digimons maléficos. A primeira temporada é dividida em quatro arcos (Devimon, Etemon, Myotismon e Mestres das Trevas), cada um com um vilão diferente, que exigirá uma evolução diferente dos monstrinhos. 

2- Rurouni Kenshin

Kenshin Himura procura a redenção em Samurai X

Se Kenshin Himura, é conhecido como “O Retalhador” na história de Samurai X, é porque as pessoas não sabem o que a Rede Globo fez com esse anime em TV aberta. Os episódios de Samurai X (Rurouni Kenshin no original) são pra lá de violentos, devido as inúmeras batalhas de espadas que temos em sua trama, que se passa no Japão Antigo. Em função disso, várias dessas lutas foram editadas para poderem ser exibidas para o público infantil. Quem assistiu pela TV Globinho (mesmo o anime ter adentrado o canal um ano antes de começar o programa, ele ainda permaneceu na grade até o primeiro ano do matinal) só pôde conferir até o episódio 75. Os três últimos arcos só foram exibidos pela Cartoon Network em 2002. 

Na história temos um andarilho arrependido pelas suas más ações no passado e que procura se redimir, evitando utilizar o fio de sua espada. A trama nos apresenta muito do contexto histórico do Japão na Era Meiji. 

Uma dica para quem é fã de Rurouni Kenshin são os seus live-actions, lançados a partir de 2012. São três filmes muito bem produzidos e fiéis a história. Vale a pena conferir. 

1-Dragon Ball Z (Fase Boo)

Essa cena sintetiza a saga Majin Boo

E chegamos ao nosso primeiro colocado. Mesmo não sendo a melhor das sagas de Dragon Ball Z, a fase de Majin Boo marcou um geração, além de ser um grande trunfo da Rede Globo trazer para o seu canal um anime que estava bombando na Band, e que foi pouco aproveitado em seu surgimento no SBT, quando a emissora de Silvio Santos exibiu Dragon Ball.

Talvez pelo horário, e também muito pelo canal, Dragon Ball Z na TV Globinho repercutiu muito mais do que anteriormente, fazendo com Dragon Ball GT viesse logo em seguida a ser exibido na Globo.

A justificativa para não classificarmos a Saga Boo como a melhor, é pelo fato de seu enredo ser o mais confuso de todos. A história começa sete anos após a morte de Goku, que agora está treinando no outro mundo com o Sr. Kaio. Aqui vemos um vislumbre do protagonismo de Son Gohan, que agora crescido tinha tudo para ser o sucessor do pai. Porém, o novo inimigo, Majin Boo, é tão forte que Goku precisa dar um jeito de voltar e mostrar para todos que sem ele o mundo não pode ser salvo. Para explicar a parte do enredo confuso podemos citar as inúmeras transformações que parecem que irão salvar o dia (Goku e Gotenks Super Saiyajin 3, que quase não aparecem; as fusões, tanto na dança quanto a dos brincos; a espada Z dada a Gohan e seus novos poderes, enfim). É um vai e não vai, e no final das contas a boa e velha Genki Dama resolve tudo. Essa fase só comprova que Gohan não é bem aproveitado até hoje na franquia Dragon Ball. 

Menções honrosas

Como citei no início do texto, essa lista não foi fácil de fazer. Porém, utilizei de um critério que facilitou um pouco as coisas, que foi excluir aquelas produções que tem cara de anime, mas não foram feitas no Japão. Esses são os casos dos ótimos Avatar: A Lenda de Aang e As Aventuras de Jackie Chan, que foram realizados nos Estados Unidos (o anime de Jackie Chan foi também uma parceria com a China). Porém, eles não poderiam passar em branco por aqui. 

Não poderíamos deixar de fora essa baita obra

Ainda passaram pela TV Globinho os animes Bakugan: Guerreiros da Batalha, Pokémon (já mencionado), Monster Rancher, Hamtaro e Zatch Bell!. 

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