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O Mundo Sombrio de Sabrina Parte 2: teen e sombria | Primeiras Impressões

Quanto mais obscuro e sombrio, melhor. É assim que podemos descrever a segunda parte de O Mundo Sombrio de Sabrina. Como o ponto de partida exatamente onde acabou a primeira temporada, o universo, as histórias e a produção são as mesmas. E isso é bom ou ruim, depende do ponto de vista.

Para quem não lembra, a série original Netflix recria a história de Sabrina, uma menina meio bruxa e meio humana que ficou popular nos anos 90 na série de televisão “Sabrina, Aprendiz de Feiticeira” e que foi inspirada nas histórias em quadrinhos dos anos 60, chamados de Chilling Adventures of Sabrina, de Roberto Aguirre-Sacasa, que é o showrunner da série da Netflix.

Se na primeira temporada Sabrina (Kiernan Shipka) está dividida sobre abdicar do mundo dos mortais para regressar ao mundo bruxo, desta vez, ela tem certeza do que está fazendo. Os mortais perdem muito espaço e tudo o que é gore ganha destaque na segunda parte da série. Os dilemas agora são outros. Primeira vez, primeiro amor, amizades, aceitação. Tudo isso faz parte do cotidiano do público alvo da série: os adolescentes que são apaixonados por Riverdale e por mistérios. 

O drama e o humor adolescente continuam com tudo nesta segunda parte. E a representatividade também. Logo no primeiro episódio da segunda temporada, Sabrina resolve entrar um um embate e saber o porquê das mulheres não poderem ocupar o mesmo local que os homens. Ela protesta, bate o pé, e consegue se inserir num mundo unicamente masculino. Outro momento legal desta segunda parte é que Susie (Lachlan Watson) está se descobrindo como Theo. Com um corpo que não julga ser seu, ele tenta ser aceito, em casa e na escola.

Nem tudo são flores nos romances adolescentes..

Com mais personagens aparecendo, alguns continuam se sobressaindo, como é o caso das tias Zelda (Miranda Otto) e Hilda (Lucy Davis) que funcionam muito bem em dupla. Menos caricatas, nesta segunda parte elas estão mais duras e tristes, uma ótima forma de ver a evolução das personagens. Nicholas Schatch (Gavin Leatherwood) ganha mais espaço e faz por merecer. O tempo de cena dele com Sabrina e de Sabrina com Ambrose (Chance Perdomo) são divertidíssimo. E se você espera que Salem ganhe mais espaço, sinto informar que isso não aconteceu. O gato, tão importante em todas as publicações passadas, realmente passou batido nesta série da Netflix.

Apesar de todos os acertos, O Mundo Sombrio de Sabrina continua com um ritmo lento, arrastado e com diálogos longos sem grandes desenrolares. A pós-produção da série também continua deixando à desejar. Todos os animais de computação gráfica ficam visivelmente mal acabados. Tendo em vista os figurinos e as alocações da série, a diferença é discrepante. Algumas cenas que deveriam ser acabadas por computação gráfica são tão ruins que dá aquele sentimento de vergonha alheia.

Dúvidas sobre primeira vez? Temos!

O Mundo Sombrio de Sabrina vai agradar seu público cativo mais uma vez nesta segunda parte. Tudo o que foi criado na primeira vez foi replicado, em uma atmosfera muito linear. Em uma trama que mescla o sombrio com assuntos importantes, principalmente para o público adolescente, vemos ser abordado o empoderamento feminino, sexualidade, religião, bullying, aceitação e muitos outros temas que precisam ser discutidos.

Pelo que pudemos ver nestes primeiros episódios da segunda temporada, quem curtiu o que veio antes, vai adorar o que vem por aí! 

Veredito da Vigilia

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