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O Protetor 2 | Crítica

Denzel Washington volta para sua própria franquia de ação em O Protetor 2

O cinema de ação está olhando para o passado e remontando fórmulas clássicas popularizadas nos anos 80 e 90. Longe da badalação de efeitos especiais, raios azuis e ameaças que envolvem destruição em massa, de uns tempos para cá vemos o resgate importante de filmes que se bastam com bem menos. Um alívio e um certo colírio para as retinas cansadas de promessas mirabolantes na equação muito orçamento pouca história. O clássico menos é mais. Assim é a continuação O Protetor 2 (The Equalizer 2). E para entregar um novo e bom filme de ação, a dupla formada pela estrela Denzel Washington e pelo diretor experiente Antoine Fuqua está de volta. O filme estreia em todo o Brasil na quinta-feira, dia 16 de agosto.

 

Em O Protetor 2 temos uma história diferente, e de certa forma, melhorada em relação ao seu original. O ex-agente de “alguma coisa secreta/militar” Robert McCall (Denzel Washington) continua sozinho, mas parece estar mais interessado em fazer justiça com as próprias mãos de forma aleatória, ganhando a vida como motorista de aplicativo. Uma espécie de catarse pela ainda misteriosa morte de sua esposa Viviane. Mas aqui, como de praxe, temos uma nova perda pessoal: sua melhor amiga Susan Plummer (Melissa Leo) é assassinada durante um de seus últimos compromissos como oficial. Na trama, também está seu antigo amigo agente Dave York (Pedro Pascal que mais uma vez se entrega a um papel que começa a lhe render algum estereótipo específico de coadjuvante no cinema).

Amigos, amigos, mas tudo tem limite

O interessante de se remontar filmes de ação menos preocupados, é que a diversão fica fácil quando Robert McCall aparece e resolve tudo com seu talento. E isso ocorre repetidas vezes, seja ele lutando, seja ele agindo com humor ou seja ele xingando alguém. Denzel Washington domina o personagem (o que não é novidade). Ao mesmo tempo, ao longo de duas horas ele não vai sofrer ou ter um duelo que lhe cause grande preocupação, o que pode incomodar um pouco o espectador mais exigente. Ainda assim, não é um filme tão tradicional, já que a violência aparece de várias formas e a história faz algumas idas e vindas que fogem do clichê maior dos filmes de ação com atores experientes. Mas, contudo, todavia, entretanto… talvez a escolha por Pedro Pascal deixe alguma possível surpresa no roteiro um pouco óbvia. Quem viu Kingsman: O Círculo Dourado vai entender a referência.

O certo é que cada vez mais alguns atores têm mostrado sobrevida no cinema de entretenimento encarnando suas franquias. Além de Washington, temos Bruce Willis, Keanu Reeves, Sylvester Stallone, Ethan Hawke, Schwarzenegger… E de forma honesta, eles vem entregando o que prometem, com filmes até certo ponto acima da média. A fórmula rápida, a assinatura como produtores executivos (que garante mais din-din na conta) e a fácil “comercialização” do filme, assim como no gênero de terror, garantem uma grana certa sem grandes complicações. Nada para se apegar tanto, mas franquias como O Protetor, John Wick, entre outras, levam consigo a alcunha da honestidade. E certamente (ainda mais no Brasil) isso é uma virtude.

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