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O Retorno de Ben | Crítica do filme

O Retorno de Ben estreia no Brasil no dia 21 de março e é um drama com Julia Roberts. Programa imperdível certo?

É o que queremos, e em alguns momentos, temos. Mesmo assim, o filme de Peter Hedges (escritor indicado ao Oscar em 2003 por Um Grande Garoto de 2002), que escreve e também dirige, nos traz a história de Ben (Lucas Hendges, sim filho dele e que esteve recentemente em Manchester à Beira Mar e Três Anúncios para Um Crime) um rapaz que no passado foi traficante e usuário de drogas pesadas em um pequena cidade do interior dos Estados Unidos.

Após uma grande ocorrência, ele é levado para se tratar em um hospital onde ficou por alguns meses. Perto do Natal ele retorna para casa, onde sua mãe Holly (Julia Roberts), sua irmã Ivy (Kathryn Newton de Supernatural e Big Little Lies) moram com a nova família. O padrasto de Ben, Neal (Courtney B. Vance), os filhos menores Lacey e Liam (Mia Fowler e Jakari Fraser) e o cachorro Pounce completam a casa.

O retorno não é esperado e a presença de Ben traz à família um misto de alegria e desconfiança. E é esse sentimento que passamos boa parte do filme, entre a esperança de ele estar melhor e recuperado e a dúvida que ele possa estar armando algo.

Esse tom funciona muito bem até o desfecho do filme (atenção aos spoilers!) quando realmente Ben tem uma recaída e faz a mãe tentar resolver o problema indo atrás de traficantes e frequentando bocas-de-fumo, lugares bem tensos para salvar o filho.

Lucas Hedgens e Julia Roberts levam o drama ‘O Retorno de Ben’

Em alguns momentos fica a impressão de que foram cortadas algumas cenas, como a apresentação do professor de história, que gera um mal-estar para Holly inicialmente, mas que fica no ar que se ele estaria em outro momento também na trama, o que não acontece.

A questão do pai de Ben também é pouco explorada, e fica no ar algo que nos deixa querer saber mais de como ele sumiu ou porque não está mais presente.

Apesar do elenco ser competente, direção e edição serem medianas, a história exige pouco do espectador e nos tempos em que vivemos no Brasil, fica o sentimento de que vemos essa história todos os dias, o que (tragicamente) não impacta muito na nossa visão da realidade. De qualquer forma, se você gosta de Julia Roberts, ela (novamente) manda muito bem nesse longa.

Veredito da Vigilia

Éderson Nunes

@elnunes

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